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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Por que ler? Por Ana Dalsasso
Já falamos aqui algumas vezes sobre a importância da leitura em nossas vidas, porém é preciso que de vez em quando se volte ao assunto, considerando que hoje a internet atrai cada vez mais a atenção das pessoas pela facilidade e rapidez da comunicação.
Ler é fundamental para o ato de escrever porque para dominar a escrita precisa-se, antes de qualquer coisa, saber ler e pensar. Mas, num mundo cada vez mais tecnológico, onde crianças, jovens e adultos gastam grande parte do tempo presos a celulares, computadores, mergulhados em redes sociais, desperdiçando boa parte do tempo com futilidades, que em nada ou quase nada contribuem para a formação, estimular o gosto pela leitura é uma árdua tarefa, tanto para a escola quanto para a família.
A rapidez da internet, dependendo da maturidade do usuário, induz à pobreza de vocabulário, a erros sérios de escrita, à deficiência na caligrafia. Por isso, o processo da leitura deve ser repensado cotidianamente, pois é fundamental para nossa inserção na sociedade. Dominar a língua é essencial para todo e qualquer aprendizado, pois quem sabe ler e escrever usa adequadamente as informações, desenvolve a criatividade, adquire competências e habilidades para enfrentar os desafios da vida cotidiana. É uma ferramenta importante para a conscientização dos direitos e deveres de cada cidadão como membro da sociedade
O gosto pela leitura começa já no ventre materno, quando os pais conversam com o bebê sobre coisas que ele encontrará ao chegar à luz. Esse hábito deve continuar após o nascimento e se estenderá à escola, quando pais e educadores se unirão para, como mediadores, apresentarem o mundo da imaginação às crianças através dos livros e das histórias.
Quem lê tem habilidade para entender o mundo, para argumentar seus pontos de vista, para persuadir, para comunicar-se e buscar sua realização pessoal e profissional. A partir da leitura a escrita flui, permitindo que as pessoas se comuniquem com outras que estejam separadas pela distância e pelo tempo. É pela escrita que a história chega até nós, independente de tempo e espaço. Pela escrita são veiculadas novas ideias e, diferentes realidades são criadas ampliando conhecimentos e gerando novos saberes.
Assim, quanto mais leitura mais facilidade de comunicação. É preciso que a escola faça um resgate sobre a importância e a necessidade de leitura para o sucesso da vida de cada um, pois um cidadão bem instruído saberá conquistar seu espaço num mundo tão competitivo como o nosso. Ser um bom leitor é ser cidadão do mundo!
*Artigo reeditado
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Como melhora a comunicação entre escola e pais? Por Ana Dalsasso
Minha coluna é sobre educação e, falar sobre isso às vezes nos torna repetitivos, mas necessário por se tratar do assunto mais importante para uma sociedade, uma vez que impacta em tudo que fazemos em nossa vida. É um processo constante porque se educa a toda hora, a qualquer tempo e lugar.
Há poucos dias falei aqui em minhas redes sociais sobre a importância de a escola chamar os pais para juntos resolverem os problemas e traçarem metas para caminhar, pois, a função de educar cabe à família em primeiro lugar, seguida da escola e de todos os segmentos sociais, lembrando ainda que é na família que reside a maior responsabilidade pela formação do cidadão, pois ela é o alicerce da sociedade, a base de tudo. A escola é a extensão da família. As duas precisam obrigatoriamente ser parceiras na difícil tarefa de educar, pois a educação vai além das fronteiras do lar e das quatro paredes da escola. Educamos para o mundo.
Recebi alguns questionamentos e queixas sobre a ausência da família aos chamados da escola. Diante da angústia de alguns professores, com os quais troquei ideias, quero hoje propor sugestões para, quem sabe, usando a criatividade e o amor que eles têm pela arte de educar, consigam absorver algumas que venham ao encontro das suas necessidades. E a reunião de pais é por demais importante.
Sabemos que no mundo agitado de hoje, com dias passando tão rapidamente, sobrecarga de trabalho, tanta correria, as pessoas querendo cada vez mais, acabam esquecendo o principal: a educação dos filhos, o maior patrimônio. Aqui deve entrar a criatividade, habilidade e competência dos mestres na busca de alternativas para, pelo menos, minimizar o problema. Baseando-me em leituras e meus tantos anos na educação, transcrevo algumas sugestões para viabilizar o encontro da família com a escola:
Marcar a reunião de pais em horários diferenciados, por exemplo, é uma forma de solucionar a falta de participação das famílias nesses eventos. Oferecer opções de horários alternativos pode aumentar a frequência dos pais e ajudar a garantir uma comunicação mais eficiente.
Agendar a reunião com antecedência. Ao entregar o cronograma das atividades do ano no início das aulas para que os pais se organizem. Dias antes enviar lembretes reafirmando a importância da presença deles para os andamentos do trabalho. Neste lembrete encaminhe a pauta da reunião, defina os temas que serão abordados, quem vai falar sobre cada um deles e quanto tempo cada tema deve ter.
Preparar uma surpresa para esperar os pais. Um cafezinho, um sorteio de pequenos brindes, exposição de trabalhos dos filhos, uma pequena dramatização, uma bonita reflexão, e tantas outras ideias fáceis de se buscar. A internet está aí para nos ajudar.
Enaltecer a presença dos pais e reafirmar que podem procurar a escola sempre que quiserem, e quando não for possível a presença nas reuniões encaminhe alguém para representá-los. Começar sempre pelos assuntos mais importantes e deixar espaço para a participação da família. Reservar um espaço para atender os pais individualmente, pois muitos não gostam de falar no público.
No final da reunião passar todos os contatos da escola para que a família fique à vontade quando sentir necessidade. Hoje temos as redes sociais que facilitam a interação.
Sugiro a criação de grupos de Whatsapp de pais de cada turma para que haja interação e discussão entre eles, sugestões e projetos para as turmas.
Assim, espero ter contribuído, lembrando que sempre estarei à disposição, dentro do que me é possível, pois sou uma apaixonada pela educação!
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Por que tanta violência? Por Ana Dalsasso
Estamos assistindo a uma sequência de fatos hediondos que apavora não só brasileiros, mas o mundo inteiro. A violência tornou-se a principal manchete em todo e qualquer meio de comunicação, muitos dos quais usam-na para fazer sensacionalismo, ganhar audiência e lucrar mais em cima da desgraça alheia.
É violência na família, é violência social, ambiental, ética, política, enfim nada mais hoje escapa dessa “praga” que assola a humanidade, desespera famílias, desencanta crianças, destrói sonhos, ceifa vidas…
A comunicação em massa manipula o emocional das pessoas pela forma como faz a notícia veicular. Discutem-se leis que não são executadas, faz-se sensacionalismo com as tragédias que se sucedem assustadoramente, mas quem se dispõe a pensar a origem de tanta falta de respeito para com o ser humano, para com a natureza, com o Planeta?
Há poucos dias sofremos com a dor das famílias de Blumenau que perderam seus filhos para aquele monstro, bandido com marcas registradas na polícia, mas pela frouxidão de nossas leis estava em liberdade. E deu no que deu…E tenho certeza, logo estará nas ruas, não por falta de leis, mas pela falta de cumprimento delas. E registro aqui uma opinião que defendo há muito tempo: é preciso que haja pena de morte para crimes hediondos. E não venham com a desculpa de que só Deus pode tirar a vida, porque não foi Deus quem tirou a vida daquelas crianças. Indivíduos como esse não merecem estar aqui, assim como estupradores, assassinos que matam pelo prazer de matar e tantos outros crimes para os quais falta tipificação. A lei existe, mas é frouxa…
É preciso também que a maioridade penal seja repensada… Um adolescente com 14 anos estupra, mata, rouba, trafica, leva terror, mas não assume seus erros por quê? Chega de ficar passando a mão na cabeça desses delinquentes. É preciso cortar o mal pela raiz.
Mas, como fazer isso se o mal exemplo começa na sociedade. Vivemos hoje uma total inversão de valores, um mal exemplo de todos os lados. Governantes “desgovernados” esquecendo os princípios da moralidade em favorecimento próprio; uma mídia podre desinformando a sociedade, pervertendo a juventude. Já paramos para pensar que hoje a violência maior começa no seio da família? As grandes brigas começam dentro dos lares. Pais matando-se entre si por puro egoísmo, usando a criança inocente como refém de suas fraquezas. Sonhos destruídos pela falta de perspectivas de uma vida melhor. Falta de amor…. Onde e quando tudo isso vai parar?
A violência é um câncer que dilacera o ser humano… É o momento de a sociedade mergulhar na busca de alternativas para responder a pergunta que não quer calar dentro de nós: “Qual a origem desta força tanto material como moral empregada contra a vontade ou a liberdade de um ser humano”?
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COMO ANDA A FORMAÇÃO DE NOVOS PROFESSORES? Por Ana Dalsasso
Hoje vamos falar um pouco de educação, a grande preocupação nacional pela baixa qualidade que a cada ano se intensifica, e a prova disso são os resultados divulgados há poucos dias pelo Ministério da Educação e Cultura sobre a avaliação de centenas de cursos de graduação, cujos resultados foram classificados como insatisfatórios, um verdadeiro caos.
Vários cursos foram submetidos à avaliação, porém vamos nos ater às Licenciaturas, onde são formados os profissionais responsáveis pela formação de nossas crianças e jovens, futuros guardiões da Pátria. E para surpresa de muitos, foram os que obtiveram os piores resultados, merecendo grande preocupação e uma especial atenção por parte das autoridades educacionais.
Participaram do processo os seguintes cursos de formação de professores: Artes Visuais, Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Ciência da Computação, Educação Física, Filosofia, Geografia, História, Matemática, Música, Letras (Inglês, Português, Espanhol) , Química e Pedagogia. Em TODOS eles, os estudantes, que num futuro breve serão os professores de nossas crianças, tiveram desempenho abaixo de 50, numa escala de 0 a 100 pontos. O que esperar do professor de seu filho que não consegue atingir nem um regular na prova que fez? Como provará às crianças que o conhecimento é fundamental para o progresso profissional e pessoal, se ele próprio não o tem? Na sala de aula no ensino fundamental e básico com nota abaixo de 5 é reprovado. Mas, com que autoridade um professor que foi avaliado pelo MEC com nota 3,0, mas se forma na faculdade, pode reprovar uma criança? Daí a pergunta que não quer calar: que providências o MEC tomará frente às instituições descomprometidas com o ensino? Qual a finalidade do exame? É para corrigir as distorções? Ou deixar o barco correr de qualquer jeito? Quero acreditar que a partir dos resultados busque-se alternativas para a mudança.
É preciso que se reconheça que o profissional da educação deveria ser o melhor dentre todos, pois do mais humilde cidadão a mais alta autoridade, todos passam pelas mãos de um professor. No entanto, esse reconhecimento deve passar primeiro pelo próprio acadêmico fazendo valer seus direitos e deveres. E isso só acontece quando valoriza cada minuto de aula, exige professores competentes, instituições comprometidas, cobra o conhecimento capaz de abrir-lhe as portas do sucesso.
E pensar que quando se discute a qualidade da educação muitos professores querem justificar a falta de qualidade por causa dos baixos salários. Isso é mediocridade…. Passei os melhores anos de minha vida dentro de escolas…. Foram mais de quarenta anos no exercício do magistério e não admito que o baixo salário seja a justificativa para o mal exercício da função. Ganhar mal não é desculpa para trabalhar mal. Se não somos felizes com o que ganhamos, procuremos outro trabalho. O exercício da docência é lindo demais e deve ser permeado de muita dedicação, amor, responsabilidade e até de renúncias…
É preciso que se busque alternativas para mudar a educação no país. Não podemos mais esperar…. É preciso que cobremos dos nossos representantes atitudes, de nossas instituições de ensino mais qualidade, dos professores consciência, de nossos acadêmicos mais discernimento, das famílias mais parceria para numa operação conjunta a mudança aconteça. UTOPIA? Quem sabe…, Mas, o pior é não tentar!