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Monitoramento aéreo registra número significativo de baleias-francas no litoral

Expedição revela 225 avistagens, incluindo raras baleias semi-albinas

Por Ligado no Sul21/09/2023 10h00
Foto: Carolina Bezamat ProFRANCA-IA/SCPAR Porto de Imbituba

Entre os dias 15 e 18 de setembro, uma expedição de monitoramento aéreo revelou a presença de 225 baleias-francas ao longo dos litorais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O monitoramento, realizado durante o auge da temporada das baleias-francas no litoral brasileiro, contabilizou 110 mães acompanhadas de filhotes, além de cinco adultas sozinhas.

A expedição, coordenada pela Expedição Baleia-Franca, contou com o esforço conjunto do Programa de Monitoramento das Baleias-francas da SCPAR Porto de Imbituba (SC) e do Projeto Franca Austral, realizado pelo Instituto Australis e patrocinado pela Petrobras.

Em Santa Catarina, a maior concentração de baleias-francas foi observada entre a praia de Ibiraquera, Imbituba, e Mar Grosso (Laguna). Na ilha de Florianópolis, as baleias foram avistadas nas praias de Joaquina e Moçambique. No Rio Grande do Sul, a maior quantidade foi registrada entre Capão da Canoa e Tramandaí, com o registro mais austral ocorrendo em Balneário Pinhal.

Destaca-se que o estado do Paraná não teve avistagens durante o monitoramento devido a um nevoeiro marítimo que prejudicou a operação no trecho entre Guaratuba (PR) e São Francisco do Sul (SC).

Segundo Eduardo Renault, Gerente de Pesquisa do ProFRANCA, este período apresentou um número de baleias acima da média em comparação com anos anteriores, próximo do registrado em 2022. O padrão de distribuição das baleias foi semelhante ao dos anos anteriores, mas houve uma mudança notável, com poucas baleias nas enseadas tradicionais do trecho norte da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca.

Em geral, a maior concentração de baleias ocorreu no litoral de Santa Catarina, refletindo a tendência típica desta época, que representa o auge da temporada. A maioria das baleias já estava acompanhada de seus filhotes, demonstrando que Santa Catarina oferece condições ideais para os cuidados maternos.

A expedição também registrou baleias antigas conhecidas, como a Zebrinha, catalogada com o número B194 desde 2002, que este ano teve um filhote semi-albino. Além disso, uma baleia foi vista com um pedaço de rede de pesca preso à cabeça, mas agora está livre dessa ameaça. Também chamou a atenção a presença de uma rara baleia semi-albina fêmea, uma ocorrência inédita no litoral brasileiro.

Durante o sobrevoo, a equipe de monitoramento aéreo realizou o censo e o registro da localização das baleias, além de fotografá-las. As fotos serão usadas na identificação dos animais adultos por meio das calosidades únicas sobre suas cabeças, semelhantes a impressões digitais.

Mariana Silvano, bióloga da Acquaplan, destacou a importância da região do Porto de Imbituba para a espécie, enfatizando a necessidade de monitoramento contínuo das atividades portuárias por pesquisadores.

Karina Groch, diretora de Pesquisa do ProFRANCA, ressaltou que a expectativa de uma temporada com grande quantidade de baleias já estava presente devido aos números registrados desde junho, quando as primeiras baleias chegaram à região. O trabalho de conscientização e monitoramento tem sido fundamental para a preservação e conservação dessas gigantes marinhas.

A SCPAR Porto de Imbituba, representada por Paulo Márcio de Souza, gerente de Meio Ambiente, celebrou os resultados da Expedição Baleia-Franca e destacou o compromisso com a proteção dessas baleias, que estão cada vez mais ocupando áreas ao longo da costa do sul do Brasil.

Confira nas imagens do Instituto Australis o momento em que uma baleia zebrinha é avistada com seu filhote semi-albino

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