Além das medalhas: quando a Saúde Mental é tão Importante quanto o Ouro. Por Vanesa Bagio
Acompanhando as Olimpíadas de 2024 em Paris, enquanto os olhos do mundo estavam voltados para as performances de tirar o fôlego e as conquistas históricas dos atletas, um tema profundamente humano tem emergido como um ponto primordial: a importância da psicoterapia para a saúde mental dos atletas. Em um ambiente onde o estresse e a pressão são constantes, muitos competidores abriram o coração ao falar sobre como a psicoterapia tem sido uma ferramenta essencial para seu bem-estar e desempenho.
As Olimpíadas, tradicionalmente vistas como o auge do esforço físico e da resistência, estão agora testemunhando uma mudança significativa na forma como os atletas abordam sua saúde, não apenas a física, mas a mental. Mais do que nunca, a preparação mental é reconhecida como crucial para alcançar o sucesso em um palco tão grandioso. Em entrevistas e coletivas de imprensa, muitos dos maiores nomes do esporte têm compartilhado suas experiências pessoais com a psicoterapia, destacando seu papel vital em ajudá-los a lidar com as exigências emocionais do esporte de alto rendimento.
A psicoterapia oferece aos atletas um espaço seguro para discutir suas preocupações, medos e ansiedades, que muitas vezes são angustiantes pela pressão constante para vencer. Esse suporte emocional é fundamental para lidar com as expectativas, tanto internas quanto externas, e para manter a resiliência em momentos críticos.
Nos últimos anos, a conversa sobre saúde mental no esporte se intensificou, com atletas como Simone Biles Owens – Ginastas Artística, Naomi Osaka – tenista e Michael Fred Phelps II – ex nadador liderando a discussão. Esses atletas, ícones em suas respectivas modalidades, revelaram como a psicoterapia os ajudou a superar crises pessoais e a continuar competindo no mais alto nível.
Nas Olimpíadas de Paris, a saúde mental dos atletas ganhou protagonismo, falas através de entrevistas, como Rebeca Rodrigues de Andrade – Ginasta Artística, Ingrid de Oliveira – Saltadora, Rayssa Leal – Skatista. Essa abertura em relação à saúde mental foi amplamente apoiada por organizações esportivas e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que têm implementado iniciativas para garantir que os atletas tenham acesso a apoio psicológico durante os Jogos. Psicólogos esportivos estão mais presentes do que nunca, prontos para ajudar os atletas a lidar com os desafios mentais que surgem durante a competição.
Além do suporte oferecido, a disposição dos atletas em falar abertamente sobre psicoterapia está ajudando a quebrar o estigma em torno da saúde mental, não só no esporte, mas também na sociedade em geral. Para muitos, ouvir seus ídolos falarem sobre a importância de cuidar da mente é um poderoso lembrete de que pedir ajuda é um sinal de força, e não de fraqueza.
A psicoterapia, que outrora era vista como um tabu no mundo esportivo, está agora sendo integrada como uma parte essencial da preparação dos atletas. Ela ajuda não apenas a melhorar o desempenho, mas também a garantir que os competidores possam sustentar suas carreiras a longo prazo, evitando o esgotamento e as crises emocionais que muitos enfrentam após as competições.
À medida que as Olimpíadas continuam, fica claro que o bem-estar mental dos atletas está finalmente recebendo a atenção que merece. A psicoterapia, longe de ser um sinal de vulnerabilidade, está sendo reconhecida como uma ferramenta poderosa para alcançar a excelência no esporte.
Em Paris, vimos uma nova era olímpica, onde a saúde mental é valorizada tanto quanto a medalha de ouro, e onde o verdadeiro sucesso é medido não apenas por conquistas físicas, mas também pelo equilíbrio emocional e a capacidade de cuidar de si mesmo.
Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”