Entrevista: Gravatal em alerta com surto mão-pé-boca e gastroenterites
Rafaela Zanelato Fernandes, técnica de Vigilância Epidemiológica do município de Gravatal, faz um alerta sobre como evitar o contágio.
Com o início da volta às aulas são inúmeras as patologias que acabam acometendo os pequenos. Em Gravatal, com aumento de casos de crianças com a síndrome mão-pé-boca e gastroenterites, a secretaria de Vigilância Epidemiológica emitiu um alerta para que pais fiquem atentos ao sintomas, formas de contágio e prevenção.
Uma doença que comumente acomete crianças menores de 5 anos, é a chamada síndrome mão-pé-boca, doença caracterizada pela febre alta entre dois e três dias antes do aparecimento de lesões sob a forma de bolhas vermelhas, encontradas nas mãos, nos pés e na boca, embora outras regiões do corpo possam ser afetadas, como área genital, glúteos e membros.
Outra doença que requer atenção é a gastroenterite, que acontece quando o estômago e o intestino ficam inflamados devido a uma infecção por vírus, bactérias ou parasitas, resultando em sintomas como dor de barriga, náuseas e diarreia.
Em entrevista ao Jornal da Guarujá, Rafaela Zanelato Fernandes, técnica de Vigilância Epidemiológica do município de Gravatal, explica como evitar o contágio e qual o tratamento para essas enfermidades.
” A síndrome mão-pé-boca é uma doença viral e por isso não tem um tratamento específico. Da mesma forma que ele entra em nosso organismo, ele sai espontaneamente. A única forma de tratamento é deixar a criança em repouso, hidratar a criança e evitar que haja o contato com outras pessoas. A gente orienta que ao perceberem os primeiros sintomas, os responsáveis procurem um médico para confirmar a doença. É importante que a criança fique em casa entre 7 e 10 dias para que o vírus saia do organismo e pare o contágio”, destaca Rafaela
De acordo com Rafaela, 18 casos de mão-pé-boca já foram confirmados no município. A cidade adotou algumas ações para evitar mais contágios como a higienização dos brinquedos utilizados pelas crianças e a suspensão das brincadeiras na caixa de areia.
Em casa alguns cuidados também são necessários para evitar a infecção pelo vírus causador da doença mão-pé-boca como: manter a higienização frequente das mãos; higienizar corretamente os alimentos e os objetos que a criança tem contato, como brinquedos e superfícies; não compartilhar objetos como mamadeiras, copos e talheres; fazer o descarte correto de fraldas e lenços de limpeza e evitar o contato por meio de abraços e beijos, por exemplo, ao cuidar de uma criança doente.
Sobre a gastroenterites, as chamadas viroses, a técnica da vigilância Epidemiológica afirma que são mais comuns no verão por conta do calor e comida contaminada fora da geladeira.
Rafaela alerta ainda para que no primeiro sinal, os pais levem seu filhos ao médico e não levem a creche ou a escola, para que estas doenças não contaminem as outras crianças. ” A gente pede que os pais prestem atenção aos sinais em seus filhos, febre sempre é sinal de que há algo errado no organismo. Não adianta dar um antitérmico e levar para a creche”. Rafaela frisa ainda que é direito do responsável ficar em casa para os cuidados com a criança.
Confira entrevista completa aqui: