Além de Santa Catarina, figuras gigantes no solo já foram encontradas em outros lugares
Espalhados pelo mundo, aeroglifos e agroglifos possuem possíveis significados diferentes e origens misteriosas
Nesta semana, o aparecimento de um misterioso agroglifo em uma plantação de trigo em Ipuaçu, oeste catarinense chamou a atenção de todos. O dono do terreno, Sérgio Girotto, não soube explicar como as marcações foram feitas, mas garantiu que esta não foi a primeira vez que algo semelhante aconteceu no local . Ele lembrou que, há 7 anos, desenhos parecidos foram encontrados a cerca de 200 metros de lá.
Essas aparições geométricas misteriosas, realmente, não são exclusividade do sítio em Ipuaçu, se fazendo presente em diversos países e com várias formas diferentes. Antes de tudo, é importante saber que existem duas nomenclaturas diferentes para os desenhos.
Como já dito, a aparição em Santa Catarina trata-se de um agroglifo; que nada mais é do que o achatamento de plantações. Sua reincidência é maior no Reino Unido. Porém, ninguém soube explicar como eles surgem ou qual a razão de serem criados.
Há também os geoglifos, que também são figuras, mas essas desenhadas no solo, em morros ou até mesmo regiões planas, aponta o UOL. Eles são comumentes vistos no Peru, na região onde encontra-se as Linhas de Nazca.
Já no Brasil, elas foram identificadas no Acre, na região amazônica. Entretanto, existe também registros de geoglifos na Bolívia, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e Chile.
Para saber mais sobre o fenômeno, separamos 5 agroglifos e geoglifos misteriosos espalhados pelo mundo:
Templários franceses?
Em 2020, durante a pandemia do novo coronavírus, um símbolo misterioso num campo de trigo no norte da França intrigou moradores e chamou a atenção de pessoas curiosas que foram até o local conferir do que se tratava. O achado se deu na cidade de Vimy.
Gerard Benoit, proprietário da fazenda, diz que identificou as marcas enquanto passeava de trator pelos arredores. Embora ninguém saiba explicar seu significado, algumas pessoas especulam que elas são uma referência ao símbolo dos cavaleiros templários ou ao passado da região, devastada na Primeira Guerra Mundial.
As linhas de Nazca
As primeiras figuras na Linha de Nazca foram identificadas em 1927 e, desde então, vêm gerando grandes debates entre pesquisadores e o público em geral. Localizadas em um deserto no centro-sul do Peru, esses geoglífos representam figuras humanas, de animais, plantas e seres míticos. Algumas delas, aliás, podem atingir incríveis 65 quilômetros de extensão.
Por conta de seu valor histórico e cultural, as Linhas de Nazca receberam, em 1994, o título de patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO. Ainda hoje, porém, o fenômeno se apresenta como um grande enigma a ser desvendado.
O gigante de Cerne Abbas
Uma dos desenhos mais famosos e curiosos que se tem conhecimento é o Gigante de Cerne Abbas; que fica perto da aldeia de mesmo nome em Dorset, na Inglaterra. Com 66 metros de cumprimento, a figura representa um home nu, com seu órgão reprodutor ereto e segurando uma clava com a mão.
Com sua existência sendo referenciada, pela primeira vez, em 1694, muito se especula sobre seu significado, com muitos dizendo ser uma representação de Hércules, uma sátira política ou até mesmo um símbolo espiritual relacionado à fertilidade.
O tríscele inglês
E por falar em Inglaterra, outro símbolo misterioso foi identificado por lá em 2001; na remota região de Milk Hill, em Wiltshire. Com 240 metros, o tríscele duplo — nome dado ao símbolo com espirais entrelaçadas — é composto por 409 círculos.
Conforme aponta o UOL, o tríscele é um símbolo celta que representa a busca do equilíbrio entre o corpo, mente e espírito tanto no passado, como presente e futuro.
Espirais peruanas
Por fim, há também dois geoglifos localizados em Puno, no Peru. As figuras foram estudadas pela pesquisadora italiana Amelia Carolina Sparavigna por meio de imagens de satélite.
Acredita que os símbolos possam ter mais de 1,5 mil anos e, devido a sua circunferência perfeita, seu significado pode ter relação com astronomia ou a cultos locais de povos antigos.