Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download Indicamos essas 4 opções:
Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.
BLOG
Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Parabéns Lauro Müller. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso20/01/2025 13h30
Crédito Fotos:
Daniel Schuch
No sul de Santa Catarina, emoldurado pela beleza exuberante da Serra do Rio do Rastro, uma das estradas mais desafiadoras do mundo, situa-se o pequeno e nobre município de Lauro Müller, que neste 20 de janeiro celebra seus 68 anos de emancipação político-administrativa, com sua marca registrada pela hospitalidade de um povo trabalhador, ordeiro, feliz e hospitaleiro, além de seus recursos naturais, culturais e históricos.
Lauro Müller surgiu na época da descoberta do carvão, servindo como marco para a história do Brasil por ser o primeiro município onde foi encontrado o carvão mineral, mola propulsora do progresso no país. Colonizado por imigrantes italianos, destaca-se pela quantidade de recursos naturais, com um interior repleto de rios, cachoeiras, desafios, paisagens de rara beleza. O turismo religioso também é acentuado em função das encantadoras grutas e oratórios espalhados pelas comunidades interioranas, além de festas religiosas, que resgatam as tradições das comunidades. Agricultura, mineração, vasto comércio de madeira, indústrias cerâmicas e uma diversidade de lojas movimentam a economia do município.
Mesmo acompanhando os avanços tecnológicos que movem as indústrias do mundo todo, o município não abre mão da fabricação artesanal de vinhos, cachaças de vários tipos, queijos e derivados da cana-de-açúcar, que oferecem aos visitantes a oportunidade de saboreá-los, bem como levá-los para casa.
Além disso, a trajetória que conduz à desafiadora Serra do Rio do Rastro é cercada por paisagens inusitadas que proporcionam harmonia, encantamento e sossego interior, a quem por lá passa.
Mas, antes de lá chegar é indispensável que se inclua uma visita ao Castelo Henrique Lage, no centro da cidade, construído em 1919, a mando do engenheiro Henrique Lage para receber Gabriela Benzanzoni, uma cantora italiana pela qual se apaixonou, mas que só viria para o Brasil se ele construísse um castelo para ela morar. Dotado de grande inteligência e um bem–sucedido industrial, morava no Rio de Janeiro, e como a paixão não tem limites, lá construiu um castelo para viver com sua amada. Porém, mantinha aqui em Lauro Müller suas minas de carvão, visitando-as com frequência. Querendo que Grabriela o acompanhasse nas viagens, construiu aqui um castelo também. Um lindo cartão postal da cidade e, pela lógica, deveria ser sido tombado como patrimônio público, mas infelizmente não aconteceu. Hoje é uma propriedade privada.
Lauro Müller tem seu nome gravado na história do país, e orgulha o povo que nela habita. Parabéns LAURO MÜLLER!
1
0
A cultura Woke. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso06/01/2025 15h00
A cultura “woke” refere-se a um movimento social e político que busca aumentar a conscientização sobre questões de injustiça social, desigualdade e discriminação. O significado literal do vocábulo “woke” é “acordei”, passado do verbo “wake” que significa “acordar”, despertar”, e foi inicialmente utilizado no contexto dos direitos civis e da luta contra a discriminação racial. Com o tempo o conceito se expandiu para abranger uma variedade de questões, incluindo gênero, sexualidade, classe social, e meio ambiente, fugindo do objetivo proposto, o que vem gerando debates intensos, especialmente em relação aos seus pontos negativos.
Um dos principais pontos negativos é a polarização que ela pode causar. A busca por justiça social, embora nobre, pode levar a um ambiente de “nós contra eles“, onde a discussão construtiva é substituída por ataques pessoais e deslegitimação de opiniões divergentes. Isso pode criar um clima de intolerância em que as pessoas se sentem intimidadas a expressar suas opiniões, temendo represálias.
Outro aspecto negativo é o potencial para a censura e o cancelamento. A cultura woke muitas vezes promove a ideia de que certas vozes ou opiniões não têm espaço no discurso público, levando ao que é conhecido como “cancelamento” de indivíduos ou grupos que expressam visões consideradas problemáticas. Isso pode resultar em um empobrecimento do debate público, onde apenas perspectivas consideradas “aceitáveis” são ouvidas.
Além disso, a cultura woke pode, em algumas ocasiões, desviar a atenção de questões mais complexas e profundas. A simplificação excessiva de problemas sociais em narrativas de opressor versus oprimido pode levar a soluções superficiais que não abordam a raiz dos problemas. Isso pode criar uma falsa sensação de progresso, enquanto questões estruturais permanecem sem solução
Por fim, a utilização de uma linguagem excessivamente politicamente correta pode afastar pessoas que desejam se engajar na discussão. A sensação de que cada palavra deve ser cuidadosamente escolhida para não ofender pode inibir o diálogo aberto e honesto, essencial para a construção de sociedades mais justas e inclusivas
Em síntese, embora a cultura woke tenha contribuído para a conscientização sobre injustiças sociais, é crucial refletir sobre os seus pontos negativos, para que o movimento não se torne um obstáculo ao diálogo e à busca por soluções efetivas, o que já vem ocorrendo nos últimos anos com diversas empresas americanas que têm repensado sua abordagem em relação à cultura woke, levando a um movimento de abandono de práticas que antes eram consideradas essenciais para a promoção da diversidade e inclusão. Voltaremos a falar sobre o assunto.
0
0
A Essência do Natal. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso23/12/2024 14h00
Foto/Reprodução Internet
Mais uma vez as ruas se enchem de luzes, cores, canções de paz, hinos de louvor, doces mensagens, presentes, confraternizações, ilusões, consumismo, tudo para comemorar o aniversário mais importante para a humanidade, mas por incrível que pareça o aniversariante, aquele que nos deixou as maiores lições de vida, mostrando que é preciso viver a humildade, a caridade, o amor, o respeito, a valorização do ser humano, é o menos lembrado. Mergulha-se na onda do consumo atendendo apelos midiáticos e esquece-se que a essência do natal está em outra dimensão, que não a encontramos em loja alguma, não há dinheiro capaz de comprá-la, pois reside dentro de cada um de nós.
Existem diferentes maneiras de celebrar o natal: religiosa, familiar, social e até política, pois é a ocasião em que todos se deixam envolver pelo espírito de fraternidade e, ouso dizer, para muitos uma “falsa fraternidade”, pois são festas que acontecem cada qual no seu mundo, excluindo o próximo, da mesma forma que a sociedade excluiu Jesus há dois mil anos, negando-lhe abrigo, deixando-o nascer numa estrebaria. Ele nasceu pobre e humilhado para mostrar ao mundo que a vida é muito mais que ostentação. A vida deve ser feita de amor, de doação, enxergar o outro além das aparências. Festejar o natal não significa vestir roupas novas, comprar ricos brinquedos, desfilar carros novos, consumir excesso de guloseimas… Tudo isso é muito bom, mas não faz parte da realidade de grande número da população brasileira que não tem nem as condições básicas para viver.
Esperamos que o natal sejam um despertar de um desejo sincero de ser e fazer o próximo feliz, de fazer um “balanço” interior e jogar para longe tudo que representa impedimento de paz, amor, fraternidade. É tempo de renascimento, de perdão e perceber que o amor ao próximo é condição essencial para ser e fazer o outro feliz. Ninguém é feliz sozinho. Na maioria das vezes percebemos que famílias se juntam para confraternizar fingindo paz, sinceridade, quando na realidade nos demais dias do ano não se importam uns com os outros; empresários distribuem cestas básicas saciando momentaneamente a fome, esquecendo-se que ela é presença constante na vida de muitos.
Natal é tempo de amar e ser amado, de agradecer o milagre da vida e o dom de ser e ter família, de ser mais solidário e fazer algo por quem tem menos, é tempo de propagar o amor, conversar, abraçar, doar, enfim, transformar em prática o discurso de paz e fraternidade, de amor e equidade.
Sendo o natal a prática diária do bem, o exercício da doação, o envolvimento dos pensamentos e corações em cada gesto, cada atitude, façamos que a comemoração não seja apenas no dia do natal, mas seja o início de uma nova postura frente às necessidades diárias do mundo, redescobrindo o amor ao próximo, indispensável para um mundo novo e melhor.
E assim encerramos mais um ano… Quem sabe em 2025 nossos projetos para as mudanças se concretizarão… Obrigada aos leitores e leitoras pelo carinho recebido. Um natal abençoado e cheio de luz a todos!
0
0
Advento. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso09/12/2024 16h00
Foto/Ilustrativa
O Advento é um período significativo no calendário litúrgico cristão, que antecede o Natal e se estende por quatro semanas. Seu nome deriva do latim “adventus”, que significa “vinda” ou “chegada”, e refere-se à expectativa da vinda de Jesus Cristo, tanto em seu nascimento como em sua promessa de retorno. Este período é marcado por uma atmosfera de preparação espiritual, reflexão e esperança.
Historicamente, o Advento começou a ser celebrado na Igreja Ocidental no século IV. Desde então, tornou-se um tempo de espera e preparação, durante o qual os cristãos são convidados a refletir sobre o significado do nascimento de Cristo e as implicações desse evento para a humanidade. Cada domingo do Advento é associado a temas específicos, como a esperança, a paz, a alegria e o amor, que culminam na celebração do Natal.
A prática de acender velas em uma coroa de Advento é uma tradição comum, simbolizando a luz que Cristo traz ao mundo. A cada semana, uma vela é acesa, representando a progressão da luz na escuridão, uma metáfora poderosa para a chegada de Jesus como a luz do mundo. Essa prática ajuda os fiéis a manterem o foco na expectativa e na preparação para o Natal.
Além do aspecto religioso, o Advento também convida à reflexão sobre o significado mais amplo da vinda de Cristo. É um momento para considerar as questões de justiça, compaixão e solidariedade, incentivando os cristãos a viverem de maneira que reflita os valores do Evangelho. A preparação para o Natal, portanto, vai além da simples contagem dos dias, sendo uma oportunidade para cultivar um espírito de amor e generosidade.
Em suma, o Advento é um período que transcende a mera contagem regressiva para o Natal, sendo um convite à introspecção, à renovação da fé e ao fortalecimento dos laços comunitários. Ao abraçarmos o espírito do Advento, somos chamados a nos preparar não apenas para a celebração do nascimento de Jesus, mas também para viver os ensinamentos que Ele nos deixou.