Dá para falar bem, mesmo em um dia ruim? Por Giovana Pedroso
Fala comunicador! Eu gostaria que você imaginasse a seguinte cena: você tem a reunião mais importante da sua vida com um grupo de potenciais clientes e nesta reunião você vai precisar apresentar o seu trabalho de uma maneira segura, clara e persuasiva. Porém, na noite anterior, aquela gripe que estava perseguindo você há algumas semanas se transformou em febre, veio aquela dor no corpo e foi uma daquelas noites em claro mesmo.
Mas a reunião no dia seguinte é inegociável para o futuro da sua carreira e da sua empresa. Eu pergunto: uma situação parecida, já aconteceu com você? E pergunto mais: como ir bem em um dia no qual você não está legal fisicamente ou psicologicamente?
Eu sei que não dá para deixar a dor, o cansaço e o abalo na porta da sala. Portanto, eu quero combinar que a minha abordagem vai se dividir em dois pilares: o que você deve fazer ao falar em público em um dia ruim e o você não deve fazer.
Vamos começar pelo que deve ser feito. Aqui, é fundamental que a gente volte alguns dias antes da sua reunião ou experiência de fala. Sempre falo para os meus alunos: na oratória, assim como em tudo na vida, há variáveis que você controla e há variáveis que você não controla. Portanto, alguns dias e semanas antes de qualquer grande oportunidade de fala, você precisa concentrar toda a sua energia nos aspectos controláveis. Mas Giovana, quais são eles? A sua preparação.
É bem comum eu ouvir a frase: mas Giovana, se eu ensaiar demais, não vai ficar engessado? E é exatamente em um dia ruim que a minha resposta para essa questão se torna ainda mais válida: estar preparado é estar seguro para tudo o que foge do seu controle, e que pode e certamente vai acontecer no dia de falar. Pois a doença é só uma possibilidade. A pergunta inesperada, o “deu branco”, o atraso devido a algum incidente no caminho, tudo isso, tudo o que você não controla fica mais fácil quando você está preparado.
O que envolve a preparação semanas ou dias antes? Estruturar seu conteúdo usando ferramentas que eu divido aqui, lá no meu canal no YouTube, na Imersão Comunica e na Mentoria Comunica+. Isso inclui validar o seu conteúdo com uma pessoa que possa representar seu público no dia, escolher como visualmente você vai se apresentar e ensaiar pelo menos 10 vezes a sua apresentação. Outro fator importante é preparar respostas para perguntas prováveis.
Essas são só algumas variáveis que você controla e que precisam estar no escopo da sua preparação. Com isso em vista, mesmo depois de uma noite sem dormir, você vai conseguir conduzir com mais facilidade.
Vamos ao que você não deve fazer: chegar na sala e ir logo de cara pedindo desculpas. Começar com isso, justificando-se, logo de cara enfraquece a sua posição na reunião logo de cara. E mais: na maioria das vezes, se você não falar ou não postar nos Stories, as pessoas não saberão o que se passa da porta para dentro da sua vida e da sua casa. Se você não falar, elas não vão perceber. Assim como quando você está gripado e quando começa a falar já vai logo dizendo: “ai, desculpa, a minha voz está um pouco rouca” (só que ninguém havia percebido e nem ia perceber se você não dissesse).
Logo, o principal direcionamento sobre o que não fazer ao falar em um dia ruim é: não pedir desculpas, não se justificar, ou pelo menos não logo de cara.
Dias difíceis vão ser aqueles que mais ensinarão você durante a vida. É no erro e no desafio que o seu cérebro aprende mais. Vamos fazer o que precisa ser feito, e fazer bem, mesmo em dias mais complicados.
Beijo grande e a gente se fala em breve.