Candidata ao parlamento Italiano, brasileira Renata Bueno participa de entrevista no Jornal da Guarujá
Primeira brasileira a ser eleita no parlamento da Itália em 2013, tenta buscar mais uma vez uma vaga como deputada. A eleição ocorre dia 25 de setembro.
Nascida no Brasil e com dupla cidadania Renata Bueno se tornou a primeira brasileira a ocupar o cargo de deputada no parlamento italiano, de 2013 a 2018.
Desde cedo seguiu os passos políticos da família, coordenando vários projetos desde os 16 e aos 28 anos, se tornou vereadora em Curitiba.
Em um bate papo com o apresentador Carlos Della Justina, Renata, lembrou da sua forte atuação como parlamentar, lutou por melhorias nos serviços consulares com aprovação histórica que destinou um aumento significativo nas verbas dos consulados, a luta pelos direitos das mulheres e a favor dos direitos para os descendentes de italianos que vivem no exterior. “Representamos o Brasil em várias frentes, o parlamentar tem uma figura muito importante, inclusive perante a imprensa. Tivemos um papel muito importante que foi falar em nome do Brasil e dos ítalo-brasileiros”.
Diferente do Brasil, onde o eleitor que escolhe quem vai ocupar a Presidência da República, na Itália o voto é composto por senadores, deputados e representantes das regiões do país. “É o parlamento que constitui o governo com primo ministro, conselho de ministros, e é o próprio parlamento que elege o Presidente da República. O parlamentar tem uma figura bastante importante no cenário da política, da gestão do país”, destacou Renata.
De acordo com a candidata, mais de 400 mil brasileiros com cidadania italiana estão aptos a votar para o parlamento italiano e grande parte desses brasileiros estão nas regiões de Santa Catarina. “Com certeza, Orleans e Santa Catarina podem fazer a diferença nessa eleição. Concentramos a nossa campanha aqui, porque é a região dos italianos, a região que merece realmente essa representação”, pontuou ela que é candidata pelo (USEI) Unione Sudamericana Emigrati Italiani, uma união de emigrantes que trabalha pelos direitos das comunidades italianas em todo o mundo.
Independentemente do voto não ser obrigatório na Itália, todo cidadão italiano é convocado a participar de toda e qualquer votação que ocorra no país. O eleitor residente no Brasil recebe a cédula com as instruções em casa, preenche e o envelope selado que deverá ser entregue no correio até 16 de setembro. Caso não tenha recebido em sua residência, o eleitor deve procurar um consulado até o prazo de entrega do voto.
Para um eventual novo mandato, Renata pretende entre várias propostas facilitar os trâmites para o reconhecimento da cidadania italiana, expandindo o limite para qualquer geração e o reconhecimento de diplomas universitários e duplo diploma entre Itália e os países da América do Sul.