Tribunal do Júri rejeita tese de legítima defesa e acolhe argumentos do Ministério Público de Santa Catarina

Em julgamento realizado na terça-feira, 7, o Tribunal do Júri da Comarca de Orleans condenou um homem acusado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a oito anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil. O crime ocorreu em 2022.

Durante a sessão, os jurados descartaram a alegação de legítima defesa apresentada pelo réu e concordaram com as acusações do MPSC.

“O crime foi praticado por motivo completamente desproporcional. Importante ressaltar que a sociedade orleanense manifestou sua contrariedade ao fato e acolheu a pretensão da acusação”, destacou o Promotor de Justiça Paulo Henrique Lorenzetti da Silva, representante do Ministério Público no julgamento.

O crime foi praticado em 11 de junho de 2022. Naquele sábado, quatro amigos estavam em um bar na região central de Orleans quando, por volta das 21h30, o réu, que não era conhecido deles, parou, pediu um isqueiro e começou a conversar. Na conversa, o condenado teria dito que era um “criminoso perigoso”, mas a vítima não deu atenção ao fato, o que o motivou a tentar matá-la.

Instantes após a conversa, a vítima foi até o banheiro de um posto de combustíveis próximo ao local, sendo seguido pelo condenado, onde iniciou uma discussão, que foi separada pelos amigos da vítima. Não satisfeito, próximo ao posto de combustíveis, o réu novamente se dirigiu contra a vítima, dessa vez com um estilete, e deu-lhe golpes no pescoço, no ombro, no rosto e no punho.

A rápida intervenção dos amigos da vítima evitou um desfecho mais trágico, que foi socorrida prontamente e encaminhada ao hospital.

Apesar da condenação, a sentença ainda é passível de recurso.