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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Natal. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso20/12/2023 15h05
Mais um ano se aproxima de seu final e com ele as alegrias de celebração do Natal, uma época que nos convida à reflexão sobre nossa vida e nosso ser, lembrando que a vontade de Cristo é o crescimento do ser humano em todos os aspectos, em especial na solidariedade e fraternidade.
O Natal é um momento mágico…. Enquanto luzes brilham e melodias natalinas ecoam no ar, é importante pausar e contemplar o verdadeiro significado desta celebração, pois nela está a representação da esperança, da generosidade e do amor. É momento de expressarmos gratidão pelo que temos, estendendo a mão aos menos afortunados, doando um pouco do nosso tempo, recursos e compaixão. É essencial lembrarmos que a comemoração natalina vai além de presentes e festividades. Olhando para além das decorações reluzentes, há tantas histórias de pessoas que estão sofrendo, que estão solitárias ou enfrentando desafios. Um simples gesto de bondade pode iluminar o coração de alguém e trazer esperança em meio às dificuldades.
O Natal é uma data propícia para refletir a importância da família e dos relacionamentos significativos. É um tempo para nos reconectarmos com aqueles que amamos, compartilhando momentos especiais e criando memórias preciosas. Em um mundo cada vez mais conectado digitalmente, o verdadeiro valor dessas conexões humanas se torna ainda mais evidente. É também um momento de perdão e reconciliação, onde podemos deixar de lado as diferenças e cultivar o amor e a compreensão.
Além disso, o Natal também nos lembra da importância de cuidarmos do nosso Planeta. Podemos adotar práticas sustentáveis durante as celebrações, reduzindo o desperdício e respeitando a natureza. Ao fazer isso, estamos contribuindo para um futuro melhor para todos.
O Natal é uma oportunidade para avaliarmos nossas próprias atitudes e ações ao longo do ano. Uma autocrítica fiel servirá de base para traçarmos novas metas. Independentemente das circunstâncias que enfrentamos, sempre há espaço para acreditar em dias melhores e em um mundo mais amoroso. É uma época para abraçar a magia da temporada, cultivar a gratidão e espalhar a alegria para todos ao nosso redor.
O natal é o momento de nos comprometermos com Deus para que seja feita a Sua vontade em tudo o que acontecer em nossa vida pessoal, em família e em toda a humanidade. Que busquemos sempre o alimento espiritual e a estrela guia de Jesus para nos tornarmos mais humanos e mais santos a cada dia.
UM FELIZ E SANTO NATAL A TODOS!
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SOS EDUCAÇÃO. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso05/12/2023 16h00
Em toda minha trajetória de vida, como profissional da educação, acumulei experiências que renderam grandes lições, que talvez nem uma faculdade me daria. E, sirvo-me de algumas delas para registrar minha preocupação com os rumos que a educação vem tomando.
Estudar e evoluir é nossa obrigação; colocar em prática os ensinamentos apreendidos é a concretização da teoria adquirida. E aí começam realmente as nossas “provas”, para muitas das quais não fomos preparados. Preparamo-nos para tantas provas no decorrer da vida acadêmica, muitas das quais passamos raspando, ou até mesmo apenas decoramos conteúdos para tirar a “média”. Chegamos ao fim da graduação acreditando que estamos prontos para enfrentar nosso maior desafio mas, quando a realidade se apresenta, damo-nos conta de que pouco, ou quase nada sabemos. Então, percebemos que a teoria sozinha não nos faz caminhar. Nosso maior aprendizado começa no exercício da profissão. Quem passou “colando”, não terá de onde colar agora; quem matou aulas ou não estudou, não tem embasamento para pôr em prática. Na vida profissional somos submetidos a provas todos os dias. A luta pela nota máxima é cotidiana. Sempre haverá alguém à frente e atrás de nós, precisamos correr para não sermos atropelados. O mundo não tolera os medianos. Nem uma empresa quer um funcionário mais ou menos. Todas querem alguém que venha somar… Só soma quem detém o conhecimento, que deve ser renovado cotidianamente. No mercado competitivo quem estaciona, regride.
Como educadora, registro minha preocupação e indignação com o que temos acompanhado em relação à educação. Enquanto empresas evoluem e primam pela alta performance de seus colaboradores e serviços, a educação caminha para uma falência sem precedente. Sou da geração que ensinou Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil, Preparação para o Trabalho, Artes (no real sentido da palavra), além das disciplinas básicas, mas acima de tudo aprendemos e ensinamos: respeito, responsabilidade, moral, ética, comprometimento, e tantos outros valores que formaram uma geração responsável, comprometida com a vida.
Assusto-me com o que assistimos diariamente em grande parte das escolas. Não bastasse a carência na estrutura física, a falta de formação dos professores, as verbas desviadas, o desinteresse das famílias, temos que conviver com a insegurança no ambiente escolar. Aluno que bate em professor, grande parte dos professores doutrinadores empurrando a juventude para o descaminho. As escolas estão se tornando massa de manobra com uma inversão total de valores, famílias alienadas, jovens desorientados, a droga entra na escola facilmente, falta valorização da vida. E admite-se: grande parte dos educadores não tem habilidade para lidar com tal situação.
Lecionei no tempo em que o professor era avaliado pelo percentual de aprovação de sua classe, com provas rigorosas (vistoriadas pela direção), cuja aprovação dependia estudo exaustivo. Éramos cobrados pela Secretaria da Educação, através da direção da escola, que também tinha responsabilidade pelo sucesso de cada classe. Sem tecnologia, sem muitos recursos se fazia educação de qualidade. Foi com o advento da chamada promoção automática que teve início o caos no sistema educacional, por falta de preparação dos profissionais da educação. Sem reprovação, alunos, professores e pais se acomodaram e a cada ano pior se tornava o ensino. O Brasil é um país entre as dez mais poderosas economias do mundo, admirado pela capacidade econômica da natureza, mas ainda tem treze milhões de homens e mulheres com mais de 15 anos que são analfabetos. De quem é a culpa?
A educação tem questões sérias a serem resolvidas. A maior delas é a doutrinação. É preciso se ter em mente que a função concreta da escola é a formação de base científica e solidariedade social. É preciso que se imponha limites aos desmandos na educação. Quem poderá fazer isso? Nós professores… Temos o compromisso com as gerações futuras e nossa consciência nos cobrará pela negligência de hoje.
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É preciso valorizar nossa cultura. Por Ana Maria Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso06/11/2023 16h15
Outubro, além de conhecido como o “Outubro Rosa”, uma chamada especial às mulheres sobre os cuidados com o câncer de mama que tem ceifado muitas vidas, é um mês repleto de comemorações, algumas das quais podem ser muito bem aproveitadas como apoio pedagógico.
Por curiosidade, busquei algumas fontes e, por incrível que pareça há praticamente um evento de destaque para cada dia letivo, apenas em nível nacional. Uns já conhecidos, outros faz-se interessante tomar conhecimento, uma vez que a escola tem o compromisso de trabalhar a multidisciplinaridade, sem a qual não estará cumprindo as diretrizes curriculares. Vou elencar, por ordem, algumas selecionadas para em seguida expor meu ponto de vista. Em outubro comemora-se: o dia do idoso, dia dos animais, promulgação da Constituição de 1988, luta contra a violência à mulher, dia de segurança e saúde nas escolas, da pessoa com deficiência, dia da leitura, da criança, de Nossa Senhora Aparecida, do professor, conscientização sobre vacinação, dia da democracia, dia do livro, dentre outras. Uma riqueza de ideias que, se bem planejadas e trabalhadas com dedicação, renderão uma aprendizagem significativa da qual o aluno jamais esquecerá.
Essa introdução é para expor algo que me chamou a atenção: o fato de as escolas envidarem esforços para a comemoração de uma cultura que nada tem a ver com nosso país: o tal Halloween, um evento tradicional e cultural, que ocorre em países anglo-saxônicos, especialmente nos Estados Unidos, Canadá Irlanda e Reino Unido. Não faz parte da cultura brasileira, não havendo assim, razão para ficarmos estimulando nossas crianças a comemorarem algo sem o devido embasamento. Que sentido tem cultuar as bruxas em nosso país? Mas, é mania do brasileiro valorizar coisas de outros países, esquecendo as riquezas culturais que aqui temos. Parece que tudo que é do outro, vale mais do que é nosso! Por que não usar o potencial criativo de nossas crianças e jovens para divulgar a cultura deste Brasil tão rico, repleto de belezas, fatos, lendas que desconhecemos? É preciso que ensinemos nossas crianças a incorporarem culturalmente o sentido das coisas. Fazer por fazer de nada adianta.
A pergunta que não quer calar: pedagogicamente como foi desenvolvido o tema Halloween? Que lições foram tiradas? O que agregou ao crescimento pessoal e intelectual do aluno? Gostaria de saber… E que trabalhos foram realizados com as outras tantas datas nacionais acima enumeradas? Quero acreditar que tenham sido exploradas adequadamente.
Assim, é preciso lembrar: a escola não pode perder o foco. Vamos dar um basta à hipocrisia! É preciso resgatar e valorizar a educação incluindo mudança, educando para o pensar com responsabilidades: pedagógica, política e moral, dentro e fora da escola. Vamos pôr um fim ao culto às bruxas; temos coisas mais nobres a serem cultuadas. É compromisso da escola e do professor civilizar a nova geração que irá povoar o mundo. Valorizemos, pois, a cultura do nosso país.
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Como usar filmes em sala de aula. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso19/10/2023 15h30
Quando no exercício da docência, e também quando orientava professores em práticas pedagógicas, sempre fiz uso de filmes como ferramenta de ensino por ser um dos meios mais populares de expressão artística no mundo, possibilitando ao aluno um outro olhar sobre o processo de ensino, através do qual pode desenvolver o espírito crítico e ampliar o interesse pelo conhecimento e a pesquisa.
Usar filme, como recurso pedagógico, requer muita preparação dos professores, não podendo ser encarado como um entretenimento ou um passatempo de aula. Se bem preparado tem a capacidade de fazer com que o aluno apreenda mais conhecimento do que uma simples aula expositiva e a aprendizagem será mais significativa e crítica. É uma forma diferente de aprender, dando ao aluno liberdade de pensar e opinar sobre os valores embutidos na história, além de fortalecer o gosto pela arte, o hábito da leitura. Usar o cinema como ferramenta pedagógica é a grande oportunidade de trabalhar a multidisciplinaridade, ou seja, é um projeto de toda a escola, não apenas de um professor. Deve fazer parte dos objetivos traçados em cada disciplina, elaborados em conjunto no início de cada ano letivo, com a participação da coordenação pedagógica.
Como usuária que fui dessa ferramenta maravilhosa, quero aqui compartilhar a maneira como costumava conduzir minhas aulas com uso de vídeos. Todo processo era orientado antes de iniciar o filme. Trata-se de uma dinâmica que aponta três leituras indispensáveis a serem feitas: a globalizante, a concentrada e a funcional.
Na leitura globalizante: levantar pontos positivos e negativos; detectar as ideias principais; o que mudaria no filme.
Leitura concentrada: qual cena mais chamou a atenção (imagem, som, desempenho, etc.); qual o significado dessa cena; qual o modelo de sociedade apresentado no filme; qual ideologia o filme pretende passar; que consequência traz para a vida pessoal e para a sociedade.
Leitura funcional: contar as cenas principais (descrição sumária); anotar palavras chaves; imagens mais significativas; caracterizar, física e psicologicamente, os personagens; descrever músicas e efeitos; observar mudanças no decorrer das cenas.
A partir disso, várias atividades podem ser desenvolvidas usando o teor do filme para contextualizar a sociedade que vivemos, as diferenças, ideologias, as diversidades, a vida em nosso entorno, enfim a exploração do conteúdo depende da criatividade e vontade de cada professor. Existe uma infinidade de caminhos, mas isso demanda empenho, que muitas vezes falta aos nossos educadores. Muitos preferem a mesmice ao prazer que uma mudança de rotina pode trazer.
Como adepta que sempre ao uso do filme em sala de aula, com critérios pré-determinados, gostaria de recomendar aos professores que repensem essa prática, pois é uma forma de dar à escola a oportunidade de reencontrar a cultura ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois o cinema com a sétima arte sintetiza a estética, o lazer, os valores sociais.