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Médica tubaronense parte para missão humanitária na África e busca apoio para compra de medicamentos

Por Ligado no Sul14/01/2025 09h30
Fotos/Arquivo pessoal

Aos 24 anos e natural de Tubarão, Beatriz de Farias Rinaldi sempre foi apaixonada pelo trabalho voluntário. Desde antes de iniciar a faculdade de Medicina, ela já participava de ações sociais e sonhava em levar sua contribuição para aqueles que mais precisam. “Esse tipo de experiência me ajuda a lembrar o porquê decidi ser médica e o quanto sou grata pelas oportunidades que me são proporcionadas”, afirma. Para Beatriz, as missões humanitárias são uma maneira de devolver dignidade e humanidade às populações mais necessitadas e muitas vezes negligenciadas. “Levar saúde a essas populações é um ato de humanidade. É um gesto que diz: ‘Você também merece ter acesso aos cuidados que muitas vezes damos como garantidos’.”

O interesse de Beatriz pelo trabalho voluntário em missões humanitárias surgiu há cerca de seis anos, quando ela ouviu um relato de acadêmicos de Medicina que realizaram uma missão na Amazônia. “Naquele momento, eu percebi que a Medicina não deveria ser só sobre os hospitais e clínicas, mas sobre levar cuidados a quem realmente precisa”, conta. Desde então, a vontade de levar saúde para populações com acesso precário se intensificou. Após participar de missões no Brasil, como a 6ª Missão Amazônia e a 1ª Missão RS, promovidas pela Inspirali, A médica decidiu que era hora de realizar seu grande sonho: participar de uma missão na África. “Sempre foi um sonho poder atuar em uma área tão precária e remota como a África. E, principalmente, após as experiências anteriores no Brasil, minha vontade de ajudar e fazer a diferença só aumentou”, afirma.

A missão será realizada em Benin, um dos países mais pobres do continente africano e com uma taxa alarmante de mortalidade infantil. Os voluntários médicos realizarão cerca de 500 atendimentos médicos por dia. “A realidade é dura. A mortalidade infantil é altíssima e a falta de acesso a cuidados básicos de saúde agrava ainda mais a situação. Nossa missão será ajudar a reverter essa realidade, proporcionando atendimento de qualidade e levando um pouco de dignidade para essas pessoas”, explica Beatriz. Além dos cuidados médicos, o projeto tem como objetivo retribuir a dívida cultural que o Brasil tem com Benin, já que foi neste país que o Brasil recebeu cerca de 80% dos escravos trazidos para o país. “É um gesto de reconhecimento. O Brasil tem uma dívida histórica com a África e este é um pequeno passo para retribuir um pouco do que recebemos”, diz.

Outro foco importante da missão é implementar o modelo de Estratégia de Saúde da Família em Benin e fomentar a formação humanitária entre estudantes e professores. “Levar esse modelo de cuidado à saúde é uma das grandes prioridades. Além dos atendimentos, queremos plantar a semente de um sistema mais eficaz, que pense na saúde como um direito de todos.”

Beatriz permanecerá em Benin por aproximadamente 15 dias. Para ela, um dos maiores desafios será a barreira da língua, já que o idioma oficial é o francês. “A língua é um desafio, sem dúvida, mas a comunicação é universal, principalmente quando se trata de saúde. Estou confiante de que conseguiremos nos fazer entender”, diz. Além disso, a médica reconhece as dificuldades do sistema de saúde local, onde não é possível fazer um acompanhamento adequado de doenças crônicas e a prevenção de doenças infecciosas, que já foram erradicadas em muitos países devido à vacinação em massa. “A saúde pública de lá enfrenta muitos desafios. O acompanhamento contínuo de doenças crônicas e a prevenção são áreas em que precisamos avançar, e esse é um dos objetivos principais da missão”, completa.

Segundo a medica, as condições de saúde em Benin são extremamente precárias. A maioria da população vive em situação de extrema pobreza, sem acesso a saneamento básico e com pouquíssimos recursos, como energia elétrica e serviços de saúde e educação. “É um cenário de total carência. Muitas pessoas sequer têm acesso à água potável. O atendimento médico é um luxo para eles, e é por isso que precisamos levar essa ajuda”, ressalta Beatriz. Por isso, os atendimentos médicos realizados durante a missão serão de fundamental importância para a população local.

Para viabilizar essa missão, Beatriz está realizando uma campanha de arrecadação de fundos e medicamentos. “Cada contribuição pode fazer uma enorme diferença. Estamos arrecadando medicamentos dentro do prazo de validade e na embalagem original, e toda ajuda é bem-vinda”, explica. “Quem quiser ajudar pode entrar em contato comigo pelo meu Instagram @bearinald. Não importa o valor, o que importa é somarmos forças para fazer a diferença na vida dessas pessoas”, conclui.

 

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