Chuva intensa causa estragos em SC e levanta debate sobre sistema de alertas da Defesa Civil
s municípios catarinenses de Florianópolis, Biguaçu, São José e Tijucas enfrentaram volumes de chuva superiores a 300 milímetros em apenas 24 horas, entre quinta e sexta-feira. Esse acumulado ultrapassou a média esperada para todo o mês de janeiro, causando alagamentos e deslizamentos nas regiões da Grande Florianópolis, Baixo Vale do Itajaí e Litoral Norte. Mais de 2 mil pessoas precisaram deixar suas casas devido aos danos causados pela chuva intensa..
O governador Jorginho Mello reconheceu a gravidade do evento e afirmou que avalia se houve falhas no sistema de monitoramento meteorológico. “Nenhum modelo, nenhum meteorologista falou diferente. Do que nós estamos falando, não havia outra informação. O que foi dado era o que os modelos indicavam”, declarou o governador.
O coronel Fabiano de Souza, secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, destacou que as decisões são baseadas em dados técnicos fornecidos pelos serviços meteorológicos. “Todos os modelos utilizados não apontavam para esse volume de chuva. Eles indicavam circulação marítima com previsão de 50 a 70 milímetros. Assim que constatamos o aumento do volume na quinta-feira pela manhã, atualizamos e intensificamos os alertas”, afirmou Souza.
Já o coordenador de monitoramento e alerta da Defesa Civil, Frederico Rudorff, explicou que o fenômeno foi amplificado por perturbações atmosféricas. “Emitimos um aviso meteorológico na quarta-feira com risco de enxurradas e alagamentos, mas não era previsto esse volume tão extremo. Assim que detectamos o aumento no acumulado, intensificamos a emissão de alertas com base nos dados de radares e pluviômetros”, esclareceu Rudorff.
Para aumentar a eficácia das notificações, o novo sistema de alertas da Defesa Civil Nacional foi utilizado. Ele envia mensagens compulsórias de texto e som para todos os celulares localizados em áreas afetadas. O recurso foi acionado na quinta-feira e ajudou na mobilização das comunidades atingidas.
A Defesa Civil segue monitorando as condições climáticas e prestando suporte às famílias desabrigadas. O trabalho inclui o envio de equipes para as regiões mais impactadas e a realização de levantamentos para avaliar os danos e priorizar ações de recuperação.