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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Quaresma. Por Ana Dalsasso
A festa do “pode tudo” acabou. Inicia-se agora, com a celebração da quarta-feira de cinzas, um período especial no calendário litúrgico cristão, a Quaresma, tempo de reflexão, penitência e renovação espiritual para os fiéis.
É um período de quarenta e seis dias até a ressurreição do Senhor. É chamado de quaresma que, ao contrário do que muita gente pensa, não é para reparar os erros cometidos no carnaval, mas sim para reconhecer nossas limitações, compreender a necessidade de mudança de vida, refletir que a vida é efêmera e é nada diante da morte que um dia chegará implacavelmente. É um período de penitência e de renovação espiritual, no qual somos chamados a nos desprender do supérfluo, praticar a caridade e cultivar uma vida de maior proximidade com o Divino.
O gesto simbólico de receber as cinzas lembra a transitoriedade da existência humana, a busca pela purificação da alma, a necessidade de arrependimento, a importância da humildade e reconciliação com Deus e o próximo. É um momento de introspecção, arrependimento e preparação para a Páscoa. Um convite para olhar para dentro de nós, reconhecer nossas fragilidades. Não é apenas mais um dia no calendário, mas uma oportunidade de crescimento pessoal e espiritual, um convite à transformação interior e à busca por uma vida mais plena e significativa. Tempo de reconhecer nossa condição de seres mortais e pecadores.
É necessário que compreendamos com profundidade o significado deste tempo porque é o momento de avaliarmos nossas ações e atitudes passadas e presentes, corrigindo os erros, buscando sempre a vivência no Senhor. É estar consciente que tudo neste mundo é passageiro e precisamos viver da melhor forma possível mantendo um bom relacionamento, imprimindo nossa marca com responsabilidade e comprometimento para que façamos jus ao dom da vida que nos foi dada por Deus. É preciso que cultivemos a humildade, a caridade, o respeito, a paz, o respeito, a igualdade, o amor ao próximo, lições incessantemente pregadas por Cristo. Será que somos dignos do sacrifício feito por Cristo, morrendo na cruz para nos salvar?
Somos caminhantes e às vezes erramos, tropeçamos, pecamos, mas este período é uma oportunidade de fazermos uma retrospectiva em nossas vidas e estabelecermos um ponto de recomeço, de sermos melhores, de sairmos da zona de conforto e cumprirmos nossa missão de verdadeiros cristãos. Façamos, pois deste tempo de quaresma um tempo de encontro com Deus para que sejamos e façamos os outros felizes. Sejamos diferentes!
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Carnaval. Por Ana Maria Dalsasso
O Carnaval, uma das festas mais celebradas em todo o mundo, é conhecido por sua energia contagiante, desfiles coloridos e músicas vibrantes. No entanto, por trás de toda essa exuberância, existem prós e contras que merecem nossa atenção.
Já vivemos tempos em que o carnaval era um campo fértil para a expressão artística, seja através de desfiles de escolas de samba, blocos de rua, fantasias criativas ou manifestações culturais diversas, promovendo a criatividade e a expressão individual e coletiva. Nos últimos tempos temos assistido uma versão muito adversa à ideal.
Talvez minha visão em relação ao assunto vá de encontro à de muitos. No entanto, a cada ano que passa mais reafirmo minha opinião. Reconheço ser uma festa brasileira tradicional, adorada por muitos, indiferente para outros, pois diferente de tempos passados, o carnaval hoje é uma verdadeira aberração humana, um verdadeiro espetáculo de obscenidade pela irresponsabilidade de pessoas que acabam levando ao mundo uma imagem deplorável do nosso país.
O que hoje se vê é libertinagem, é promiscuidade, drogas, sexo, uma verdadeira degradação do ser humano, um mau exemplo para a sociedade, atitudes que nos colocam perante o mundo como um povo promíscuo, hipócrita, ignorante que se preocupa com futilidades e fica indiferente aos problemas mais sérios pelos quais o país está passando. Teríamos, como verdadeiros patriotas, motivos para parar o país por cinco dias para festejar não se sabe o quê?
Há o argumento de que o carnaval movimenta a economia, mas será que o custo-benefício é compensador? Não conheço nenhuma pesquisa que comprove: o gasto de energia, o consumo de água, as toneladas de lixo lançada no meio ambiente, dinheiro público investido, gastos com a limpeza das cidades, com infraestrutura etc.
Pergunta-se ainda, se não tivesse carnaval: Quantos crimes teriam sido evitados? Quantas crianças e adolescentes não seriam explorados sexualmente? Quantos hospitais deixariam de disponibilizar espaços e medicamento para curar bebedeiras e atender vítimas de acidentes de trânsito causados por inconsequentes? Quantos policiais poderiam ser colocados a mais nas ruas para evitar assaltos, assassinatos de inocentes, fuga de bandidos das cadeias? Quanto os cofres públicos (dinheiro nosso) poderiam investir para o bem-estar da sociedade?
No carnaval o número de mortes de inocentes nas estradas bate recorde por causa do álcool, drogas e irresponsabilidade na direção. É um período de incentivo à imoralidade, desrespeito à figura da mulher, exploração sexual, adultério, brigas, proliferação de doenças, gravidez indesejada, aborto, estupro, consumo excessivo de drogas, depredação de patrimônio público, corrupção…
O Brasil tem hoje milhões de desempregados, escolas aos pedaços, hospitais sem assistência, famílias passando fome, cadeias superlotadas, bandidos aos montes nas ruas, justiça falha, impunidade, políticos corruptos…. É difícil entender como a população consegue num piscar de olhos, esquecer-se de tudo e mergulhar numa festa desenfreada, como se nada estivesse acontecendo.
Respeito os adeptos, também já o fui, mas é preciso se considerar maneiras de minimizar os impactos negativos, garantir a segurança de todos os participantes e preservar o meio ambiente. Se abordados de forma responsável, os benefícios culturais e econômicos do Carnaval podem ser amplamente desfrutados por todos, mas no Brasil isso é utopia…
Assim, alheio tudo, o povo continua feliz, porque na terra do carnaval e do futebol, “ao povo basta “pão e circo”, como dizia o Imperador de Roma.
*Artigo reeditado
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Carpe Diem. Por Ana Dalsasso
O ser humano, por natureza, construiu através dos tempos um conceito sobre “tempo”, mas se questionado inesperadamente para conceituá-lo, aquilo que parecia tão óbvio passa a ter outra conotação, pois diante da ciência a percepção de tempo tem muitas outras interpretações. Mas, hoje aqui vamos falar sobre o tema pelo viés de como temos vivido nosso “tempo”, a partir do dia a dia, das nossas perspectivas, ou quem sabe até do pensamento que um grande cientista um dia registrou: “o tempo é o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só.”
A grande verdade é que tempo e vida se confundem. Quando nascemos já trazemos a senha do dia do retorno…. Nosso tempo aqui é finito, mas não sabemos qual a nossa cota, podendo esvair-se a qualquer momento, pois a única certeza que temos é que a morte um dia chega. A vida tem um tempo para cada um e deve ser vivido intensamente, valorizando cada segundo, pois ele não espera por ninguém. A nós cabe a administração dele para que não o vejamos passar em vão.
Quando criança ouvia muito dos adultos: “tempo é dinheiro”, mas não compreendia. Hoje sei da profundidade dessa sabedoria popular. Para termos dinheiro precisamos de tempo, mas sem esquecer que existe o tempo da vida que não há dinheiro no mundo que compre, por isso não pode ser desperdiçado. É o grande presente dado por Deus para nos tornarmos melhores, aprendendo a valorizar tudo o que nos rodeia, e passo a passo construirmos nossa história, honrando nosso compromisso com a construção de um mundo melhor para as futuras gerações. Passar pela vida sem escrever sua história é ter vivido em vão.
É muito interessante os diferentes olhares sobre o tempo. Quando somos crianças o tempo custa passar; quando jovens o tempo passa normal; na idade adulta passa muito rápido, voando como dizemos; e na velhice o tempo logo desaparece. Por isso, é preciso valorizar cada segundo, gastando-o de forma produtiva, evitando o seu desperdício com inutilidades. É preciso viver bem o presente porque o passado é apenas memória; o futuro é a projeção que fazemos no presente, e logo será passado também. E como diziam os antigos em latim: “Carpe Diem”, viver bem, aproveitar o tempo fazendo o necessário em cada momento da vida.
Você já parou para refletir que o tempo atual parece estar passando rápido demais? Mal comemoramos as festas de final de ano já estamos entrando no mês de fevereiro. Carnaval, logo vem a páscoa, dia das mães, férias, dia da pátria, eleição, e já estaremos no final de mais um ano. E daí nos apavoramos… Meus Deus, mais ano de passado e menos um de futuro! Mas, será que o tempo está passando rápido demais, ou nós não estamos sabendo administrá-lo? Será que este mundo desenfreando e com tantas futilidades não está tomando nosso tempo sem agregar valores a nossa vida? Temos tirado tempo para olhar para nosso interior? Para nosso entorno? Como temos conduzido o tempo que Deus nos deu? O tempo é vida….E não volta. É como uma flecha: irreversível. Um segundo perdido pode enterrar sonhos acalentados durante anos. Uma partida de futebol tem seu tempo determinado. Não alcançado o objetivo no previsto outras situações acontecem, porém, a verdade é que há um limite, pois, o resultado é inadiável… Segundos tornam-se decisivos, e eis que um chute, no último segundo, muda o que parecia impossível. Assim é a nossa vida.
Lamentavelmente poucos se dão conta da finitude do tempo, e quando se dão conta descobrem que já é tarde demais. Muitos passam a vida inteira correndo atrás de bens materiais e esquecem de viver. Vamos valorizar cada momento definindo prioridades, buscando objetivos, vivendo a vida com toda intensidade, pois ela é passageira.
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Ansiedade. Por Ana Dalsasso
Há poucos dias escrevi sobre a importância das férias em nossas vidas, e coincidentemente comecei a leitura de um livro do renomado autor Augusto Cury, intitulado “ Ansiedade – como enfrentar o mal do século”, onde ele faz relatos interessantíssimos sobre a doença que atinge coletivamente a humanidade, das crianças aos adultos, fechando o último capítulo assim: “férias, para serem “férias” para valer, devem limpar a mente, tranquilizar a emoção, ter doses elevadas de prazer, sono, reposição de energia e descanso”.
Falo isso porque, indistintamente, todo trabalhador tem direito a férias, uma pausa para fazer o que bem quiser, desconectado de horário, compromissos, curtir a família, buscar lazer nas coisas mais simples, “descer do salto” literalmente, até virar criança, esquecendo por um curto período de tempo as preocupações. Viajar (quem pode), pescar, correr, inventar coisas, jogar conversa fora dançar, rir, enfim fazer tudo que lhe é de direito para limpar a mente e voltar energizado para o trabalho. Descanso é saúde. Mas, para se dar a esse “luxo” é preciso que o indivíduo se organize com antecedência, faça algumas economias, planeje. Sem organização não há plano que se concretize.
Toda essa introdução é para falar um pouco sobre a doença que entra silenciosamente, independente de idade, e está preocupando médicos, estudiosos, cientistas:a ansiedade, uma condição mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. As pessoas hoje sofrem tanto com ansiedade por uma combinação de fatores. O estilo de vida acelerado, a pressão social, as expectativas elevadas, a exposição constante às redes sociais, a incerteza econômica e política, a falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, juntamente com a diminuição do contato humano e o aumento das demandas da vida moderna, contribuem para o aumento dos níveis de ansiedade. Além disso, a falta de educação sobre saúde mental e o estigma associado a buscar ajuda também podem agravar o problema. É preciso reconhecer que a ansiedade não é uma fraqueza, mas sim uma resposta complexa a um ambiente desafiador.
A ansiedade pode se manifestar de diversas formas, desde preocupações persistentes e medos irracionais até ataques de pânico debilitantes. Seus efeitos não se limitam apenas ao aspecto mental, mas também afetam o bem-estar físico, influenciando a qualidade do sono, a saúde do sistema imunológico e até mesmo contribuindo para o desenvolvimento de condições crônicas. Por isso, é crucial promover a conscientização e o entendimento em relação a esse problema, buscando formas de apoio e tratamento adequados. Além disso, é importante adotar abordagens que visem a redução do estresse, a promoção da saúde mental e a criação de ambientes mais favoráveis para que as pessoas possam lidar com os desafios contemporâneos.
Conscientes de que ansiedade é um fenômeno contemporâneo ocasionado pela mudança muito rápida do mundo, pela pressão constante, a incerteza do futuro, a competição exacerbada e a conectividade digital ininterrupta, cuja tendência é só aumentar, é importante que aprendamos a lidar com ela buscando ajuda em leituras, em profissionais da saúde, praticando o autocuidado, criando formas saudáveis para viver, encontrando equilíbrio e bem-estar em um mundo cada vez mais complexo e exigente.
Sugiro aos pais, professores, jovens e adultos em geral a leitura do livro de Augusto Cury.