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Em oito meses, Santa Catarina chega a 90 mortes por dengue, mesmo número do que todo ano passado

Por Ligado no Sul03/08/2023 09h28
Foto/Reprodução

Santa Catarina enfrenta uma triste realidade no combate à dengue. Em um período de apenas 8 meses, o estado já contabilizou 90 vidas perdidas devido à doença, o mesmo número de óbitos registrados durante todo o ano passado. Além disso, outras 8 mortes suspeitas estão atualmente em processo de investigação. Os dados fornecidos pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina evidenciam uma situação alarmante, com mais de 98 mil casos confirmados de dengue em 2023, contrastando com os 83.523 casos do ano anterior. Durante o período de 1º de janeiro a 31 de julho, mais de 50 mil focos do mosquito Aedes aegypti foram identificados em 236 municípios. Até o momento, um total de 151 municípios encontram-se infestados, representando um aumento de 13,53% em relação ao mesmo período em 2022.

Influência do El Niño 

Os números são impressionantes, com mais de 98 mil casos confirmados de dengue, sendo a maioria deles autóctones, ou seja, adquiridos dentro dos próprios municípios catarinenses. Essa estatística supera significativamente o total de  83 mil casos registrados durante todo o ano anterior. Diante dessa situação a DIVE iniciou um processo de planejamento e organização das ações para os próximos meses. A influência do fenômeno climático El Niño é um fator a ser considerado, já que se espera temperaturas mais elevadas, mesmo durante o período de inverno. Isso aumenta as condições favoráveis para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, intensificando a probabilidade de transmissão da doença nos próximos meses, especialmente no final do ano.

Visita técnica do Ministério da Saúde para enfrentar o desafio

Consciente da gravidade da situação, o Ministério da Saúde realizou uma visita técnica ao estado nesta semana, visando planejar estratégias para enfrentar o próximo período sazonal da doença. João Augusto Fuck, diretor da Dive, explicou uma das medidas tomadas em conjunto com o Ministério da Saúde: “Uma dessas estratégias é o mapeamento de risco. Ou seja, ao conhecermos melhor o mapeamento das áreas de maior risco de transmissão da doença, podemos direcionar nossas ações para essas regiões, com o intuito de entender a situação e otimizar as intervenções, reduzindo o risco de transmissão. Essa é apenas uma das atividades planejadas, com outras ações planejadas para os próximos meses.”

Prevenção continua sendo a melhor defesa

Apesar das novas estratégias, a melhor abordagem para prevenir doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, continua sendo a eliminação de locais com água parada. O mosquito Aedes aegypti pode ser encontrado em áreas urbanas, muitas vezes dentro de residências, reproduzindo-se em recipientes com água parada. Assim, medidas como a eliminação desses focos e a adequação de locais onde a água não pode ser eliminada são essenciais para reduzir a presença do mosquito e minimizar o risco de transmissão, mesmo em situações de epidemia.

No último boletim epidemiológico divulgado pela Dive, foram notificados 611 casos suspeitos de chikungunya em Santa Catarina. Dentre esses casos, 44 foram confirmados, enquanto 175 permanecem sob suspeita de chikungunya.

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