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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Lauro Müller está de Luto. Por Ana Maria Dalsasso
Hoje vamos fazer uma reflexão sobre nossas ações no plano terreno, já que a vida é apenas uma passagem, uma oportunidade para praticarmos o bem e deixarmos nossa marca registrada neste mundo pelo qual temos responsabilidades, tomando o exemplo deixado pelo senhor LENOIR BEZ, 94 anos, falecido essa semana.
Lenoir Bez, cidadão lauromüllense, por título concedido, não por nascimento, homem simples e humilde que não precisou nascer aqui para dedicar seu amor pela terra e assumir sua responsabilidade social, algo que muitos que aqui nascem, vivem e morrem, às vezes, são incapazes de fazer. Mostrou-nos que servir desinteressadamente é uma virtude de poucos, mas a recompensa vem em forma de gratidão.
Adotou Lauro Müller aos 14 anos de idade como sua cidade, e aqui permaneceu por oito décadas. Sem fazer muito barulho foi imprimindo sua marca, escrevendo uma linda história de vida pautada nos valores mais nobres de um ser humano: humildade, honestidade, ética, caráter, bondade, respeito. Grande amigo, esposo maravilhoso, pai exemplar, profissional respeitado. Por trás daquela figura calma, serena, delicada escondia-se um verdadeiro porto seguro.
Como profissional do comércio foi um exemplo a ser seguido. Executou com maestria seu trabalho, fazendo e encantando clientes, amigos e funcionários. Conheci-o, ainda menina, quando acompanhava minha mãe nas compras, e lembro da forma humana e carinhosa como tratava as pessoas. Tudo fez sem nunca se corromper…. Deixou marcas por onde passou.
Como pai soube amar os filhos da forma mais nobre, sendo motivo de orgulho, e cujas lições devem ser seguidas. Falava de cada um com o orgulho característico de um pai que soube dar raízes e vibrava com o voo de cada filho na busca da realização de seus sonhos.
Como esposo foi o parceiro que toda mulher sonha ter. Sempre ao lado da esposa incentivando-a, cuidando-a, apoiando-a, batalhando juntos para a formação dos filhos, e felizes pela missão cumprida ao vê-los bem encaminhados na vida.
Na comunidade foi membro ativo nas atividades religiosas, ajudava, no anonimato, os necessitados, presente sempre nos eventos da comunidade. Um grande parceiro em tudo. Viveu como um verdadeiro ser humano e será sempre lembrado por todos que tiveram a felicidade de conhecê-lo.
Minhas palavras hoje aqui são para enaltecer esse cidadão que deixou sua marca na história de nosso município de forma simples, humilde, que jamais será apagada pela proporção que tomou. Gratidão é o que os lauromüllenses sentem por ele!
Lembrando que a morte é assim mesmo: uma certeza que não queremos acreditar, um mistério que jamais desvendaremos, mas ela vem para todos. E quando isso acontecer, que possamos ser lembrados pelo bem que fizemos e partir com a consciência tranquila do dever cumprido, assim como o já saudoso Lenoir Bez.
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A leitura no Brasil. Por Ana Dasasso
A leitura é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento cognitivo, pois proporciona a habilidade para entender o mundo, argumentar pontos de vista, persuadir, comunicar, compreender outras realidades, e buscar realização pessoal e profissional. Mas, dada tamanha importância, qual será o índice de leitura do brasileiro?
Falar de leitura é algo prazeroso, no entanto as pesquisas nos mostram que há uma grande defasagem no nível de leitura do brasileiro. De posse do último estudo feito pelo “Retratos da leitura no Brasil”, feito pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural e divulgado em setembro de 2020, quero compartilhar dados interessantes para o conhecimento de todos e, quem sabe como educadores possamos dar nossa contribuição para melhoria deste quadro. Afinal, sabemos que o hábito da leitura é construído a partir de estímulo contínuo, e a partir da parceria família e escola isso possa acontecer.
A referida pesquisa é realizada de quatro em quatro anos, sendo a última feita em 2019 e divulgada em 2020. No Brasil, existem cerca de 100 milhões de leitores, que compõem 52% da população. A pesquisa considera leitor toda pessoa que leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro nos últimos 3 meses antes de sua realização, e revelou que houve uma queda de cerca de 4,6 milhões de leitores, entre 2015 e 2019. Essa queda ocorreu entre leitores de Ensino Superior e também de 11 a 17 anos.
Um dado que chama muito a atenção é a constatação de que a medida que a faixa etária aumenta, o hábito da leitura regride, conforme registros a seguir: de 5 a 10 anos: 48%; de 11 a 13 anos: 33%; de 14 a 17 anos 24%; no ensino superior:21%. Aqui cabe uma reflexão para pais e professores: se as crianças gostam de ler por que perdem o gosto na caminhada, quando mais deveriam ser incentivadas para isso? É natural que na infância as mães, junto com os professores, exercem um papel de destaque no incentivo à leitura com contação de história, muita ludicidade, jogos, desenhos etc. A partir daí é necessária a busca de novas estratégias que se adequem à idade…. À escola cabe a responsabilidade de suprir esse papel criando políticas públicas para os professores de Ensino Fundamental e Médio para prosseguirem, evitando a ruptura do hábito adquirido até o quinto anos.
A pesquisa é muito interessante, mas meu espaço é limitado e me limitei ao que considero relevante para um início de ano letivo para, quem sabe, dar uma dica aos nossos pais e professores, contribuindo para a formação de leitores apaixonados.
É preciso que a escola faça um resgate sobre a importância e a necessidade de leitura para o sucesso da vida de cada um, pois um cidadão bem instruído saberá conquistar seu espaço num mundo tão competitivo como o nosso. Ser um bom leitor é ser cidadão do mundo!
Ob: A quem interessar a leitura da pesquisa, segue o link:
O início de um ano letivo é sempre uma nova oportunidade de a escola e professores corrigirem os erros passados traçando novas diretrizes educacionais, inovando as estratégias de ensino, reinventado o espaço, fazendo da escola um ambiente prazeroso onde o estudante possa se sentir valorizado e motivado. Novas posturas, ações pontuais e atitudes impactantes podem ser os melhores aliados da escola, desde que vá ao encontro dos anseios desta nova geração que exige professores criativos e dinâmicos.
São muitos os desafios, mas, pela minha vasta experiência como professora e também gestora de instituições educacionais, dentre tantas queixas dos professores em relação às dificuldades que a escola enfrenta, chama à atenção: o não cumprimento das tarefas de casa, que nada mais é do que a fixação dos ensinamentos passados em sala de aula. Por falta de comprometimento da família em cobrar dos filhos a responsabilidade para com o aprendizado, professores veem-se prejudicados no exercício da função. A vida é um eterno aprendizado, e fazer tarefas em casa é exercitar a responsabilidade, organização, comprometimento.
Assim, é na junção de quatro elementos fundamentais que a aprendizagem acontece: escola, professor, família, aluno. À escola cabe o desafio de criar situações para que o aluno perceba a tarefa de casa como uma forma de desenvolver sua autonomia, uma vez que toda descoberta leva a um novo conhecimento; ao professor cabe a responsabilidade de elaborá-la de forma clara, motivadora, diversificada e bem orientada para que desperte o interesse pela realização; aos pais cabe o compromisso de acompanhar a postura do filho no cumprimento do dever, incentivando-o, estabelecendo critérios e ambientes propícios para que este momento de construção de novos conhecimentos seja agradável e produtivo; ao aluno cabe saber usar o tempo e a oportunidade que lhe são dados para a aquisição de novos saberes.
A família precisa compreender que estar presente na vida escolar de um filho não significa fazer por ele, mas dar condições para que ele busque motivação e se encante com a busca pelo novo. Para isso, atitudes simples e pontuais precisam ser desencadeadas no seio familiar, criando-se hábitos e atitudes comportamentais como: determinar horários e locais de estudo, acompanhar o desenrolar das atividades de forma incentivadora, vibrando com as conquistas, compartilhando os erros, mas acima de tudo comemorando cada momento passado ao lado do filho nessa caminhada rumo a um futuro mais promissor, com a convicção de que é um trabalho necessário e, se bem executado, contribui para a autoestima, satisfação pessoal e profissional.
Assim sendo, este momento de empolgação deve ser aproveitado para reinventar as atividades fazendo da escola um lugar prazeroso e eficaz, onde nossas crianças e jovens sintam-se seguros na caminhada.
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Retorno às aulas. Por Ana Dalsasso
Entre decepções, incertezas, tumultos, sobressaltos e medos, chegamos em fevereiro, um mês muito especial, porque após um período de solidão e vazio, voltam à vida os ambientes escolares, preparados para receber nossas crianças, jovens e adolescentes, matéria-prima mais valiosa do Planeta. A escola sem eles é um espaço morto.
Milhares de estudantes retornam aos bancos escolares. E é para as crianças, jovens, pais, professores, dirigentes de escola que quero falar.
Estudar não é apenas ir à escola. A escola é uma rica fonte onde nos abastecemos de saberes indispensáveis ao nosso crescimento pessoal, intelectual e profissional. O professor é o mediador do caminho que precisamos e queremos percorrer. Ele nos dá o direcionamento, mas o caminho somos nós que traçamos. Podemos estar na melhor escola do mundo, ter os mais brilhantes professores, tecnologia de ponta, mas de nada adiantará se não temos metas traçadas, princípios e critérios estabelecidos para que os objetivos sejam atingidos. Quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve.
Estudante querido, encare com seriedade os estudos, cumpra seus horários, busque o conhecimento além da sala de aula, porque o mundo mudou e quem faz a diferença é aquele que detém o melhor saber possível. Não existe mais espaço para quem faz-de-conta que estuda. Leia muito, analise o mundo que te cerca, critique e busque sugestões para evolução, seja cidadão participativo. Faça valer teu papel de construtor da sociedade em que estás inserido. Cumpra teu papel e cobre da escola aulas bem dadas, professores bem preparados, responsáveis e éticos, porque a escola é e sempre será o melhor lugar para buscares alternativas para realização dos teus sonhos. Porém, só podes exigir se fores responsável, comprometido, cumpridor dos deveres inerentes aos cidadãos de bem. Cumprindo teus deveres, tens argumentos para cobrar teus direitos. Mas, se queres ser eternamente um dominado, um submisso, sem sonhos, sem metas, fique sem estudos e serás.
Estimados pais, conversem com os professores, com a direção, visitem frequentemente a escola, mas, sobretudo, acompanhem a vida escolar de seus filhos. Conversem com eles sobre seu desempenho, seu relacionamento com os professores, quem são seus amigos. A escola não educa sozinha, mesmo que fizesse o maior esforço do mundo. Juntos, família e escola, desempenharão o papel de educadores. Para isso é preciso que haja cumplicidade: pais valorizando o contato com a escola e a escola recebendo com prazer os pais, porque as crianças precisam de direção, apoio e ânimo para crescer e amadurecer.
Professores, diretores, funcionários, façam a parte que lhes compete, afinal sois responsáveis pela transformação social. Tendes em vossas mãos o poder maior: conviver diariamente com essas crianças e jovens, que vêm buscar o saber, mais o saber “ser” do que o “ter”, porque se a escola ensinar que mais vale “ser” do que “ter”, com certeza o cidadão terá tudo o que precisa para uma vida digna. Lembrem-se que a escola é o instrumento da educação que enfrenta desafios e tem como compromisso fazer a criança crescer como ser humano e escrever sua própria história. É uma grande responsabilidade.
Esperamos, pois, que 2023 seja um ano repleto de inovações, realização de sonhos, e que a escola resgate a qualidade de ensino e lute pelo retorno dos valores morais e éticos tão dispersos na sociedade atual.