A Justiça Eleitoral da 23ª Zona de Orleans, em Santa Catarina, aprovou nessa segunda-feira (9) o registro de candidatura de Gelson Luiz Padilha, do Partido Liberal (PL), para concorrer ao cargo de prefeito no município. A candidatura havia sido inicialmente impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) devido à rejeição das contas de Padilha, o que poderia enquadrá-lo na Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar n. 64/1990).

Em entrevista ao Jornal da Guarujá na manhã desta terça-feira, Padilha comemorou a decisão. “Nós estamos na luta desde o início e sempre afirmamos que a candidatura era legal”, declarou. O candidato criticou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) por incluir seu nome em uma lista de inelegíveis, argumentando que a lista poderia conter erros. “Há mais de 700 nomes na lista, e acredito que a grande maioria está livre de qualquer inelegibilidade”, afirmou Padilha.

O Ministério Público, que havia pedido a impugnação da candidatura, acabou revisando sua posição e concordou com a defesa apresentada por Padilha, resultando no deferimento de sua candidatura. O candidato também aproveitou para responder aos boatos espalhados por opositores durante a campanha, que alegavam sua inelegibilidade. “Essas mentiras prejudicam, mas não vamos nos abalar”, afirmou, destacando que sua campanha segue forte.

Padilha criticou diretamente um de seus adversários, que estaria espalhando informações falsas sobre sua candidatura. “Muitos disseram que eu estava inelegível e até cassado, o que não é verdade. Agora, tentam disseminar que vou desistir da candidatura, o que também é uma mentira”, afirmou. Ele enfatizou que tais desinformações visam enfraquecer sua campanha. “A oposição está usando mentiras para tentar nos derrubar. É importante que os eleitores não acreditem nessas falsidades”, alertou.

O candidato ainda criticou o TCE e o impacto da inclusão de seu nome na lista: “É um desserviço à democracia. O TCE deveria ser mais responsável e divulgar somente aqueles que realmente são inelegíveis”. Ele lembrou que essa não é a primeira vez que seu nome aparece em tal lista, mesmo após o fim de sua inelegibilidade há vários anos.

A rejeição das contas, que originou o processo, remonta a 2003, quando Padilha deixou a prefeitura dias antes do término de seu mandato. Segundo o candidato, seu sucessor não fechou as contas daquele período, o que levou à rejeição. “Essa questão já está resolvida há muito tempo. Não faz sentido estar sendo discutida agora”, concluiu.

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