Para uma melhor experiência neste site, utilize um navegador mais moderno. Clique nas opções abaixo para ir à página de download
Indicamos essas 4 opções:

Google Chrome Opera Mozilla Firefox Microsoft Edge
Ok, estou ciente e quero continuar usando um navegador inferior.

BLOG

Ana Maria Dalsasso
Educação

É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.

Paradoxo dos nossos tempos. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso08/07/2025 14h00
Imagem/Reprodução Internet

Os tempos atuais são marcados por uma série de paradoxos que refletem as complexidades da sociedade contemporânea. Estamos vivendo uma época de avanços tecnológicos sem precedentes, mas, ao mesmo tempo, enfrentamos desafios sociais e éticos que parecem contradizer esses progressos. Neste texto, analisaremos alguns dos principais paradoxos que definem a nossa era.

Um dos paradoxos mais evidentes é a ampla conectividade proporcionada pela tecnologia em contraste com o aumento da solidão e do isolamento social. As redes sociais, embora tenham sido criadas para aproximar as pessoas, muitas vezes geram uma falsa sensação de conexão. As interações digitais frequentemente substituem encontros presenciais, resultando em um enfraquecimento das relações humanas. Assim, vivemos em um mundo onde a comunicação é instantânea, mas a empatia e o contato humano genuíno estão em declínio.

Outro paradoxo diz respeito à quantidade de informação disponível. Nunca tivemos tanto acesso a dados e conhecimento, graças à internet. Contudo, essa superabundância de informação pode levar à desinformação e à confusão. A dificuldade em filtrar fontes confiáveis faz com que as pessoas se sintam sobrecarregadas e incapazes de tomar decisões informadas. Esse cenário ressalta a necessidade de desenvolver habilidades críticas para navegar nesse mar de informações.

Além disso, o avanço na busca por soluções sustentáveis contrasta com o aumento das práticas de consumo desenfreado e desperdício. Enquanto muitos indivíduos e empresas estão conscientes da importância de preservar o meio ambiente, as pressões da economia moderna frequentemente levam a comportamentos contraditórios. O desafio consiste em equilibrar a urgência de ações sustentáveis com a realidade do consumo massivo e da exploração dos recursos naturais.

Por fim, um paradoxo importante reside na busca pela liberdade pessoal em contrapartida ao aumento do controle social. Em muitas sociedades, estamos vivendo um momento onde as pessoas anseiam por direitos e liberdades, mas, ao mesmo tempo, cada vez mais dispositivos de monitoramento e controle são implementados. Isso levanta questões sobre privacidade e liberdade individual. A liberdade de expressão é um dos pilares das sociedades democráticas, mas, paradoxalmente, está acompanhada de um crescente clamor por censura em certas plataformas. Isso levanta um dilema sobre onde traçar a linha entre proteger a sociedade e garantir a liberdade individual.

Em conclusão, são muitos os paradoxos dos tempos atuais que nos desafiam a refletir sobre as implicações de nosso estilo de vida e as escolhas que fazemos. Reconhecer essas contradições é essencial para buscar soluções que promovam um futuro equilibrado e humano, onde a tecnologia e os valores sociais coexistam de maneira harmoniosa. A compreensão desses paradoxos nos dá a oportunidade de moldar um mundo que realmente atenda às necessidades da sociedade contemporânea.

 

0
0

Compromisso com a verdade. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso24/06/2025 15h00
Foto/Ilustrativa

Há poucos dias expus uma breve análise sobre a ascensão das tecnologias digitais e das redes sociais que vêm contribuindo para a inversão de valores em diversos aspectos da vida cotidiana impactando diretamente na convivência humana. A rapidez nas informações em algumas situações são atitudes moralmente questionáveis, como a disseminação de falsas notícias, em detrimento da veracidade e da ética.

O impacto dessas desinformações é devastador, tanto para as vítimas quanto para a sociedade como um todo. No entanto, quando se trata de tragédias, algumas pessoas tendem a explorar esses eventos de maneira sensacionalista.

Nesse final de semana vivenciamos a tragédia em Praia Grande. Lamentavelmente um grupo de dez pessoas, inclusive eu, fomos vítimas de uma falsa lista de mortos no referido acidente, trazendo transtornos não só para minha família, mas para os outros envolvidos também. Gerou pânico e desespero entre meus familiares e amigos. Rapidamente a lista se espalhou e até que se desfizesse a mentira, o estrago já tinha sido feito.

O sensacionalismo em torno de tragédias banaliza o sofrimento alheio, e ao fazer isso, a dignidade das vítimas e de suas famílias é ignorada. A busca por cliques e compartilhamentos pode levar a uma distorção dos fatos, criando narrativas que priorizam o entretenimento em detrimento da verdade. Do meu ponto de vista, a degradação do ser humano atinge o grau mais elevado quando ele se mostra incapaz de respeitar a dor do outro. O que fizeram foi mais do que irresponsabilidade: foi crueldade. É um desrespeito tratar o sofrimento alheio como conteúdo, e a verdade pouco importa diante da pressa em ser o primeiro a publicar.  Falta equilíbrio emocional, sensibilidade e humanidade a essas pessoas. É um ato insano, cruel e inconsequente expor nomes de pessoas como vítimas, sem qualquer confirmação. E só avaliamos a dor quando passamos por isso.

Além disso, essa prática pode gerar um ciclo tóxico de desinformação. A pressão para ser o primeiro a postar um “furo”, muitas vezes resulta na propagação de boatos ou na apresentação de eventos de forma sensacionalista. O impacto emocional que esse tipo de conteúdo pode ter sobre os espectadores é preocupante. Eventos trágicos tornam-se apenas mais uma postagem a ser visualizada, criando um ambiente onde a empatia é reduzida, e o sofrimento é tratado como um mero espetáculo.

Portanto, é fundamental que usuários das redes sociais reflitam sobre a responsabilidade que possuem ao exibir conteúdo que envolvem dor e tragédia. A promoção de uma comunicação mais responsável, que priorize a empatia e a precisão das informações, é essencial. Assim, podemos transformar as redes sociais em espaços que, em vez de sensacionalizar tragédias, promovam consciência, solidariedade e respeito ao ser humano.

 

 

 

0
0

A Língua Portuguesa e o mercado de trabalho. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso10/06/2025 15h01
Foto/IA

Falar sobre língua portuguesa é prazeroso e um compromisso meu para com as gerações futuras, porque passei grande parte de minha vida ensinando e, o que se ensina deve ser preservado. O uso correto da língua, falada ou escrita, revela nossos pensamentos, nosso nível cultural, nossa capacidade de adaptação, nossa forma de ser e ver o mundo. Ter o domínio da língua é fundamental não apenas para a comunicação eficaz, mas também para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional, uma vez que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente.

Com a globalização, as empresas estão cada vez mais exigindo profissionais que não apenas conheçam a sua área técnica, mas que também saibam se comunicar de maneira clara e concisa. A comunicação eficaz é um diferencial competitivo, que pode abrir portas para oportunidades de carreira. A habilidade de se comunicar eficazmente é um dos principais fatores que distingue os profissionais competentes, pois conseguem transmitir suas ideias de forma clara e coesa. Por meio de uma comunicação escrita e verbal precisa, são capazes de elaborar relatórios, realizar apresentações e interagir com colegas e clientes de forma assertiva.

Além disso, o domínio da língua portuguesa está diretamente relacionado à credibilidade de um profissional, pois seu uso  correto da língua reverbera na percepção que outros têm sobre a capacidade e o profissionalismo do indivíduo. Profissionais que se expressam bem são frequentemente vistos como mais competentes e confiáveis. Em contrapartida, aqueles que não dominam a língua podem ser considerados descuidados ou desinteressados, o que impacta negativamente suas relações profissionais e suas chances de promoção.

Outro ponto importante a ser considerado é a acessibilidade a oportunidades de carreira. Profissionais que dominam o idioma têm maior facilidade em acessar informações, aprimorar suas habilidades e interagir em redes de contato. A habilidade de redigir um currículo bem elaborado e de se destacar em entrevistas pode abrir portas que permanecem fechadas para aqueles que não se comunicam adequadamente. Assim, a fluência na língua não é apenas uma questão de estética, mas sim uma ferramenta valiosa para o crescimento e a evolução na carreira.

É fundamental observar que o domínio da língua portuguesa vai além do conhecimento gramatical. Envolve a compreensão de nuances, contextos e a capacidade de adaptar a comunicação ao público-alvo. O profissional que se dedica a entender e aprimorar sua relação com a língua tende a se destacar, tornar-se mais versátil e efetivo em sua atuação.

Assim sendo, investir no aprimoramento da língua é investir no próprio futuro profissional e na construção de uma carreira de sucesso. É imprescindível que as instituições de ensino e a sociedade em geral incentivem e promovam o aprendizado da língua portuguesa, garantindo que todos tenham as ferramentas necessárias para se desenvolverem e se expressarem plenamente.

 

 

0
0

Inversão de valores. Por Ana Dalsasso

Por Ana Maria Dalsasso27/05/2025 15h00
Foto/Freepik

A sociedade contemporânea tem sido marcada por uma série de mudanças significativas em suas estruturas e valores. A inversão de valores, fenômeno que se refere à alteração na hierarquia dos princípios éticos e morais que norteiam o comportamento humano, é um tema que merece atenção e reflexão. Esta transformação é observada em diversos aspectos da vida cotidiana, incluindo relações familiares, profissionais e sociais, impactando diretamente a convivência humana.

Um dos principais fatores que contribuem para a inversão de valores é a ascensão das tecnologias digitais e das redes sociais. A comunicação instantânea possibilita que informações circulem rapidamente, mas também trazem à tona comportamentos que antes eram reprimidos. A valorização da imagem e da popularidade nas redes sociais, por exemplo, frequentemente se sobrepõe a valores como a empatia e o respeito. Nesse contexto, a busca por curtidas e seguidores pode levar indivíduos a tomar atitudes moralmente questionáveis, como a exposição excessiva de sua vida pessoal ou a disseminação de falsas notícias, em detrimento da veracidade e da ética.

Outro aspecto relevante é a desvalorização das instituições sociais que, historicamente, promoviam a coesão social, como a família e a educação. A crescente fragmentação das relações familiares, somada à crise de credibilidade em instituições educacionais e políticas, tem gerado um vácuo de referências morais. Em muitos casos, os jovens buscam modelos em figuras públicas com condutas duvidosas, em vez de se basearem em valores éticos construídos por gerações anteriores. Isso é uma preocupação, pois não só compromete a formação de cidadãos conscientes, como também perpetua um ciclo de desintegração social.

Há um movimento organizado ocupando todos os espaços, inclusive nas escolas, para a desestabilização da família: a chamada ideologia de gênero. Em nome da promoção da “igualdade entre os seres humanos”, nossos filhos estão sendo expostos aos mais ridículos exemplos de libertinagem. Não sou preconceituosa, mas não concordo com a forma degradante pela qual se expõe o homossexualismo numa tentativa de impor a todo custo uma ideologia. Devemos respeito sim, mas não somos obrigados a aceitar. É preciso que se preserve a família, pois sem uma família estruturada teremos uma sociedade doente.

É fundamental promover um novo olhar sobre os valores que regem nossas vidas. A educação, tanto em casa quanto nas escolas, desempenha um papel crucial nesse processo. É necessário incentivar o desenvolvimento da empatia, do respeito e da ética, preparando as novas gerações para lidar com as complexidades do mundo contemporâneo. A inversão de valores pode ser um sinal de que é hora de repensar nossas prioridades e buscar um equilíbrio entre o progresso tecnológico e a preservação dos princípios que sustentam a convivência humana.

A inversão de valores também se manifesta nas relações afetivas. Antigos conceitos de compromisso, respeito e fidelidade têm sido questionados e reinterpretados à luz de novas dinâmicas, como os relacionamentos livres. Embora essas novas formas de se relacionar possam ser vistas como uma evolução, elas também podem levar a confusões emocionais e à desvalorização de laços mais profundos e significativos.

São tantas as formas de inversão de valores hoje vividos que ficaríamos muitas horas aqui expondo, porém nosso espaço é limitado. Mas, o que fazer? É importante destacar que essa situação não é irreversível. A conscientização e a educação são ferramentas fundamentais para resgatar valores éticos que promovam um convívio social mais harmonioso.

Concluindo, a inversão de valores que permeia o mundo atual é um reflexo de mudanças profundas nas dinâmicas sociais e culturais. Apesar dos desafios, é possível e necessário buscar um meio–termo que valorize não apenas o individual, mas também o coletivo, reafirmando a importância dos princípios éticos que sustentam uma sociedade justa e equilibrada.

 

 

*As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor.

0
0
1 2 3 4 24