O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, vai além da homenagem a figuras históricas como Zumbi e Dandara. A data se transforma em um convite para a reflexão sobre o impacto do racismo na sociedade brasileira e a necessidade de ações coletivas para combatê-lo. Em Tubarão, a Campanha Novembro Negro, instituída pela Lei 5919/2023, reforça essa pauta ao promover a Semana da Cultura Afro-Brasileira, com eventos que destacam a contribuição do povo negro na formação da cidade e do país.

Como parte das celebrações, a Setorial de Cultura Afro-Brasileira de Tubarão, em parceria com a Associação de Resistência Ancestral (ÀRÁ), a Comissão de Igualdade Racial da OAB e o Museu Ferroviário, realiza o evento “Conexões Afro-Brasileiras” entre os dias 20 e 23 de novembro. A programação é diversificada e aborda temas como educação, cultura, legislação e empreendedorismo afro.

Abertura no Museu Ferroviário

O evento será inaugurado no dia 20 de novembro, às 19h30, no Museu Ferroviário. A cerimônia inclui a premiação de um concurso de desenhos da rede municipal de ensino, performances dos estudantes da EMEB Faustina da Luz Patrício e a apresentação de um fragmento do espetáculo Sementes. Além disso, será lançada a exposição Jorge/Ogum, o Senhor dos Caminhos, com curadoria da jornalista Emanuela da Silva e fotografias de Christian Parente. A mostra explora pontos turísticos de Tubarão sob a perspectiva da africanidade, destacando a contribuição do povo negro no desenvolvimento da cidade.

Programação diversa e gratuita

Durante os quatro dias, o evento contará com rodas de conversa, apresentações culturais e uma mostra de empreendedorismo afro. A organização destaca que todas as atividades são gratuitas e abertas ao público de todas as idades.
Para a jornalista Emanuela da Silva, o “Conexões Afro-Brasileiras” é uma oportunidade de promover saberes, valorizar a diversidade e fortalecer a educação antirracista. “É um momento de mostrar a riqueza da cultura afro-brasileira e de reforçar a importância de combater o racismo de forma estruturada e coletiva”.