A prefeita de Lauro Müller, Saionara Bora, não compareceu à sessão ordinária realizada na noite desta segunda-feira (25), na qual deveria prestar esclarecimentos sobre as constantes interrupções no abastecimento de água no distrito de Guatá. Convocada pelo vereador Lindomar Cataneo (PSD), ela justificou sua ausência em um ofício, alegando problemas de saúde e compromissos inadiáveis.

A ausência gerou forte decepção entre os vereadores e deixou a população sem respostas concretas. Segundo Cataneo, a expectativa de que a prefeita não comparecesse já existia, mas a ausência foi vista como uma oportunidade perdida de diálogo. “Era um momento ímpar para ela esclarecer à população os investimentos realizados e os planejados para resolver o problema. Infelizmente, ela preferiu não estar presente”, criticou.

No ofício, a prefeita sugeriu que os vereadores se reunissem com os técnicos da UNESC, responsáveis por um estudo técnico sobre a situação. De acordo com informações preliminares desses especialistas, as melhorias necessárias incluem intervenções na rede e na estação de tratamento de água, com um custo estimado em R$ 2 milhões.

Cataneo reforçou que a responsabilidade de viabilizar esses recursos e executar as obras é da prefeita. “Os técnicos da UNESC fizeram sua parte, mas eles não podem liberar R$ 2 milhões. Isso é papel do Executivo. E, até agora, tudo indica que essa solução ficará para a próxima gestão”, declarou.

A relação entre o Executivo e o Legislativo, que já era tensa, foi novamente colocada em evidência. “Essa gestão prometeu proximidade com a população, mas entregou o oposto. A prefeita não se comunicou de forma eficiente com os vereadores nem com os moradores”, afirmou Cataneo.

Com o fim do mandato se aproximando, o vereador planeja buscar soluções junto ao prefeito eleito, Valdir Fontanella, já no início de 2025. “Vamos trabalhar para que essa situação seja resolvida o mais rápido possível. O deputado Júlio Garcia (PSD), já se comprometeu a destinar R$ 1 milhão para ajudar no projeto, mas precisamos que o município faça sua parte”, concluiu.

Enquanto isso, os moradores do Guatá continuam enfrentando a instabilidade no abastecimento de água, sem um cronograma claro para a resolução definitiva do problema.

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