Na quarta-feira, 14 de agosto, Florianópolis, especialmente a região norte da ilha, enfrentou uma noite de caos com incêndios e destruição em bairros como Rio Vermelho, Travessão, Santinho, Ingleses, Vargem do Bom Jesus e Canasvieiras. Os ataques, que resultaram na queima de um ônibus, foram uma retaliação de criminosos a um confronto com a polícia. Em entrevista ao Jornal da Guarujá, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, explicou que a violência começou quando a polícia recebeu uma denúncia de um indivíduo com drogas. Ao tentar abordar o suspeito, este fugiu com seu veículo, causando um cerco policial na região.

“Quando o traficante fugiu, ele pediu ajuda aos seus comparsas para causar uma distração e facilitar sua fuga. Eles fizeram barricadas, incendiaram ruas e, devido a um dos incêndios, um ônibus do transporte público acabou pegando fogo”, relatou o delegado Gabriel. Ele destacou que a facção envolvida é o Primeiro Grupo Catarinense (PGC), mas afirmou que a ação foi uma resposta pontual e não uma operação coordenada. “A ação não foi orquestrada, foi uma movimentação pontual dos criminosos para ajudar o traficante a escapar. Foi uma resposta rápida para criar confusão e desviar a atenção das forças policiais”, acrescentou.

O delegado informou também que  seis suspeitos foram presos, quatro adultos e dois menores. O traficante principal ainda está foragido e continua sendo alvo das investigações.

Morte de agente comunitária em Morro da Fumaça

Em Morro da Fumaça, a Polícia Civil está dedicada a esclarecer a morte de uma agente comunitária, ocorrida na madrugada de quarta-feira. A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo na Rodovia Genésio Mazon, no bairro Estação Cocal. Ulisses Gabriel explicou que há fortes indícios de latrocínio. “O indicativo é que se trata de um latrocínio, ou seja, um roubo seguido de morte. Essa senhora não tinha inimigos, não tinha problema com ninguém, não há indicativo de ser homicídio. Os criminosos invadiram a residência com o objetivo de roubar e acabaram matando a senhora”, afirmou. O delegado enfatizou que a polícia realiza  uma investigação intensa para prender os responsáveis. “Estamos mobilizando todas as nossas forças para resolver o caso. Desde que o governador entrou em contato, temos trabalhado para prender os envolvidos. A investigação está sendo conduzida com a colaboração de delegacias de Urussanga, Cocal do Sul e outros locais”, completou.

O delegado-geral também falou sobre uma possível conexão com outro crime na região de Cocal do Sul, onde uma residência foi arrombada e idosos foram amarrados. “Estamos investigando se há uma relação entre esse crime e o ocorrido em Morro da Fumaça”.

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