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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Som da Liberdade. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso05/10/2023 16h00
Sempre fui apaixonada por cinema, tanto pessoal quanto profissionalmente, pela variedade de possibilidades de aprendizado que oferece, ampliando nossa visão de mundo, educando-nos para o convívio em sociedade respeitando a diversidade, aprendendo diferentes culturas, viajando por diferentes épocas históricas e tantas outras aprendizagens, dependendo do filme.
Faço essa breve introdução para falar de um filme, lançado nos Estados Unidos e recém-chegado ao Brasil, que deve ser assistido por todos, pincipalmente pais e educadores, por trazer à tona uma temática importantíssima, alertando-nos sobre o perigo que correm nossas crianças, não só em nosso entorno, mas em nível mundial. Lamentável constatar que há pouca atenção das autoridades, políticos e sociedade em geral sobre o tema, e quando alguém se propõe a fazê-lo, a grande mídia procura silenciar. Trata-se do filme “Sound of Freedom”, no Brasil com o título de “ Som daLiberdade”, é uma história real sobre tráfico de crianças, mostra os horrores vividos por vidas inocentes.
Falar de tráfico é repudiante, mas nenhum pode causar tanta repulsa quanto o tráfico humano, em especial de crianças, seres inocentes e indefesos. Conforme pesquisas, hoje temos, no mundo, entre cinco a seis milhões de crianças traficadas que são usadas para trabalho escravo, exploração sexual e até remoção de órgãos. O filme expõe numa narrativa densa e coesa o sofrimento vivido pelas famílias e pelas vítimas, a desesperança das crianças, a dor vivida neste submundo a que são lançadas, mas seu maior triunfo é a denúncia sobre a máfia de pedofilia internacional. Alguém que teve a coragem de enfrentar os poderosos e lançar um grito de socorro por nossas crianças.
O filme é um choque de realidade, pois nos leva a refletir até que ponto chega a maldade humana. Mostra-nos apenas um ponto da podridão que acontece nesse mercado que aumenta assustadoramente. Muitas coisas mais ainda estão escondidas e precisam ser destravadas. O filme serve para alavancar o desejo de cada cidadão em colaborar na construção de um mundo melhor. Não se trata de política ou de religião, argumentos usados pela crítica, mas sim de problemas humanos e éticos que precisam de soluções urgentes.
O Som da Liberdade é um filme para ser visto por todos aqueles que defendem a liberdade, a verdade, a coragem, a ética porque trata do ser humano, devendo, portanto, ser pensado, questionado e divulgado. A informação e o conhecimento que adquirimos devem ser levados adiante. Precisamos entender que pedofilia é crime indefensável, e não uma “doença” como grande parte da sociedade defende. Sem qualquer viés, o filme nos a realidade da sociedade.
Lembrando que, “ o sistema é bruto” e será sempre uma dura batalha, mas quero acreditar na coragem de quem o enfrentou e conseguiu trazer à tona uma amostra da verdade, pequena, mas significativa. Convido a todos para assistir ao filme e, que nunca nos acovardemos e saibamos defender nossas ideias, conscientes de que o tráfico humano e o abuso sexual infantil diz respeito a todos nós.
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Aprenda português diariamente. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso14/09/2023 15h45
O uso correto do idioma é de extrema importância porque através da língua, falada ou escrita, revelamos nossos pensamentos, nosso nível cultural, nossa capacidade de adaptação, nossa forma de ser e ver o mundo. Dominar o idioma não é apenas uma necessidade, mas um dever cívico de todos. Daí o compromisso e a responsabilidade de todo usuário com o que escreve, tanto com o conteúdo quanto com as normas gramaticais.
É comum ouvirmos pessoas dizendo que odeiam língua portuguesa por causa das regras e convenções que impõe, mas na verdade não é tão rígida assim, desde que nos habituemos a ter contato mais aprofundado para que possamos moldá-la corretamente em nosso cotidiano. Como professora da disciplina, ouvi muitas queixas a respeito da dificuldade que o aprendizado dela impõe, cabendo-me o compromisso de buscar estratégias para tornar as aulas atrativas e produtivas. Tarefa árdua, mas muito compensadora…
A língua portuguesa não é um “bicho de sete cabeças”, e é obrigação de todo brasileiro estudá-la e respeitá-la. É difícil, mas existem diferentes maneiras para aprender a memorizar normas e regras para reforçar o seu domínio. Praticar o português correto, tanto falando quanto escrevendo, deve ser um hábito diário. As redes sociais nos mostram diariamente o desleixo para com o idioma, pelas postagens feitas de qualquer jeito, repletas de incoerência, ambiguidades, clichês, palavrões, pontuação incorreta, frases mal construídas, falta de concordância e de acentuação, erros de ortografia e de digitação, uso excessivo de abreviações, abandono de maiúsculas e de pontuação, e tantos outros deslizes que expõem a falta de conhecimento dos usuários. Antes de se expor publicamente, as pessoas precisam ler e reler os escritos para evitar exposição ao ridículo.
Praticar o português correto em qualquer situação é um compromisso de todos, e a leitura é o caminho para aprimorar a comunicação. Ler é fundamental para o ato escrever, porque para dominar a escrita precisa-se, antes de mais nada, saber ler, pensar e escrever. Pensamos, registramos nossos pensamentos por meio da escrita e interpretamos a escrita pela leitura.
Tenha um livro sempre ao seu alcance… Leia também textos na internet, revistas, notícias etc. Leia algo todos os dias, nem que seja uma página apenas. Habitue-se a consultar o dicionário sempre que deparar com um vocábulo novo. Houve uma época (antes da chegada da internet) que eu orientava meus alunos enfatizando que em cada casa e em cada sala de aula de aula, na mesa do professor, um dicionário era material obrigatório. Hoje tudo ficou mais fácil, tudo está ao nosso alcance…. Não podemos mais alegar que livros são caros, pois estão em nossas mãos o tempo todo. Temos até audiobook… Mesmo assim, parece que quanto mais facilidade, menos as pessoas estão lendo. Perde-se muito tempo com futilidades e fofocas nas redes sociais.
Lembre-se que você tem compromisso com sua imagem. E uma boa imagem passa pela forma como você se expressa, apresenta-se, expõe-se em todas as situações de vida. Busque palavras novas, observe a construção da escrita, reescreva, interprete, leia muito, tenha um bom dicionário por perto, tente aprender pelo menos uma palavra nova por dia, converse com pessoas diferentes, escreva todos os dias, faça palavras cruzadas, instale jogos de palavras no seu celular, use sinônimos para evitar ser repetitivo quando escreve, leia e releia o que escreve antes de publicar.
Lembre-se que a leitura enriquece nosso vocabulário, dá-nos poder de argumentação, clareza e eficiência na exposição das ideias, levando-nos a diferentes mundos, tornando-nos mais perceptíveis e com o intelecto ampliado. E para isso precisamos só de duas coisas: paciência e motivação.
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O cavalo tarado. Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso04/09/2023 14h36
É impossível ser um educador e não se indignar com o ocorrido em escolas públicas do Rio de Janeiro há poucos dias com uma apresentação, dita “cultural”, para crianças das séries iniciais do ensino fundamental, usando um funk intitulado “Cavalo Tarado”, cuja letra reflete a realidade de um cavalo no cio. Uma verdadeira afronta à inocência de nossas crianças, um descrédito ao compromisso dos educadores para com as famílias e a sociedade, escancarando assim a falência da educação.
Sabemos que o “funk” é um ritmo forte de dança, eu particularmente não gosto, que surgiu nas periferias como um grito de denúncia ao mundo sobre as mazelas ali vividas, porém aos poucos foi se afastando do objetivo proposto, transformando-se as letras em verdadeiras baixarias, na maioria das vezes em apelo sexual deturpado. Uma verdadeira poluição sonora, uma afronta aos valores morais. Sexo é algo a ser tratado com respeito, dentro dos limites da moralidade, na hora e locais apropriados.
Num país onde a educação não é levada a sério, recursos básicos precários, investir 50 mil reais num grupo de dança para levar às escolas um teatro funk, com conteúdo pornográfico, é um deboche para com a sociedade. Que país é este que não zela pelo seu maior patrimônio? Que tipo de gestores e professores estão nas escolas que se submetem a isso? Aceitam, dançam e cantam juntos, e depois queixam-se que os alunos não têm respeito, cometem abusos, batem nos professores, transformam-se em projetos de marginais…
Isso aconteceu em escolas públicas de séries iniciais do ensino fundamental, onde as crianças devem ter os primeiros contatos com as responsabilidades do dia a dia, aprender a cumprir horários e regras, vivenciar valores morais e éticos, preceitos esses a serem incorporados para o seu crescimento pessoal, profissional e intelectual. Toda arte é uma forma mágica de passar ensinamentos, desde que atrelada aos objetivos da instituição. Daí nos questionarmos: que lições tirar de uma apresentação que retrata um cavalo no cio? Se o dinheiro investido fosse repassado à escola, quantas atividades artísticas poderiam ser feitas?
A escola tem de ser alegre, viva, um lugar prazeroso e eficaz onde crianças e jovens sintam-se seguros na caminhada, com professores comprometidos que ensinem, eduquem e influenciem oferecendo ensinamentos que deem sentidos à vida dos alunos. Os professores são soberanos na condução do processo ensino e aprendizagem e devem escolher o que melhor condiz com a realidade do seu educando, de forma atraente, motivadora, organizada, com métodos e limites.
Diante do exposto, cabe aqui um ensinamento do grande educador RUBEM ALVES: “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais” ( Rubem Alves).
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Descriminalização das DROGAS: sim ou não? Por Ana Dalsasso
Por Ana Maria Dalsasso28/08/2023 15h45
Falar de drogas é refletir sobre uma praga devastadora que se instalou na sociedade, do mais evoluído centro urbano ao pequeno e pobre vilarejo, nas escolas, famílias, ruas, independente de classe social, poder econômico, escolaridade, faixa etária. Um sério problema de saúde pública.
Cresce significativamente o consumo de drogas no Brasil. De acordo com pesquisas, somos o maior mercado mundial do crack e o segundo maior de cocaína. É urgente rever as políticas de prevenção buscando soluções eficientes, pois o consumo de drogas altera não só o físico, mas profundamente o psicológico. Um indivíduo viciado não traz prejuízo apenas para si, mas sim para a sociedade em geral. Famílias são destruídas, escolas desestruturadas, vidas interrompidas prematuramente, e acima de tudo, aumentam as despesas com tratamentos de saúde.
O comércio de drogas é poderoso. Muito mais complexo do que imaginamos. O traficante é a raiz do problema. Ele mata a esperança de um futuro promissor para nossas crianças e jovens, e enriquece à custa do sacrifício das famílias destroçadas. Erradicar o traficante é impossível, pois atrás dele há uma máfia intransponível, muitas vezes composta por quem deveria estar nos protegendo.
Toda essa introdução é para conversar sobre o que está em discussão no STF por ora: “descriminalização das drogas”. Aliás, me pregunto por que razão está no Supremo a legalização de algo, quando o compromisso de legislar é da Câmara? Num país como o nosso tudo é possível. Mas, por mais que tentem me convencer, sou contra a essa medida descabida.
Penso que, leis existem, mas são frouxas, inexequíveis; o Estado precisa rever suas estratégias de combate ao crime, inclusive o de tráfico internacional de drogas; legalizar não diminuirá traficantes nem reduzirá o custo; a corrupção continuará porque o narcotráfico faz parte do sistema e está infiltrado em todos os âmbitos, em especial no político e outros mais que, por precaução, não elucidarei aqui, uma vez que nossa liberdade de expressão está sendo cerceada. A legalização poderá abrir precedentes que levarão a situações caóticas.
É muita hipocrisia defender a liberação das drogas enquanto falta educação, saúde, saneamento básico, segurança, emprego… Vivemos em um país que não se preocupa em priorizar a solução dos graves problemas sociais, oferecendo reais condições de sobrevivência dignas para todos. Lamentável…