Com a chegada da alta temporada de verão, as praias de Santa Catarina atraem milhares de turistas, mas também registram um aument0 de acidentes causados por águas-vivas. Esses animais marinhos, ao entrarem em contato com a pele, podem provocar queimaduras que resultam em ardência, dor, vermelhidão e, em casos graves, reações alérgicas severas.

A sargento Gláucia Kruger, do Corpo de Bombeiros, explica que os tentáculos das águas-vivas liberam substâncias chamadas nematocistos, responsáveis pela sensação de queimadura. “Por isso, é importante evitar esfregar ou coçar o local da lesão, já que isso pode romper essas estruturas e piorar os sintomas”, orienta.

Segundo a sargento, o tratamento inicial ideal é a aplicação de vinagre no local afetado, pois o ácido neutraliza as toxinas liberadas pelos nematocistos. Caso o vinagre não esteja disponível, é recomendável utilizar a própria água do mar, mas nunca água doce. “A água doce pode estourar as bolhas de veneno, agravando a lesão”, alerta.

Os postos de guarda-vidas em Santa Catarina estão preparados para atender rapidamente vítimas de queimaduras por águas-vivas, com vinagre sempre à disposição. Além disso, a presença da bandeira lilás na praia indica alta incidência desses animais e deve ser levada a sério pelos banhistas, que são orientados a evitar entrar na água nessas condições.

A presença de águas-vivas nas praias catarinenses depende de fatores como maré, temperatura da água e correntes marítimas. “Não há uma praia específica com maior incidência. Tudo é relativo e depende das condições do mar”, destaca a sargento Gláucia.

Além disso, algumas espécies, como a caravela, requerem atenção redobrada. Muitas vezes confundida com uma água-viva, a caravela é, na verdade, um conjunto de animais marinhos altamente venenoso. “Ela não só causa queimaduras, mas pode provocar reações graves, como cãibras e até parada cardíaca, devido à sua alta toxicidade”, explica a sargento.

Tecnologia e conscientização auxiliam na prevenção

Para ajudar os banhistas, o Corpo de Bombeiros utiliza um aplicativo que informa as condições das praias, incluindo alertas sobre a presença de águas-vivas. A recomendação principal é que os frequentadores das praias fiquem atentos às bandeiras de sinalização, procurem orientação dos guarda-vidas e ajam com prudência.

“A conscientização e a prevenção são fundamentais para evitar acidentes. Seguir as orientações e respeitar os sinais de alerta podem fazer toda a diferença para garantir a segurança durante o verão”, conclui a sargento Gláucia Kruger.