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BLOG

Ana Maria Dalsasso
Educação

É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.

Compromisso com a verdade. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso24/06/2025 15h00
Foto/Ilustrativa

Há poucos dias expus uma breve análise sobre a ascensão das tecnologias digitais e das redes sociais que vêm contribuindo para a inversão de valores em diversos aspectos da vida cotidiana impactando diretamente na convivência humana. A rapidez nas informações em algumas situações são atitudes moralmente questionáveis, como a disseminação de falsas notícias, em detrimento da veracidade e da ética.

O impacto dessas desinformações é devastador, tanto para as vítimas quanto para a sociedade como um todo. No entanto, quando se trata de tragédias, algumas pessoas tendem a explorar esses eventos de maneira sensacionalista.

Nesse final de semana vivenciamos a tragédia em Praia Grande. Lamentavelmente um grupo de dez pessoas, inclusive eu, fomos vítimas de uma falsa lista de mortos no referido acidente, trazendo transtornos não só para minha família, mas para os outros envolvidos também. Gerou pânico e desespero entre meus familiares e amigos. Rapidamente a lista se espalhou e até que se desfizesse a mentira, o estrago já tinha sido feito.

O sensacionalismo em torno de tragédias banaliza o sofrimento alheio, e ao fazer isso, a dignidade das vítimas e de suas famílias é ignorada. A busca por cliques e compartilhamentos pode levar a uma distorção dos fatos, criando narrativas que priorizam o entretenimento em detrimento da verdade. Do meu ponto de vista, a degradação do ser humano atinge o grau mais elevado quando ele se mostra incapaz de respeitar a dor do outro. O que fizeram foi mais do que irresponsabilidade: foi crueldade. É um desrespeito tratar o sofrimento alheio como conteúdo, e a verdade pouco importa diante da pressa em ser o primeiro a publicar.  Falta equilíbrio emocional, sensibilidade e humanidade a essas pessoas. É um ato insano, cruel e inconsequente expor nomes de pessoas como vítimas, sem qualquer confirmação. E só avaliamos a dor quando passamos por isso.

Além disso, essa prática pode gerar um ciclo tóxico de desinformação. A pressão para ser o primeiro a postar um “furo”, muitas vezes resulta na propagação de boatos ou na apresentação de eventos de forma sensacionalista. O impacto emocional que esse tipo de conteúdo pode ter sobre os espectadores é preocupante. Eventos trágicos tornam-se apenas mais uma postagem a ser visualizada, criando um ambiente onde a empatia é reduzida, e o sofrimento é tratado como um mero espetáculo.

Portanto, é fundamental que usuários das redes sociais reflitam sobre a responsabilidade que possuem ao exibir conteúdo que envolvem dor e tragédia. A promoção de uma comunicação mais responsável, que priorize a empatia e a precisão das informações, é essencial. Assim, podemos transformar as redes sociais em espaços que, em vez de sensacionalizar tragédias, promovam consciência, solidariedade e respeito ao ser humano.

 

 

 

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A Língua Portuguesa e o mercado de trabalho. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso10/06/2025 15h01
Foto/IA

Falar sobre língua portuguesa é prazeroso e um compromisso meu para com as gerações futuras, porque passei grande parte de minha vida ensinando e, o que se ensina deve ser preservado. O uso correto da língua, falada ou escrita, revela nossos pensamentos, nosso nível cultural, nossa capacidade de adaptação, nossa forma de ser e ver o mundo. Ter o domínio da língua é fundamental não apenas para a comunicação eficaz, mas também para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional, uma vez que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente.

Com a globalização, as empresas estão cada vez mais exigindo profissionais que não apenas conheçam a sua área técnica, mas que também saibam se comunicar de maneira clara e concisa. A comunicação eficaz é um diferencial competitivo, que pode abrir portas para oportunidades de carreira. A habilidade de se comunicar eficazmente é um dos principais fatores que distingue os profissionais competentes, pois conseguem transmitir suas ideias de forma clara e coesa. Por meio de uma comunicação escrita e verbal precisa, são capazes de elaborar relatórios, realizar apresentações e interagir com colegas e clientes de forma assertiva.

Além disso, o domínio da língua portuguesa está diretamente relacionado à credibilidade de um profissional, pois seu uso  correto da língua reverbera na percepção que outros têm sobre a capacidade e o profissionalismo do indivíduo. Profissionais que se expressam bem são frequentemente vistos como mais competentes e confiáveis. Em contrapartida, aqueles que não dominam a língua podem ser considerados descuidados ou desinteressados, o que impacta negativamente suas relações profissionais e suas chances de promoção.

Outro ponto importante a ser considerado é a acessibilidade a oportunidades de carreira. Profissionais que dominam o idioma têm maior facilidade em acessar informações, aprimorar suas habilidades e interagir em redes de contato. A habilidade de redigir um currículo bem elaborado e de se destacar em entrevistas pode abrir portas que permanecem fechadas para aqueles que não se comunicam adequadamente. Assim, a fluência na língua não é apenas uma questão de estética, mas sim uma ferramenta valiosa para o crescimento e a evolução na carreira.

É fundamental observar que o domínio da língua portuguesa vai além do conhecimento gramatical. Envolve a compreensão de nuances, contextos e a capacidade de adaptar a comunicação ao público-alvo. O profissional que se dedica a entender e aprimorar sua relação com a língua tende a se destacar, tornar-se mais versátil e efetivo em sua atuação.

Assim sendo, investir no aprimoramento da língua é investir no próprio futuro profissional e na construção de uma carreira de sucesso. É imprescindível que as instituições de ensino e a sociedade em geral incentivem e promovam o aprendizado da língua portuguesa, garantindo que todos tenham as ferramentas necessárias para se desenvolverem e se expressarem plenamente.

 

 

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Inversão de valores. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso27/05/2025 15h00
Foto/Freepik

A sociedade contemporânea tem sido marcada por uma série de mudanças significativas em suas estruturas e valores. A inversão de valores, fenômeno que se refere à alteração na hierarquia dos princípios éticos e morais que norteiam o comportamento humano, é um tema que merece atenção e reflexão. Esta transformação é observada em diversos aspectos da vida cotidiana, incluindo relações familiares, profissionais e sociais, impactando diretamente a convivência humana.

Um dos principais fatores que contribuem para a inversão de valores é a ascensão das tecnologias digitais e das redes sociais. A comunicação instantânea possibilita que informações circulem rapidamente, mas também trazem à tona comportamentos que antes eram reprimidos. A valorização da imagem e da popularidade nas redes sociais, por exemplo, frequentemente se sobrepõe a valores como a empatia e o respeito. Nesse contexto, a busca por curtidas e seguidores pode levar indivíduos a tomar atitudes moralmente questionáveis, como a exposição excessiva de sua vida pessoal ou a disseminação de falsas notícias, em detrimento da veracidade e da ética.

Outro aspecto relevante é a desvalorização das instituições sociais que, historicamente, promoviam a coesão social, como a família e a educação. A crescente fragmentação das relações familiares, somada à crise de credibilidade em instituições educacionais e políticas, tem gerado um vácuo de referências morais. Em muitos casos, os jovens buscam modelos em figuras públicas com condutas duvidosas, em vez de se basearem em valores éticos construídos por gerações anteriores. Isso é uma preocupação, pois não só compromete a formação de cidadãos conscientes, como também perpetua um ciclo de desintegração social.

Há um movimento organizado ocupando todos os espaços, inclusive nas escolas, para a desestabilização da família: a chamada ideologia de gênero. Em nome da promoção da “igualdade entre os seres humanos”, nossos filhos estão sendo expostos aos mais ridículos exemplos de libertinagem. Não sou preconceituosa, mas não concordo com a forma degradante pela qual se expõe o homossexualismo numa tentativa de impor a todo custo uma ideologia. Devemos respeito sim, mas não somos obrigados a aceitar. É preciso que se preserve a família, pois sem uma família estruturada teremos uma sociedade doente.

É fundamental promover um novo olhar sobre os valores que regem nossas vidas. A educação, tanto em casa quanto nas escolas, desempenha um papel crucial nesse processo. É necessário incentivar o desenvolvimento da empatia, do respeito e da ética, preparando as novas gerações para lidar com as complexidades do mundo contemporâneo. A inversão de valores pode ser um sinal de que é hora de repensar nossas prioridades e buscar um equilíbrio entre o progresso tecnológico e a preservação dos princípios que sustentam a convivência humana.

A inversão de valores também se manifesta nas relações afetivas. Antigos conceitos de compromisso, respeito e fidelidade têm sido questionados e reinterpretados à luz de novas dinâmicas, como os relacionamentos livres. Embora essas novas formas de se relacionar possam ser vistas como uma evolução, elas também podem levar a confusões emocionais e à desvalorização de laços mais profundos e significativos.

São tantas as formas de inversão de valores hoje vividos que ficaríamos muitas horas aqui expondo, porém nosso espaço é limitado. Mas, o que fazer? É importante destacar que essa situação não é irreversível. A conscientização e a educação são ferramentas fundamentais para resgatar valores éticos que promovam um convívio social mais harmonioso.

Concluindo, a inversão de valores que permeia o mundo atual é um reflexo de mudanças profundas nas dinâmicas sociais e culturais. Apesar dos desafios, é possível e necessário buscar um meio–termo que valorize não apenas o individual, mas também o coletivo, reafirmando a importância dos princípios éticos que sustentam uma sociedade justa e equilibrada.

 

 

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor.

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Os danos da linguagem neutra para a língua padrão. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso13/05/2025 15h00
Foto/Freepik

Dentre tantos absurdos que temos visto no país nos últimos tempos, talvez a mudança mais insana que está sendo proposta seja a tal “linguagem neutra”, já comentada aqui neste espaço, mas que se fazem necessárias discussões constantes em virtude das últimas informações que nos chegam sobre a interferência da “suprema corte” nos municípios que optaram por dizer não à linguagem neutra. A educação não é competência do STF; à corte compete a manutenção da ordem e promoção da harmonia na nação.

De acordo com Constituição Federal em seu Art.13 “a língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil”. É   fruto de dezenas de anos de prática, organizada por regras e é a representação da cultura do povo. Mudanças são frutos de muito estudo por especialistas na área e não por juízes.

Nos últimos anos, o debate sobre a linguagem neutra tem ganhado espaço na sociedade brasileira, impulsionado por movimentos em prol da inclusão e da representação de gênero na língua portuguesa. A proposta é que a utilização de expressões que não se submetam aos gêneros masculino e feminino ajude a criar um ambiente mais inclusivo. Contudo, a adoção da linguagem neutra levanta questões sobre os prejuízos que essa prática pode trazer para a norma culta da língua portuguesa e para a comunicação formal e institucional.

Um dos principais prejuízos da linguagem neutra é a sua vulnerabilidade à ambiguidade. A introdução de terminações como “-e” ou o uso de símbolos, como o “@” ou o “*”, em vez das terminações tradicionais de gênero, pode tornar as construções de frases confusas e difíceis de entender. Por exemplo, em vez de utilizar “alunos” ou “alunas”, a proposta sugeriria “alunes”, o que pode gerar incertezas sobre a referência à pluralidade. Em um contexto educacional, essa confusão pode comprometer a clareza das mensagens e dificultar a compreensão por parte dos alunos.

Outro aspecto a ser considerado é o impacto da linguagem neutra na norma padrão da língua, que é amplamente utilizada em contextos formais, como na literatura, na imprensa e nos documentos oficiais. A língua padrão cumpre funções importantes de padronização e entendimento comum entre os falantes. A introdução de uma linguagem neutra pode desestabilizar essa norma, criando falhas que prejudicam a comunicação eficaz. Assim, é essencial que a norma culta permaneça como um referencial de clareza e coesão na língua.

Além disso, a linguagem neutra pode gerar resistência e polarização social. Embora a intenção seja promover a inclusão, a imposição de novas regras linguísticas pode levar a um desacordo nas esferas sociais e acadêmicas. A linguagem é uma construção social que reflete as interações de seus usuários; portanto, qualquer tentativa de implementar uma nova norma requer um consenso que, até o momento, não parece existir. Isso pode resultar em divisões entre aqueles que defendem a linguagem neutra e os que a veem como uma ameaça à tradição linguística.

Por último, a adoção da linguagem neutra pode desviar o foco das questões pertinentes sobre igualdade e justiça social. Ao invés de centrarem-se em ações concretas e mudanças nas estruturas sociais que perpetuam a exclusão, o debate pode tornar-se excessivamente centrado na forma da linguagem, o que pode acabar esvaziando a discussão sobre os direitos e a representação efetiva de diferentes grupos na sociedade.

Embora a proposta de uma linguagem neutra busque promover a inclusão e representar de forma mais justa as diversas identidades, os prejuízos para a língua padrão e para a comunicação eficaz são notáveis. A ambiguidade, a desestabilização da norma culta, a polarização social e a distração das questões essenciais sobre igualdade revelam os desafios dessa implementação. Portanto, é crucial que o debate sobre a linguagem neutra seja conduzido de forma a considerar não apenas as intenções inclusivas, mas também os impactos práticos que essa prática pode ter sobre a língua e a comunicação na sociedade. A busca por uma linguagem mais inclusiva deve caminhar lado a lado com o respeito pela clareza e pela norma linguística.

Enfim, aderir à ideia da linguagem neutra é desconstruir a bela e culta Língua Portuguesa. Se eu pudesse perguntaria aos ministros: é legal em nome da inclusão dos indefinidos, roubar o direito dos definidos que são maioria?

 

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor.

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