Após pai relatar dificuldade em encontrar transporte para filho que estuda no IFSC em Criciúma, secretaria de Orleans explica limitações
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Nessa terça-feira, 25, o ouvinte Cleber Zehnder entrou em contato com a Rádio Guarujá para relatar dificuldades encontradas no transporte de seu filho, que estuda no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em Criciúma. Zehnder explicou que, apesar de ter procurado empresas privadas que oferecem o transporte de alunos, não conseguiu encontrar uma opção que levasse seu filho até o campus do IFSC, pois o local está fora da rota de transporte. Além disso, ele mencionou que procurou a Secretaria de Educação de Orleans, mas não obteve uma solução satisfatória, o que gerou frustração.
O transporte de alunos para outros municípios tem sido uma preocupação constante para muitos pais da região. Em entrevista ao Jornal da Guarujá, a secretária de Educação de Orleans, Elisabete Menegasso Bágio, esclareceu a situação: “Nós da Secretaria de Educação atendemos aos estudantes da rede estadual e rede municipal de ensino, que é o âmbito de atuação da secretaria. Essas outras questões já não competem diretamente à secretaria”, afirmou. Ela destacou ainda que a Secretaria de Educação não possui competência para fornecer transporte para estudantes do ensino superior, como no caso de Cleber Zehnder.
“Com relação a essa situação, e em particular, gera uma dificuldade maior, a já vista não haver algum veículo que vá até esse lugar, então eu entendo a dificuldade do pai, a angústia, mas por outro lado, nós também temos as nossas limitações, porque o transporte escolar voltado para a Secretaria de Educação é aquele regulamentado para redes estaduais e municipais. Então, nesse momento, eu não teria nem como te apresentar uma solução por aí”, explicou a secretária.
Ainda durante a entrevista, a secretária foi perguntada sobre a parceria com a Prefeitura de Orleans para o transporte de universitários para Criciúma, onde, até 2024, os estudantes pagavam 50% do custo do transporte e a prefeitura os outros 50%. “Essa demanda é tratada diretamente com a parte do nosso executivo, é o prefeito quem assina o convênio e não passa pela secretaria de educação”, destacou.
Sobre o andamento do ano letivo de 2025, Elisabete destacou que, apesar de alguns desafios, como a busca por professores e auxiliares de ensino, o quadro está sendo ajustado. “A gente tem tentado atender, na medida do possível, todas as situações que estamos recebendo a cada dia. O quadro de auxiliares de ensino, de apoio, já conseguimos até o momento, e o quadro de professores também está sendo ajustado”, afirmou.
A secretária também comentou sobre a nova lei federal que proíbe o uso de celulares nas escolas, destacando que a adaptação na rede municipal de Orleans foi tranquila: “Para a nossa rede, não há essa dificuldade, porque nós não havíamos essa grande utilização desse instrumento em sala de aula. E quando utilizado, era sempre solicitado e acompanhado pelo professor. Então, não está tão difícil lidar com essa situação.”
Confira entrevista completa