Com um investimento de 70 milhões de reais, a iniciativa vai ampliar em mil quilômetros a infraestrutura elétrica em áreas rurais até o final de 2025.

O Governo do Estado de Santa Catarina, em parceria com a Celesc, anunciou a continuidade do Programa de Modernização da Energia no Campo Catarinense, com a expansão da rede elétrica trifásica em mil quilômetros em 2025. Nos últimos dois anos, já foram entregues 500 quilômetros de infraestrutura, beneficiando mais de 12 mil propriedades rurais e impactando 50 mil catarinenses, com um investimento de cerca de 70 milhões de reais.

O governador Jorginho Mello destacou a importância dessa iniciativa para o desenvolvimento do Estado. “O estado precisava disso, tinha empresa querendo expandir, mas não tinha energia de qualidade. No interior, o colono tinha que escolher o motor para ligar no final da tarde para fazer a silagem e tocar a propriedade. Graças a Deus, isso está mudando. Estamos inaugurando 500 quilômetros de energia trifásica e vamos lançar mais 500 para o primeiro semestre deste ano e mais 500 no segundo semestre”, afirmou o governador.

A expansão visa dar suporte ao crescimento do setor produtivo catarinense, tanto para os empresários locais quanto para os que buscam se estabelecer em Santa Catarina. A seleção das áreas para a execução das obras leva em consideração regiões com maior demanda. Cláudio Varella, diretor de distribuição da Celesc, explicou que a escolha das obras segue critérios técnicos que priorizam as necessidades do agronegócio. “Quando levamos a energia trifásica, estamos disponibilizando mais energia para as propriedades, permitindo que ampliem sua capacidade com mais maquinários e equipamentos. A energia trifásica é mais estável e ideal para o setor”, destacou Varella.

A implementação da rede trifásica tem proporcionado um grande impulso ao setor rural catarinense, como destacou o produtor rural Alcirio Ronchi, que atua na produção de filhotes de pintinho de maré. Ele ressaltou a importância da energia trifásica para o sucesso de seu empreendimento. “Eu forneço filhotes para os frigoríficos da região. As incubadoras são totalmente eletrônicas, e com a energia que eu tinha antes, não conseguia manter a produção. Perdíamos filhotes porque os sensores de temperatura e umidade não funcionavam adequadamente. Com a chegada da energia trifásica, conseguimos aumentar a produção e melhorar a qualidade”, contou Ronchi, que atualmente produz cerca de 5.800 filhotes por semana, com a meta de dobrar esse número.