Reunião mobiliza produtores de fumo de Orleans e região em apoio à PL 10/2023

Na noite de ontem (8), cerca de 200 produtores de fumo de Orleans e municípios vizinhos participaram da primeira reunião de mobilização em apoio ao Projeto de Lei 10/2023, que propõe a classificação do tabaco diretamente nas propriedades rurais, antes do transporte às empresas fumageiras.
O encontro aconteceu na comunidade do Barracão e reuniu prefeito e vice-prefeita de Orleans, vereadores, lideranças e representantes de entidades da região. O objetivo da proposta é garantir maior justiça na avaliação da qualidade do tabaco, evitando que produtores sejam prejudicados por falhas no processo atual de classificação, realizado somente nas instalações das empresas compradoras.
Atualmente, segundo os defensores do projeto, o modelo vigente pode comprometer o valor pago ao produtor, caso sejam encontradas falhas ou misturas em cargas compartilhadas. Com a aprovação da PL, a classificação passaria a ocorrer diretamente no paiol do agricultor, assegurando maior transparência e valorização daqueles que seguem boas práticas de produção.
A iniciativa é inspirada em legislação já em vigor no estado do Rio Grande do Sul, onde a classificação do tabaco é feita na propriedade rural, proporcionando maior segurança e previsibilidade aos produtores.
O secretário de Agricultura de Orleans, Guilherme Orbem, agradeceu o engajamento dos produtores e lideranças destacando a importância da proposta para a categoria.
“Passando para agradecer a presença dos produtores rurais que se dispuseram a acompanhar essa importante reunião. Essa proposta de lei vai auxiliar muito os produtores, porque sabemos das incertezas da profissão. Muitas vezes levamos um produto de excelente qualidade, mas a avaliação feita na empresa não reflete isso. Com o fumo sendo classificado na propriedade, teremos uma garantia maior de que quem trabalha corretamente será valorizado”, afirmou Orbem.
Segundo dados da Secretaria de Agricultura, somente em 2023, a produção de fumo movimentou aproximadamente R$ 58 milhões em Orleans, sendo fonte de renda para cerca de 580 famílias.
As entidades presentes se manifestaram favoráveis à proposta e demonstraram sensibilidade à causa. A expectativa agora é pelo andamento do projeto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), onde será discutido e votado.