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Desafios na escolha da melhor escola para crianças com transtornos neurológicos

Entrevista com a neuropsicopedagoga Ana Maria

Ana Maria - NEUROPSICOPEDAGOGA
Por Ligado no Sul31/01/2024 11h30
Foto/Redação

Um assunto de extrema importância ganha destaque no retorno às aulas: a escolha da melhor instituição para crianças com transtornos neurológicos. O Jornal da Guarujá recebeu, nesta quarta-feira, 31, a  neuropsicopedagoga Ana Maria para discutir sobre esse dilema enfrentado por muitos pais e mães.

Ana Maria, diagnosticada com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), compartilhou sua experiência de infância marcada por desafios na escola. “Eu fui aquela criança que ninguém queria na sala de aula. Eu era hiperativa, peralta, dava trabalho, tinha dificuldade de aprendizagem”, revelou.

O debate abordou a falta de compreensão na época, onde crianças com transtornos neurológicos eram muitas vezes estigmatizadas como “bagunceiras”. Ana Maria destacou o impacto emocional de um episódio marcante em sua vida escolar: “A professora chegou pra mim e me chamou de burra na frente de todos os meus colegas.”

Durante a entrevista, neuropsicopedagoga chamou a atenção para a necessidade de debater abertamente o tema, eliminando estigmas e promovendo a conscientização sobre transtornos neurológicos. Ela ressaltou que a identificação precoce desses transtornos é fundamental para garantir o desenvolvimento adequado das crianças.

No decorrer da conversa, Ana Maria abordou a falta de preparo das escolas para lidar com crianças que possuem transtornos neurológicos. Ela defendeu a flexibilização de conteúdos e a necessidade de profissionais especializados nas instituições de ensino para garantir um ambiente inclusivo e adequado.

Além disso, a neuropsicopedagoga destacou a importância da formação continuada dos educadores, incentivando a busca por profissionais especializados e promovendo uma abordagem mais empática em relação às necessidades das crianças com transtornos neurológicos.

Ana Maria também ressaltou a importância da flexibilização de conteúdos nas escolas, evitando termos como “adaptação”, que podem subestimar o potencial da criança. Ela concluiu destacando que o trabalho é levar conhecimento aos pais sobre a possibilidade de flexibilização e a importância de compreender o transtorno de seus filhos.

No final da entrevista, neuropsicopedagoga compartilhou informações sobre seu espaço, Neuro Treinar, localizado Rua Aristiliano Ramos, 134, em Orleans, onde oferece suporte e acompanhamento para crianças e adultos que enfrentam desafios neurológicos.

Confira entrevista completa

 

 

 

 

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