Série da Polícia Civil relembra caso de rapto de criança em Criciúma em 1996
Shaino foi reencontrado no Rio de Janeiro, 34 dias após o seu rapto
A série “Casos Emblemáticos” da Polícia Civil trouxe à tona um caso que marcou Criciúma e Santa Catarina em 1996. Na ocasião, o pequeno Shaino Ross de Villa, de apenas três anos, foi raptado por uma adolescente de 16 anos chamada Alexsandra Sardinha Cardoso.
O crime ocorreu no dia 12 de julho, quando Alexsandra saiu da cidade com apenas R$10 e conseguiu chegar ao Rio de Janeiro com a criança, usando caronas. Após 34 dias, Shaino foi reencontrado.
Durante o período de desaparecimento, Alexsandra conheceu um homem em uma boate chamada Signus, e passou a morar com ele no bairro São Luiz. O homem vivia com outro jovem que mantinha um relacionamento com Maria Aparecida Ross, mãe de Shaino.
Enquanto morava com o homem, Alexsandra cuidava do menino. Porém, no dia 12 de julho, ela saiu para passear com Shaino e nunca mais foi vista. A série “Casos Emblemáticos da Polícia Civil de Santa Catarina – Episódio 1: O Rapto do Menino Shaino (1996)” relembra toda a emocionante investigação que levou ao reencontro da criança.
Lançada em celebração aos 211 anos da Polícia Civil de Santa Catarina, “Casos Emblemáticos”, a nova série da Polícia Civil tem como propósito explorar os casos mais marcantes e intrigantes de sua história. Em cada episódio, serão apresentadas investigações que tiveram um impacto significativo na sociedade catarinense. O primeiro episódio mergulhou na história do caso do Menino Shaino, permitindo aos telespectadores acompanhar o incansável esforço da Polícia Civil em desvendar o mistério por trás do seu desaparecimento.
Uma história de raptos e obsessão por crianças
O caso de Alexsandra Sardinha, a raptadora conhecida por sua obsessão por crianças, vai além do episódio que marcou Criciúma em 1996. Ao longo dos anos, ela cometeu outros raptos em diferentes cidades do país. Em 1998, foi em Manaus (AM); em 2000, em Porto Velho (RO); dois em 2001 em Barra Mansa (RJ); e o último em 2004 em Barbacena (PA), onde a última criança permaneceu raptada por um ano.
Após o desfecho do caso do Menino Shaino, Alexsandra foi encaminhada para o Centro de Internamento Provisório (CIP) de Criciúma, onde permaneceu por aproximadamente um ano. Nos demais crimes, cometidos já como maior de idade, ela foi presa apenas por um dos raptos em Barra Mansa.
Condenada a dois anos e dois meses de prisão, Alexsandra foi designada para uma casa de psiquiatria em Criciúma, mas acabou sendo internada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, no Rio de Janeiro, onde ficou até 23 de abril de 2004. Nesse dia, ela saiu para visitar a família e não retornou. Alexsandra foi diagnosticada com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) relacionado a crianças e afirmava que não conseguia se controlar. Ela também relatava que não poderia gerar um filho.
Alexsandra morreu em 9 de fevereiro de 2010, em Salvador, Bahia. Ela foi estuprada e executada com um disparo de arma de fogo na nuca em uma estrada isolada, juntamente com outra mulher de 18 anos, que não foi identificada.