Família. Por Ana Dalsasso
Estamos iniciando setembro e retomo meu espaço falando de um tema muito especial, merecedor de nossa atenção e avaliação por se tratar da instituição social mais relevante, porém relegada em função da inversão de valores impostos por um mundo que se afasta cada dia mais dos princípios cristãos: a FAMILIA.
A família é a base da sociedade, desempenhando um papel crucial na formação do indivíduo e na construção de laços sociais. Desde os primórdios da civilização tem sido o núcleo onde se estabelecem valores, saberes são transmitidos e relações afetivas cultivadas. Neste contexto, é imprescindível analisar o seu valor na sociedade contemporânea em constante mudança, considerando suas funções, desafios e a importância de sua preservação.
A família sendo um projeto de Deus nela estão impressas as marcas, as pegadas Dele. No entanto, tais marcas tendem a ser sufocadas, pois estamos vivendo tempos de confusão em que o mal se dissemina com o único objetivo: destruir a família, porque destruindo-a, destrói-se a sociedade. De acordo com os ensinamentos bíblicos, é na família que se travará a última batalha nos tempos finais. Destruindo-a, o projeto de Deus perde sentido. E o que estamos vivenciando é uma clara indicação disso. Precisamos propagar que o modelo de família que hoje se impõe são verdadeiras montagens. Precisamos agir para que o caos seja evitado.
Será que queremos viver o modelo de família que o mundo está ensinando, o que as novelas estão mostrando, o que as músicas estão induzindo? Diariamente entram em nossos lares os piores inimigos da família: drogas, prostituição, violência, desamor, desgraça, traição, tudo por meio de novelas, programas indecentes, notícias escandalosas, enfoque ao que não presta, com o intuito de poluir a cabeça de nossos filhos, e com isso vai se estabelecendo a degradação dos laços familiares. O apelo midiático é incansável e tentador, mas precisamos educar nossos filhos para a visão crítica e seletiva sobre tudo que povoa as mídias sociais. Não é tudo igual como tentam convencer. As propostas são bem diferentes, e gradativamente a família vem perdendo sua unidade e dignidade, acarretando a dissolução dos costumes. E tudo vai virando uma confusão.
Hoje se ensina o casamento fechado à fecundidade, à vida. Casais optam a serem pais de pets a ter uma criança, a qual exigiria renúncia, dedicação, responsabilidade. Esquecem-se que filhos são projetos de Deus. Temos também o aborto, já legalizado em alguns países, e talvez breve aqui, em qualquer fase da gestação, como uma livre opção, defendido como “liberdade reprodutiva” da mulher. Que liberdade é essa? E a vida do bebê não conta? Aborto não é opção, porque uma vez concebida a vida, quem a tira comete homicídio.
Há um movimento organizado ocupando todos os espaços, inclusive nas escolas, para a desestabilização da família: a chamada ideologia de gênero. Em nome da promoção da “igualdade entre os seres humanos”, nossos filhos estão sendo expostos aos mais ridículos exemplos de libertinagem. Não sou preconceituosa, mas não concordo com a forma degradante pela qual se expõe o homossexualismo numa tentativa de impor a todo custo uma ideologia. Devemos respeito sim, mas não somos obrigados a aceitar. Cada um faz do seu corpo o que quiser, mas a família não é obrigada a ficar atrelada aos valores inversos de uma sociedade doente.
O amor está ficando ausente do coração das pessoas, filhos perdendo o respeito com os pais, casais se traindo indistintamente, muitos lares se desfazendo, outros sendo constituídos aleatoriamente, pais descompromissados, maus exemplos influenciando na educação dos filhos. A sociedade está adoecendo emocional, psicológica e espiritualmente pelas escolhas infelizes que está fazendo. É preciso buscar sustentação em Deus, nossa base, o alicerce da família.
Diante do exposto, é possível afirmar que na família reside a base para a formação de qualquer indivíduo, pois é onde se aprende a conviver e interagir com o mundo. Por mais que o mundo evolua, a família foi, é e sempre será o núcleo da sociedade sobre a qual exerce papel determinante devendo ser preservada a qualquer custo, cumprindo assim o propósito de Deus.