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BLOG

Ana Maria Dalsasso
Educação

É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.

Respeito ao Hino Nacional. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso16/09/2024 14h00
Foto/Ilustrativa

Já se passaram alguns dias, mas sempre é oportuno refletir sobre o assunto, do infortunado evento político onde, por ousadia, o Hino Nacional Brasileiro foi cantado na chamada “linguagem neutra”, o grande absurdo que estão querendo impor à Língua Portuguesa, uma verdadeira destruição ideológica do idioma porém, o mais grave ainda, foi o desrespeito a um símbolo nacional legalmente protegido.

Nossa língua, como várias outras, teve origem no Latim. E, é do Latim “omnes” ou “omnis” que veio a palavra “todos’’. É uma palavra masculina, mas usada como gênero neutro em diversas situações, principalmente quando se refere a grupos mistos ou a coletivos. Esse uso tem raízes históricas e reflete como as sociedades se organizavam. Na linguagem formal o masculino era visto como gênero “padrão” ou “neutro”, enquanto o feminino era usado para referir-se especificamente a mulheres ou coisas do gênero feminino. Quando se diz “todos”, está se utilizando uma forma masculina que, em contextos coletivos, tornou-se uma referência para ambos os sexos. Assim sendo, saudar grupos mistos com “todos e todas” é redundante; usar “todes” é imbecilidade.

Cantar o hino em linguagem neutra foi um deboche para com  um símbolo nacional legalmente protegido, respaldado em leis que garantem sua preservação , respeito e reconhecimento como parte integrante da identidade nacional brasileira. Mudar a letra e a melodia do hino foi uma clara demonstração da falta de conhecimento das leis que preservam os símbolos nacionais.  A Lei nº 5.700 de setembro de 1971 dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos nacionais: a Bandeira, o Hino, as Armas e o Selo, estando sujeito a multas o desrespeito aos preceitos legais.

Quanto ao Hino Nacional, “em qualquer hipótese, deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem ter atitude de respeito”. A norma determina que não haja alterações na letra ou na melodia, nem execução de quaisquer arranjos vocais do hino, sob pena de multa.

O hino de um país é o elemento de identidade nacional e estabelece sua relevância como parte integrante do patrimônio cultural e simbólico, pois representa a identidade coletiva, os valores e a história do país.  E agora nos perguntamos: onde estão os guardiães dos símbolos nacionais que nada fizeram diante do ridículo?

É urgente que se resgate todos os hinos brasileiros para reavivar o patriotismo na sociedade. É preciso que as pessoas saibam que cada hino traz consigo a representação de um momento histórico, e é compromisso de todos conhecermos a história da pátria que nos abraça. À escola cabe o compromisso de torná-lo presença constante, adequando seus planejamentos com a inclusão do momento cívico semanal para resgatar o respeito aos   símbolos como identidade nacional. Há muito as escolas deixaram de cumprir seu compromisso…

Quanto à linguagem neutra, sob a alegação de que assegura o direito à igualdade sem discriminação, é uma bandeira puramente ideológica que, na prática, não beneficia ninguém. Toda essa discussão foge do essencial que é aprendermos a respeitar TODAS as pessoas, sejam binárias ou não binárias. Se fizermos uso dessa linguagem sem a devida consideração que TODO ser humano merece, não passará de “lacração” que é o que vem acontecendo… O que importa é o respeito pelas pessoas, no sentido de que cada um é livre nas suas preferências afetivas. Todos, sem distinção, fazemos parte da natureza. Todos engloba tudo.

Enfim, aderir à ideia da linguagem neutra é desconstruir a bela e culta Língua Portuguesa. Se eu pudesse perguntaria aos adeptos: é legal em nome da inclusão dos indefinidos, roubar o direito dos definidos que são maioria? Vamos manter a Língua Portuguesa fora dessas questões.  Não são palavras que mudam, são ações.

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Família. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso02/09/2024 14h00

Estamos iniciando setembro e retomo meu espaço falando de um tema muito especial, merecedor de nossa atenção e avaliação por se tratar da instituição social mais relevante, porém relegada em função da inversão de valores impostos por um mundo que se afasta cada dia mais dos princípios cristãos: a FAMILIA.

A família é a base da sociedade, desempenhando um papel crucial na formação do indivíduo e na construção de laços sociais. Desde os primórdios da civilização tem sido o núcleo onde se estabelecem valores, saberes são transmitidos e relações afetivas cultivadas. Neste contexto, é imprescindível analisar o seu valor na sociedade contemporânea em constante mudança, considerando suas funções, desafios e a importância de sua preservação.

A família sendo um projeto de Deus nela estão impressas as marcas, as pegadas Dele. No entanto, tais marcas tendem a ser sufocadas, pois estamos vivendo tempos de confusão em que o mal se dissemina com o único objetivo: destruir a família, porque destruindo-a, destrói-se a sociedade. De acordo com os ensinamentos bíblicos, é na família que se travará a última batalha nos tempos finais. Destruindo-a, o projeto de Deus perde sentido. E o que estamos vivenciando é uma clara indicação disso.  Precisamos propagar que o modelo de família que hoje se impõe são verdadeiras montagens. Precisamos agir para que o caos seja evitado.

Será que queremos viver o modelo de família que o mundo está ensinando, o que as novelas estão mostrando, o que as músicas estão induzindo? Diariamente entram em nossos lares os piores inimigos da família: drogas, prostituição, violência, desamor, desgraça, traição, tudo por meio de novelas, programas indecentes, notícias escandalosas, enfoque ao que não presta, com o intuito de poluir a cabeça de nossos filhos, e com isso vai se estabelecendo a degradação dos laços familiares. O apelo midiático é incansável e tentador, mas precisamos educar nossos filhos para a visão crítica e seletiva sobre tudo que povoa as mídias sociais. Não é tudo igual como tentam convencer. As propostas são bem diferentes, e gradativamente a família vem perdendo sua unidade e dignidade, acarretando a dissolução dos costumes. E tudo vai virando uma confusão.

Hoje se ensina o casamento fechado à fecundidade, à vida. Casais optam a serem pais de pets a ter uma criança, a qual exigiria renúncia, dedicação, responsabilidade. Esquecem-se que filhos são projetos de Deus. Temos também o aborto, já legalizado em alguns países, e talvez breve aqui, em qualquer fase da gestação, como uma livre opção, defendido como “liberdade reprodutiva” da mulher. Que liberdade é essa? E a vida do bebê não conta? Aborto não é opção, porque uma vez concebida a vida, quem a tira comete homicídio.

Há um movimento organizado ocupando todos os espaços, inclusive nas escolas, para a desestabilização da família: a chamada ideologia de gênero. Em nome da promoção da “igualdade entre os seres humanos”, nossos filhos estão sendo expostos aos mais ridículos exemplos de libertinagem. Não sou preconceituosa, mas não concordo com a forma degradante pela qual se expõe o homossexualismo numa tentativa de impor a todo custo uma ideologia. Devemos respeito sim, mas não somos obrigados a aceitar. Cada um faz do seu corpo o que quiser, mas a família não é obrigada a ficar atrelada aos valores inversos de uma sociedade doente.

O amor está ficando ausente do coração das pessoas, filhos perdendo o respeito com os pais, casais se traindo indistintamente, muitos lares se desfazendo, outros sendo constituídos aleatoriamente, pais descompromissados, maus exemplos influenciando na educação dos filhos. A sociedade está adoecendo emocional, psicológica e espiritualmente pelas escolhas infelizes que está fazendo. É preciso buscar sustentação em Deus, nossa base, o alicerce da família.

Diante do exposto, é possível afirmar que na família reside a base para a formação de qualquer indivíduo, pois é onde se aprende a conviver e interagir com o mundo. Por mais que o mundo evolua, a família foi, é e sempre será o núcleo da sociedade sobre a qual exerce papel determinante devendo ser preservada a qualquer custo, cumprindo assim o propósito de Deus.

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Código Civil Brasileiro. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso03/05/2024 15h00

O Código Civil Brasileiro é a principal legislação que regula as relações civis no Brasil, abrangendo aspectos como direitos e obrigações dos cidadãos, contratos, propriedade, família, sucessões, dentre outros. É referência fundamental para advogados, juízes e cidadãos em geral que buscam compreender e resolver questões jurídicas no país.

O Brasil só teve, até hoje, dois códigos civis: o de 1916 e o de 2002. O vigente foi resultado de um longo período de estudos e debates que duraram décadas, para substituir o primeiro. O que causa certa estranheza é que não é comum, em país nenhum do mundo, um código mudar em tão curto espaço de tempo. O que se esconde atrás desta mudança? É aí que reside o problema: o “novo” código não trata apenas de pequenas alterações. É uma bomba ideológica, pois altera o atual na sua essência e praticamente toda sua estrutura. Se aprovado vai enterrar a sociedade brasileira: família, princípios e valores. Não foi submetido a debates e nem levado ao conhecimento da população, estando nas mãos do Congresso o poder de deter a podridão que nele se esconde. Será uma afronta aos cidadãos. E pelo que se tem visto, há um interesse muito grande do Presidente Rodrigo Pacheco na aprovação, com uma certa urgência. Negociatas políticas, sem dúvidas.

Como meu espaço é limitado, vou tentar aqui expor algumas das alterações, deixando aos leitores um convite à leitura sobre o assunto, a fim de não serem tomados de surpresa. Na internet tem informações importantes. Verdadeiras aulas.

A primeira, para mim a mais chocante, é que trata do bebê no ventre materno. Pelo código vigente a vida começa com a concepção; com a mudança será introduzida a noção de que o bebê, antes de nascer, não teria vida humana, mas apenas uma vida “em potência” até o momento do parto. É uma afronta à  biologia dizer que o bebê antes de nascer não é humano e também não é animal, então passaria a ser apenas uma coisa descartável. Abre caminho para a legalização do aborto…

Seguindo, vem o que podemos chamar de desmonte da autoridade de pai e mãe, dando aos filhos autonomia para tomarem decisões sobre si mesmos, sem necessidade de autorização dos pais, como por exemplo: decidir sobre tratamento de hormônios cruzados, ou seja,  reposição hormonal na qual os hormônios sexuais e outras medicações relacionadas são administradas ao transgênero para feminização ou masculinização, de acordo com sua identidade de gênero. A criança pode mudar de sexo por decisão própria. Outra mudança: “perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que submeter o filho a qualquer tipo de violência, de modo a comprometer sua integridade física, moral ou psíquica”. No entanto, não há especificação sobre quais atitudes são classificáveis como “violência psíquica”, o que abre espaço para variadas interpretações judiciais sobre o que poderia justificar a perda da guarda. Querem a todo custo tirar o direto da família sobre os filhos.

No que refere à família alguns dispositivos podem fragilizar a união conjugal ao abrir caminho para o reconhecimento de união estável entre pessoas impedidas de casar. Se a emenda for aprovada, pode ser possível o estabelecimento da união estável entre pais e filhos ou entre irmãos. Uma outra emenda  defende  que amantes tenham direito à moradia, alimentos e benefícios previdenciários. A introdução do conceito de “sociedade convivencial”, poderá abrir caminho para abrigar na legislação brasileira, por exemplo, uniões poliafetivas (para as quais precisaria uma coluna inteira para falar), destruindo a família tradicional.

Como estamos vivendo num mundo onde há uma valorização excessiva dos pets, o código traz um capítulo especifico sobre eles, vinculando-os juridicamente a seus donos e passam a compor seu “entorno sociofamiliar”. Um bebê no ventre materno não é considerado uma pessoa, mas um animal recebe um capítulo inteiro na legislação em sua defesa. Um absurdo…

Estamos nas mãos do Senado…Esperamos que deixem as ideologias militantes de lado e pensem na sociedade como um todo, sendo fieis aos costumes e a cultura da maioria da população, respeitando, é claro, as minorias.

Se o projeto for aprovado como está atenderá as demandas do abortismo, dos defensores da ideologia de gênero, alterará  radicalmente os conceitos de família e de pessoa na legislação. É o fim da família, lamentavelmente!

 

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Liberdade: Lute por Ela. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso22/04/2024 13h47

Falar de liberdade hoje no Brasil é enaltecer uma luta que vem sendo travada cotidianamente pelo cidadão para garantir seus direitos resguardados pela Constituição Brasileira, mas ameaçados pela tirania de burocratas detentores do poder que ameaçam sufocar a voz do povo.

A liberdade é direito fundamental de todo cidadão, pois é por meio dela que se desenvolve a capacidade de agir, pensar e expressar-se, buscando sua autodeterminação e realização pessoal. A Constituição Brasileira de 1988 assegura a todo cidadão a liberdade nos mais diversos aspectos: liberdade de expressão, liberdade de pensamento, liberdade de associação, liberdade de crença religiosa, dentre outros direitos fundamentais.

Tenho vivas na memória (e quem não as têm?)  as histórias contadas pelos professores sobre o herói Tiradentes que desempenhou um papel crucial na luta pela liberdade no Brasil colônia. Ele simbolizou a resistência contra a opressão colonial e a busca pela independência. Sua coragem e idealismo inspiraram outros a questionar o domínio português e a lutar por um Brasil livre. Foi executado, mas deixou um grande legado: a importância de resistir à opressão e lutar pelos direitos e liberdades de um povo. Alguma semelhança com a situação que estamos vivendo?

Exatamente no dia que relembramos a morte desse herói, o povo deu uma grande demonstração de que a semente plantada frutificou e que a tendência é reproduzir cada vez mais, pois um povo sem liberdade é um povo sem vida. Os milhares de pessoas que foram às ruas nos trouxeram a esperança de que o Brasil tem jeito, apesar dos desmandos que vêm manchando a imagem do país perante o mundo.  Hoje nada mais fica escondido. Não estamos mais no tempo de Tiradentes… As redes sociais estão aí conectando as pessoas ao mundo, formando e informando, estabelecendo ligações, partilhando interesses, trocando experiências e conhecimentos. Cabe a cada um fazer sua parte.

Nosso país é maravilhoso…Dotado das mais variadas riquezas, despertando a cobiça do mundo inteiro. Tem tudo, mas faltam pessoas que saibam trabalhar tudo o que temos em benefício do povo. Temos uma minoria de poderosos, parasitas do Estado esbanjando privilégios às custas de uma população trabalhadora, mas condenada a pagar as mais altas taxas tributárias do mundo e viver sem as condições básicas necessárias a todo ser humano: saúde, educação, segurança, e agora, sem liberdade de expressão.

É preciso que lutemos para que tenhamos nossos direitos respeitados e que se cumpram as leis.  Essa é uma busca incansável para a manutenção de nossa liberdade, que deve estar acima de qualquer sigla partidária, pois a liberdade de expressão, por lei, é irrestrita, isonômica e não-arbitrária, ou seja, igual para todos, queiramos ou não, queiram ou não os desuses da toga.

Assim sendo, não se permita ser calado, pois quando do povo for tirado o direito à voz, está decretada sua falência como ser humano.

 

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