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Dezembro Laranja reforça a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de pele

Dermatologista destaca cuidados essenciais, mitos e avanços no tratamento da doença mais comum no Brasil.

Por Ligado no Sul02/12/2024 10h30
Foto/Redação

Na manhã desta segunda-feira, 2 de dezembro, o dermatologista Dr. Paulo Henrique Martins, especialista em câncer de pele, participou de uma entrevista no Jornal da Guarujá para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. A ação integra a campanha nacional Dezembro Laranja, que chama atenção para os cuidados com a saúde da pele e a proteção contra o câncer de pele, o tipo mais frequente no Brasil.

“O câncer de pele é o mais comum no país, representando mais de 30% dos casos de câncer diagnosticados anualmente, cerca de 240 mil novos casos. Apesar de ser altamente prevenível e visível, ainda mata. Por isso, conscientizar a população é fundamental”, destacou o especialista.

Proteção diária contra o sol

Dr. Paulo enfatizou que os cuidados devem ser adotados o ano inteiro, não apenas no verão ou em dias ensolarados. “O uso do protetor solar deve ser tão automático quanto escovar os dentes. Mesmo em dias nublados ou chuvosos, a radiação ultravioleta está presente e pode causar danos à pele. O protetor deve ser reaplicado ao longo do dia”, recomendou.

Ele também desmistificou ideias comuns, como a crença de que sombras ou bonés substituem a aplicação do protetor solar. “Essas medidas ajudam, mas oferecem proteção parcial. O uso do protetor solar é indispensável.”

Diagnóstico precoce: um diferencial no tratamento

Outro ponto importante é que o câncer de pele, por ser visível, pode ser identificado precocemente. “Uma lesão que não cicatriza, sangra, ou apresenta mudanças no formato e cor pode ser um sinal de alerta. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura, que pode chegar a quase 100%”, afirmou Dr. Paulo, explicando a regra do ABCDE para identificar sinais suspeitos: assimetria, bordas irregulares, cores variadas, diâmetro maior que 0,5 cm e evolução do tamanho.

Ele também ressaltou que, em muitos casos, o tratamento é simples e pode ser feito até com pomadas específicas. Já em situações mais avançadas, o procedimento cirúrgico costuma ser eficaz, principalmente quando realizado precocemente.

Riscos e grupos vulneráveis

A entrevista abordou fatores de risco, incluindo a exposição solar acumulativa ao longo dos anos, características genéticas e profissionais expostos ao sol, como agricultores. “Pessoas com pele clara, olhos claros e histórico de exposição intensa ao sol precisam de cuidados redobrados”, alertou.

Dr. Paulo também lembrou que a pele negra ou morena não está livre de riscos. “Embora a melanina ofereça proteção natural, é fundamental que todos utilizem protetor solar, independentemente do tom da pele.”

Cuidado com crianças e alternativas acessíveis

Casos raros de câncer de pele em crianças foram mencionados, destacando a importância de educar desde cedo sobre os cuidados. Para famílias que buscam alternativas acessíveis, o médico recomendou protetores solares de fator 30 ou superior e camisetas com proteção UV. “Não importa se o protetor é mais barato, o importante é usá-lo corretamente e regularmente”, concluiu.

Confira entrevista completa

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