Ex-prefeito de Pescaria Brava é condenado a 64 anos de prisão por crimes de corrupção e organização criminosa
A Justiça de Santa Catarina publicou nessa terça-feira, 3, a segunda condenação relacionada à Operação Mensageiro, Deyvisson Souza, ex-prefeito de Pescaria Brava, foi condenado a 64 anos de prisão pelo juiz Renato Muller Bratti, da Vara Criminal de Laguna.
Deyvisson foi condenado pelos crimes de organização criminosa e corrupção. Além da pena de prisão, ele terá os direitos políticos cassados por oito anos, após o trânsito em julgado do processo.
No mesmo processo, outras sete pessoas também foram condenadas, com penas que chegam a até 25 anos de prisão. A defesa de Deyvisson Souza ainda não se manifestou oficialmente, mas informou que deve conversar com o ex-prefeito antes de tomar qualquer decisão sobre os próximos passos.
Relembre o caso
A Operação Mensageiro foi deflagrada em dezembro de 2022, com o objetivo de desmantelar um esquema de corrupção que envolvia gestores públicos em diversas cidades de Santa Catarina. As investigações revelaram a existência de uma organização criminosa que, por meio de fraudes em licitações e desvios de verbas públicas, enriquecia seus membros às custas dos cofres municipais.
Deyvisson Souza, então prefeito de Pescaria Brava, foi um dos principais alvos da operação. Ele já havia sido preso em 2022, mas estava em liberdade provisória desde setembro de 2023. No entanto, voltou a ser detido no dia 26 de julho deste ano, após novas evidências de sua participação no esquema.
As provas coletadas durante a investigação indicaram sua participação ativa no esquema, o que levou à sua prisão e, posteriormente, à renúncia do cargo. A condenação anunciada nessa terça-feira é mais um desdobramento do trabalho do Ministério Público e da Polícia Civil no combate à corrupção no estado.