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SUS oferece nova vacina a gestantes contra vírus respiratório

Por Ligado no Sul17/02/2025 10h00
© Fotorech/Pixabay

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai oferecer às gestantes uma nova vacina capaz de proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR). A inclusão do imunizante Abrysvo foi aprovada na quinta-feira (13) pela Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

Cabe ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, planejar a forma e o calendário de vacinação.

O vírus sincicial respiratório é o principal causador da bronquiolite, uma inflamação dos bronquíolos — finas ramificações que levam o oxigênio até os alvéolos dos pulmões. A doença se manifesta de forma grave, principalmente em crianças de até dois anos, e também em idosos, causando dificuldade respiratória e podendo levar à morte.

De acordo com dados do último boletim Infogripe, da Fiocruz, neste ano foram registrados 370 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave e oito mortes. A transmissão do vírus é maior no inverno, período em que há um grande aumento de casos e óbitos, a maioria em bebês.

Os testes feitos pela fabricante Pfizer, com cerca de 7 mil gestantes, demonstraram 82,4% de eficácia da vacina na prevenção de casos graves em bebês de até três meses e 70% até os seis meses de idade. A vacinação durante a gestação faz com que a mãe produza anticorpos que são transmitidos ao feto, garantindo que ele já nasça com proteção.

A Abrysvo foi aprovada para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado e já está sendo oferecida pela rede particular de saúde. A indicação da Pfizer é de uma dose por gestação, administrada entre as 24 e 36 semanas de gravidez. A vacina também pode ser aplicada em idosos, mas esse público não foi contemplado na decisão da comissão.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Mônica Levi, acredita que a nova vacina trará muitos impactos positivos para a saúde infantil.

“Vai diminuir a necessidade de consultas em emergência, de internação, de UTI, de intubação e também o número de mortes. Há também o impacto de longo prazo. Após a primeira infecção pelo VSR, a criança pode ter chiados por algum tempo na sua vida, desencadeados por diversos fatores, principalmente infecções virais. Algumas crianças se tornam asmáticas e outras têm vários episódios de broncoespasmo, desencadeados pelas alterações que o VSR causa na árvore brônquica.”

A Conitec também aprovou a incorporação de outra tecnologia voltada para bebês prematuros: o anticorpo monoclonal nirsevimabe. Diferente das vacinas, o medicamento não estimula a produção natural de anticorpos, mas atua como um defensor já pronto para evitar a disseminação de um agente infeccioso específico. Por isso, é aplicado apenas em pessoas com sistema imunológico vulnerável, como os bebês prematuros.

 

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