Santa Catarina registra alarmantes mais de duas mortes diárias em decorrência do câncer de mama. Desde janeiro do ano passado, 1.416 óbitos foram contabilizados no estado, conforme dados do sistema de informação de mortalidade do Ministério da Saúde, o que representa uma média de cerca de 67 vidas perdidas por mês. Neste contexto, a Secretaria de Estado da Saúde lembra a importância da prevenção durante a campanha Outubro Rosa, reforçando a necessidade de autocuidado e a realização de exames periódicos.

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, destaca a relevância do autocuidado. “O toque é algo que a mulher pode fazer. Estamos publicando uma cartilha da Secretaria de Estado da Saúde para encorajar essas ações. O diagnóstico precoce é crucial; quando o paciente chega com o câncer em estágio avançado, muitas vezes precisamos realizar procedimentos mais agressivos, como a retirada da mama”, alertou o secretário. Ele destaca que a detecção precoce aumenta significativamente as chances de sobrevivência e permite que a paciente retome sua vida normal.

Em relação aos exames, Diogo observa que a adesão é fundamental. “Não podemos faltar ao procedimento. Em alguns locais, o índice de faltas chega a 30%. Pedimos que, ao agendar, as pacientes realizem os exames”, afirmou. O câncer de mama é o segundo maior responsável por mortes entre neoplasias malignas no Brasil, mas as chances de cura aumentam quando a doença é diagnosticada em seu estágio inicial.

O médico mastologista Dr. Marcelo Prade complementa a importância do diagnóstico precoce. “Durante a campanha Outubro Rosa, devemos enfatizar a realização dos exames de rastreamento. Quanto mais cedo o câncer é identificado, menos agressivo será o tratamento. Na maioria das vezes, não é necessário retirar a mama inteira; podemos apenas remover a área do tumor, mantendo a estética da mama e permitindo uma recuperação mais rápida”, explicou.

O Instituto Nacional do Câncer projeta o surgimento de mais de 3.800 novos casos de câncer de mama em Santa Catarina e 73 mil em todo o Brasil neste ano. Os principais sinais e sintomas da doença incluem caroços, vermelhidão na pele da mama, alterações no mamilo e nódulos no pescoço e nas axilas.