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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Que venha 2024. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso29/12/2023 16h30
Os anos 2020, 2021, 2022, marcados pela trágica pandemia que abalou o mundo, foram divisores de águas em nossas vidas. A cada ano que se finda uma angústia inexplicável toma conta de nós. Vivemos inseguros, medos nos rodeiam evidenciando a falta de perspectivas de paz, harmonia, amor, união e fraternidade na humanidade.
Terminamos 2022 confiantes que a pandemia faria parte do nosso passado, apesar das marcas profundas deixadas, e teríamos um 2023 diferente. Mas, o que vivenciamos está longe de ser o que sonhamos, longe dos planos que Deus nos preparou. O ano que ora finda foi atípico. Convivemos com guerras, doenças, mortes prematuras e inexplicáveis, tragédias, no mais amplo sentido da palavra, mas acima de tudo com o meio ambiente ameaçado, não só pelas queimadas, enchentes, poluição, mas pela espécie de seres humanos que o habita. Ganância, arrogância, corrupção, exploração, falta de fé, ausência de amor vêm destruindo o Planeta a cada dia que passa.
Um novo ano iniciará…. Não podemos mudar o passado, tampouco prever o futuro, mas o presente a nos pertence e é nossa responsabilidade fazê-lo diferente. Temos competência para avaliar o que precisa ser mudado planejando metas para atuação em nosso entorno, pois as partes formarão o todo. Um novo ano se faz cotidianamente. Todo dia é dia de agir…. A vida é muito breve e não podemos deixá-la passar em vão. O tempo não nos pertence, ele é imortal. Um dia perdido na vida é irrecuperável.
Então, para celebrar a chegada de um novo ano podemos fazer uma analogia com um livro que contém 365 páginas (os dias), escrito em 52 capítulos (as semanas). Todo dia nos é dada a oportunidade de escrevermos um pouco de nossa história, lembrando que cada página virada não pode ser apagada ou reescrita. Ao final de cada semana fechamos um capítulo, e temos a oportunidade de repensar as falhas cometidas para iniciar o outro com atitudes renovadas. Ao final de cada ano trocamos de livro, isto é, traçamos novas metas (mais desafiadoras) que formarão um novo livro de nossa história. Vamos guardar as aprendizagens, as superações, os obstáculos que nos fortaleceram, tornando-nos mais sábios.
Para que erros não se repitam no ano que se iniciará, vamos nos perguntar, e com sinceridade responder: Temos lutado por nós? Cumprimos as promessas que fizemos? Aprendemos com o passado? O que realmente importa para nossa vida? Que caminhos nos levaram às conquistas? Que poder temos em nossas mãos? Qual a importância das pessoas em nossas vidas? Guardamos mágoas do passado? Estamos levando saldo negativo para o novo ano? Estamos nos permitindo ser felizes todos os dias?
Sendo assim, coloquemo-nos num estado reflexivo para um balanço sobre tudo o que fizemos e deixamos de fazer, nossos erros e acertos, metas alcançadas e as serem traçadas… Tempo de análise e recomeço. Olhar para dentro de nós e analisar de que forma, pessoal e profissionalmente, estamos cumprindo nossa missão. Sejamos gratos pelo dom da vida deixando para trás erros cometidos, levando apenas os aprendizados e o compromisso de começar um novo ano renovados e cheios de esperança. Viver a paz, o amor, sonhar com uma nova realidade e correr atrás de nossos sonhos.
Enquanto nos preparamos para embarcar nessa jornada, devemos lembrar que nem tudo está sob nosso controle. Haverá desafios, mas também oportunidades para crescimento e aprendizado. Olhemos para frente com esperança e determinação, mantendo a mentalidade aberta, adaptável e resiliente. Que todo dia seja ano novo!
Feliz 2024 aos leitores, amigos e parceiros de caminhada!
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Natal. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso20/12/2023 15h05
Mais um ano se aproxima de seu final e com ele as alegrias de celebração do Natal, uma época que nos convida à reflexão sobre nossa vida e nosso ser, lembrando que a vontade de Cristo é o crescimento do ser humano em todos os aspectos, em especial na solidariedade e fraternidade.
O Natal é um momento mágico…. Enquanto luzes brilham e melodias natalinas ecoam no ar, é importante pausar e contemplar o verdadeiro significado desta celebração, pois nela está a representação da esperança, da generosidade e do amor. É momento de expressarmos gratidão pelo que temos, estendendo a mão aos menos afortunados, doando um pouco do nosso tempo, recursos e compaixão. É essencial lembrarmos que a comemoração natalina vai além de presentes e festividades. Olhando para além das decorações reluzentes, há tantas histórias de pessoas que estão sofrendo, que estão solitárias ou enfrentando desafios. Um simples gesto de bondade pode iluminar o coração de alguém e trazer esperança em meio às dificuldades.
O Natal é uma data propícia para refletir a importância da família e dos relacionamentos significativos. É um tempo para nos reconectarmos com aqueles que amamos, compartilhando momentos especiais e criando memórias preciosas. Em um mundo cada vez mais conectado digitalmente, o verdadeiro valor dessas conexões humanas se torna ainda mais evidente. É também um momento de perdão e reconciliação, onde podemos deixar de lado as diferenças e cultivar o amor e a compreensão.
Além disso, o Natal também nos lembra da importância de cuidarmos do nosso Planeta. Podemos adotar práticas sustentáveis durante as celebrações, reduzindo o desperdício e respeitando a natureza. Ao fazer isso, estamos contribuindo para um futuro melhor para todos.
O Natal é uma oportunidade para avaliarmos nossas próprias atitudes e ações ao longo do ano. Uma autocrítica fiel servirá de base para traçarmos novas metas. Independentemente das circunstâncias que enfrentamos, sempre há espaço para acreditar em dias melhores e em um mundo mais amoroso. É uma época para abraçar a magia da temporada, cultivar a gratidão e espalhar a alegria para todos ao nosso redor.
O natal é o momento de nos comprometermos com Deus para que seja feita a Sua vontade em tudo o que acontecer em nossa vida pessoal, em família e em toda a humanidade. Que busquemos sempre o alimento espiritual e a estrela guia de Jesus para nos tornarmos mais humanos e mais santos a cada dia.
UM FELIZ E SANTO NATAL A TODOS!
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SOS EDUCAÇÃO. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso05/12/2023 16h00
Em toda minha trajetória de vida, como profissional da educação, acumulei experiências que renderam grandes lições, que talvez nem uma faculdade me daria. E, sirvo-me de algumas delas para registrar minha preocupação com os rumos que a educação vem tomando.
Estudar e evoluir é nossa obrigação; colocar em prática os ensinamentos apreendidos é a concretização da teoria adquirida. E aí começam realmente as nossas “provas”, para muitas das quais não fomos preparados. Preparamo-nos para tantas provas no decorrer da vida acadêmica, muitas das quais passamos raspando, ou até mesmo apenas decoramos conteúdos para tirar a “média”. Chegamos ao fim da graduação acreditando que estamos prontos para enfrentar nosso maior desafio mas, quando a realidade se apresenta, damo-nos conta de que pouco, ou quase nada sabemos. Então, percebemos que a teoria sozinha não nos faz caminhar. Nosso maior aprendizado começa no exercício da profissão. Quem passou “colando”, não terá de onde colar agora; quem matou aulas ou não estudou, não tem embasamento para pôr em prática. Na vida profissional somos submetidos a provas todos os dias. A luta pela nota máxima é cotidiana. Sempre haverá alguém à frente e atrás de nós, precisamos correr para não sermos atropelados. O mundo não tolera os medianos. Nem uma empresa quer um funcionário mais ou menos. Todas querem alguém que venha somar… Só soma quem detém o conhecimento, que deve ser renovado cotidianamente. No mercado competitivo quem estaciona, regride.
Como educadora, registro minha preocupação e indignação com o que temos acompanhado em relação à educação. Enquanto empresas evoluem e primam pela alta performance de seus colaboradores e serviços, a educação caminha para uma falência sem precedente. Sou da geração que ensinou Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil, Preparação para o Trabalho, Artes (no real sentido da palavra), além das disciplinas básicas, mas acima de tudo aprendemos e ensinamos: respeito, responsabilidade, moral, ética, comprometimento, e tantos outros valores que formaram uma geração responsável, comprometida com a vida.
Assusto-me com o que assistimos diariamente em grande parte das escolas. Não bastasse a carência na estrutura física, a falta de formação dos professores, as verbas desviadas, o desinteresse das famílias, temos que conviver com a insegurança no ambiente escolar. Aluno que bate em professor, grande parte dos professores doutrinadores empurrando a juventude para o descaminho. As escolas estão se tornando massa de manobra com uma inversão total de valores, famílias alienadas, jovens desorientados, a droga entra na escola facilmente, falta valorização da vida. E admite-se: grande parte dos educadores não tem habilidade para lidar com tal situação.
Lecionei no tempo em que o professor era avaliado pelo percentual de aprovação de sua classe, com provas rigorosas (vistoriadas pela direção), cuja aprovação dependia estudo exaustivo. Éramos cobrados pela Secretaria da Educação, através da direção da escola, que também tinha responsabilidade pelo sucesso de cada classe. Sem tecnologia, sem muitos recursos se fazia educação de qualidade. Foi com o advento da chamada promoção automática que teve início o caos no sistema educacional, por falta de preparação dos profissionais da educação. Sem reprovação, alunos, professores e pais se acomodaram e a cada ano pior se tornava o ensino. O Brasil é um país entre as dez mais poderosas economias do mundo, admirado pela capacidade econômica da natureza, mas ainda tem treze milhões de homens e mulheres com mais de 15 anos que são analfabetos. De quem é a culpa?
A educação tem questões sérias a serem resolvidas. A maior delas é a doutrinação. É preciso se ter em mente que a função concreta da escola é a formação de base científica e solidariedade social. É preciso que se imponha limites aos desmandos na educação. Quem poderá fazer isso? Nós professores… Temos o compromisso com as gerações futuras e nossa consciência nos cobrará pela negligência de hoje.
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É preciso valorizar nossa cultura. Por Ana Maria Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso06/11/2023 16h15
Outubro, além de conhecido como o “Outubro Rosa”, uma chamada especial às mulheres sobre os cuidados com o câncer de mama que tem ceifado muitas vidas, é um mês repleto de comemorações, algumas das quais podem ser muito bem aproveitadas como apoio pedagógico.
Por curiosidade, busquei algumas fontes e, por incrível que pareça há praticamente um evento de destaque para cada dia letivo, apenas em nível nacional. Uns já conhecidos, outros faz-se interessante tomar conhecimento, uma vez que a escola tem o compromisso de trabalhar a multidisciplinaridade, sem a qual não estará cumprindo as diretrizes curriculares. Vou elencar, por ordem, algumas selecionadas para em seguida expor meu ponto de vista. Em outubro comemora-se: o dia do idoso, dia dos animais, promulgação da Constituição de 1988, luta contra a violência à mulher, dia de segurança e saúde nas escolas, da pessoa com deficiência, dia da leitura, da criança, de Nossa Senhora Aparecida, do professor, conscientização sobre vacinação, dia da democracia, dia do livro, dentre outras. Uma riqueza de ideias que, se bem planejadas e trabalhadas com dedicação, renderão uma aprendizagem significativa da qual o aluno jamais esquecerá.
Essa introdução é para expor algo que me chamou a atenção: o fato de as escolas envidarem esforços para a comemoração de uma cultura que nada tem a ver com nosso país: o tal Halloween, um evento tradicional e cultural, que ocorre em países anglo-saxônicos, especialmente nos Estados Unidos, Canadá Irlanda e Reino Unido. Não faz parte da cultura brasileira, não havendo assim, razão para ficarmos estimulando nossas crianças a comemorarem algo sem o devido embasamento. Que sentido tem cultuar as bruxas em nosso país? Mas, é mania do brasileiro valorizar coisas de outros países, esquecendo as riquezas culturais que aqui temos. Parece que tudo que é do outro, vale mais do que é nosso! Por que não usar o potencial criativo de nossas crianças e jovens para divulgar a cultura deste Brasil tão rico, repleto de belezas, fatos, lendas que desconhecemos? É preciso que ensinemos nossas crianças a incorporarem culturalmente o sentido das coisas. Fazer por fazer de nada adianta.
A pergunta que não quer calar: pedagogicamente como foi desenvolvido o tema Halloween? Que lições foram tiradas? O que agregou ao crescimento pessoal e intelectual do aluno? Gostaria de saber… E que trabalhos foram realizados com as outras tantas datas nacionais acima enumeradas? Quero acreditar que tenham sido exploradas adequadamente.
Assim, é preciso lembrar: a escola não pode perder o foco. Vamos dar um basta à hipocrisia! É preciso resgatar e valorizar a educação incluindo mudança, educando para o pensar com responsabilidades: pedagógica, política e moral, dentro e fora da escola. Vamos pôr um fim ao culto às bruxas; temos coisas mais nobres a serem cultuadas. É compromisso da escola e do professor civilizar a nova geração que irá povoar o mundo. Valorizemos, pois, a cultura do nosso país.