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Ana Maria Dalsasso Educação
É Professora de Comunicação. Formada em LETRAS – Português/Inglês e respectivas Literaturas, Pós-graduada em Metodologia do Ensino pela Universidade Federal de SC - UFSC, cursou a primeira parte do Doutorado em Educação pela Universidade de Jáen na Espanha, porém não concluiu. Atua na área da Educação há mais de quarenta anos. Em sua trajetória profissional, além de ministrar aulas, exerceu a função de Diretora de Escola Pública, Coordenadora Pedagógica da Escola Barriga Verde, Pró-Reitora de Ensino de Graduação do UNIBAVE/ Orleans. Dedica parte de seu tempo livre com trabalhos de Assistência Social e Educacional, foi membro do Lions Clube Internacional por longos anos, hoje faz parte da AMHO – Amigos do Hospital, além de outros trabalhos voluntários na comunidade e seu entorno. Revisora de trabalhos acadêmicos: Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
Meio Ambiente. Por Ana Dalsasso
Definida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1974, a data de 5 de junho celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, ocasião em que o mundo todo deve voltar suas atenções para debates, estudos de soluções para os problemas ambientais, mas acima de tudo despertar cada dia mais a consciência mundial sobre a necessidade de preservação do Planeta para que nele seja possível a vida no futuro. É preciso atitude e responsabilidade porque está em jogo nosso ecossistema, nossa biodiversidade e nossa saúde.
A evolução do conhecimento científico e a industrialização despertaram, há alguns anos nos líderes mundiais, a preocupação sobre a preservação da natureza e o desenvolvimento sustentável, surgindo assim as chamadas conferências internacionais sobre o meio ambiente para buscar formas alternativas de desenvolvimento de forma a garantir a preservação ambiental.
Assim, em 1972 foi realizada em Estocolmo a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano que reuniu 113 países. Foi um marco histórico por ser tratar do primeiro grande encontro internacional com representantes de diversas nações para discutir os problemas ambientais. Nessa ocasião foram elaboradas propostas e criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente com foco na poluição do ar, da água e do solo.
Em 1992, o Rio de Janeiro foi sede da chamada de Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, com representantes de 172 países e diversas organizações ambientais, onde foram assinados diversos acordos, ficando definido o período de dez anos para um novo encontro com avaliação dos resultados e a projeção de novas metas.
Em 2002, na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, reuniram-se 189 países para a chamada Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável para discutir o desenvolvimento sustentável “com base no uso e conservação dos recursos naturais renováveis e a reafirmação dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), proclamados dois anos antes pela ONU”. Nessa conferência houve muitas críticas pela falta de resultados concretos em relação as metas traçadas para a década, motivada por ambições políticas.
Em 2012, no Rio de Janeiro aconteceu a chamada Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável com a presença de representantes de 193 países com uma grande cobertura jornalística, acompanhada em nível mundial. Nova avaliação das políticas ambientais apontou severas críticas pela falta de comprometimento com as metas estabelecidas nas conferências anteriores. Essa conferência resultou em um documento chamado “O futuro que queremos”, reafirmando inúmeros compromissos a serem avaliados no próximo encontro.
Fiz esse resgate histórico para justificar meu ponto de vista no primeiro parágrafo quando afirmo que falta atitude e responsabilidade com a preservação da vida no Planeta. As avaliações feitas nas conferências e o que vemos no dia a dia nos dão a certeza que estamos longe de alcançar o nível ideal de preservação, pois são anos e anos de devastação que continuam deixando marcas, algumas irrecuperáveis. Em nome do progresso, da ganância e das grandes transformações econômicas, o homem continua destruindo a natureza. As gerações futuras pagarão um alto preço por isso.
A falta de cuidado com o meio ambiente reflete na saúde da população. A OMS aponta que cerca de 13 milhões de pessoas morrem a cada ano no mundo por causa problemas ambientais que poderiam ser evitados, não fosse a ganância humana
Os fatos aí estão… Precisa-se de atitude, não podemos dar as costas ao problema. É hora de deixar a teoria de lado e começar a usar a consciência para dar nossa contribuição. O meio ambiente é nosso e as futuras gerações não poderão pagar pela ganância e o consumismo.
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O que é o tempo? Por Ana Dalsasso
O ser humano, por natureza, pelo senso comum construiu através dos tempos um conceito sobre “tempo”, mas se questionado inesperadamente para conceituá-lo, aquilo que parecia tão óbvio passa a ter outra conotação, pois diante da ciência a percepção de tempo tem muitas outras interpretações. Por essa razão, hoje aqui falaremos sobre o tema pelo viés de como temos vivido nosso “tempo”, a partir do dia a dia, das nossas perspectivas, e quem sabe até do pensamento que um grande cientista um dia registrou: “o tempo é o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só”.
A grande verdade é que tempo e vida se confundem. A vida tem um tempo para cada um, que deve ser vivido intensamente, valorizando cada segundo, pois ele não espera por ninguém. Um minuto perdido na vida é irrecuperável, cabendo a cada um a administração do seu tempo para que não o veja passar sem ter sido vivido. Quando criança ouvia muito dos adultos, em especial de meus pais: “tempo é dinheiro”. Naquela época não compreendia, mas hoje sei da profundidade dessa sabedoria popular. Para termos o dinheiro precisamos do tempo para ganhá-lo, mas sem esquecer que existe o tempo da vida que não pode ser desperdiçado, e deve ser vivido intensamente. Precisamos valorizar tudo o que nos rodeia, e passo a passo construirmos nossa história, pois temos compromisso com a construção de um mundo mais humano, justo e fraterno para as futuras gerações.
É muito interessante os diferentes olhares sobre o tempo. Quando somos crianças o tempo custa passar; quando jovens o tempo passa normal; na idade adulta passa muito rápido, “voando” como dizemos; e na velhice o tempo logo desaparece. Ao nascer trazemos uma senha com a hora do retorno. Nosso tempo aqui é finito…. Não sabemos qual a nossa cota, podendo esvair-se a qualquer momento, pois a única certeza que temos é que a morte um dia chega. Por isso, é preciso valorizar cada segundo, gastando-o de forma produtiva, evitando desperdício de tempo com inutilidades. Viver o presente, porque o passado é apenas memória; o futuro é a projeção que fazemos no presente, e logo será passado também. E como diziam os antigos em latim: “Carpe Diem”, viver bem, aproveitar o tempo fazendo o necessário em cada momento da vida.
Viver cada segundo é de vital importância …. Em diversos momentos da vida um segundo pode mudar: destinos, sonhos acalentados durante anos…. Uma partida de futebol tem seu tempo determinado. Não alcançado o objetivo no previsto outras situações acontecem, porém, a verdade é que há um limite, pois, o resultado é inadiável… Segundos tornam-se decisivos, e eis que um chute, no último segundo, muda o que parecia impossível. Imaginemos o sentimento de um corredor que perde a corrida, um título tão sonhado e planejado, no último segundo da competição? E tantas outras situações que num segundo podem mudar vidas…
Assim é o tempo na vida de cada de nós. Não podemos desperdiçá-lo, pois não volta. É como uma flecha: irreversível. Por isso, valorizar cada momento definindo prioridades, buscando objetivos, vivendo a vida com toda intensidade é o nosso grande compromisso, pois ela é passageira.
E como disse Dalai Lama: “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.
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Leitura: Passaporte para o sucesso. Por Ana Dalsasso
A leitura é a mais poderosa arma para o desenvolvimento integral do cidadão, pois desenvolve criatividade, curiosidade intelectual e senso crítico, dando-lhe habilidade para entender o mundo, argumentar seus pontos de vista, persuadir, comunicar-se e buscar sua realização pessoal e profissional. Além de ampliar o conhecimento, a leitura enriquece o vocabulário, melhora a escrita, desenvolve a habilidade de comunicação e desperta o interesse de aprender e conhecer cada vez mais o mundo e a realidade que o cerca.
É inegável que somente pela leitura temos nossa capacidade de escrita ampliada, nosso vocabulário enriquecido, nosso poder de persuasão aguçado, levando-nos ao sucesso pessoal e profissional, desde que não façamos do hábito de ler uma atividade mecânica, mas sim um exercício cultural que se aperfeiçoa diariamente. Ler não é o simples fato de folhear páginas de livros; o conceito de leitura vai muito além do que nossa visão alcança. Precisamos aprender a penetrar nas entrelinhas de tudo o que nos rodeia, pois é lá que a essência das coisas se esconde. Pensamos, registramos nossos pensamentos por meio da escrita e interpretamos a escrita pela leitura. É preciso que nos conscientizemos que o homem se torna livre por meio da palavra, seja ela de que forma for.
O hábito da leitura deve ser cultivado desde a infância no seio familiar. A criança que cresce num ambiente onde o livro é presença constante, em que os pais demonstram interesse pela leitura, incorporará o hábito naturalmente. Esse processo se solidificará com a ida à escola, quando os professores exercerão papel fundamental na formação de bons leitores.
Com a evolução tecnológica surgiram novas ferramentas de leitura, e é preciso que os professores potencializem o uso delas. A internet facilitou muito, porque a leitura está a um clique nas telas dos tablets, celulares…. Não lê quem não quer. Hoje as redes sociais tomam uma boa parte do tempo dos jovens e crianças, mas cabe à escola e família a habilidade de transformar a tecnologia numa grande aliada para o desenvolvimento de bons leitores. É preciso haver discernimento, senso crítico para depurar as informações. As redes sociais são ótimas tanto para disseminar ideias, tornar alguém popular e como também pode arruinar reputações, pela facilidade e rapidez da comunicação. É exatamente esta rapidez que induz à pobreza de vocabulário, a erros sérios de escrita, à deficiência na caligrafia. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar seu uso. E essa ponderação, esse entendimento passam pela leitura, cabendo a escola a intermediação nesse processo.
A leitura nos leva a diferentes mundos, torna-nos mais perceptíveis, dá-nos sensibilidade, amplia nosso intelecto. Tornamo-nos cidadãos respeitados quando sabemos expressar com clareza nossos conhecimentos contribuindo para as mudanças tão presentes e urgentes na sociedade atual.
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Descriminalização do aborto: sim ou não? Por Ana Dalsasso
Depois de algum tempo em “stand-by” volta à discussão a descriminalização do aborto, um assunto polêmico que divide opiniões. São muitos os argumentos prós e contras. De um lado os desfavoráveis por considerarem que a partir da fecundação um novo ser já existe e deve ser respeitado; do outro os favoráveis por considerarem que a vida só começa com o nascimento. Cada qual com seus argumentos e ideologias. Mas, será que o assunto está sendo levado à discussão como deveria para que não se caia numa armadilha, crie-se mais uma lei como tantas outras, só por criar? Será que a legislação vigente já não é suficiente para a solução do problema?
Sabemos que o art. 128 do Código Penal Brasileiro, datado de 1940, define as hipóteses de aborto legal, ou seja, aquele que poderá ser praticado por médico, auxiliado por sua equipe médica, em duas situações: quando a gravidez é resultado de abuso sexual ou põe em risco a saúde da mulher. Além disso, em 2012, um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que é permitido interromper a gestação quando se trata de feto anencéfalo, ou seja, não possui cérebro.
Considerando a evolução da medicina em 80 anos, ainda se pode afirmar que uma gravidez de risco precisa ser interrompida para resguardar a saúde da mulher? Talvez o código penal tivesse que se adequar, pois os novos recursos oriundos das altas tecnologias oferecem a segurança necessária. No entanto, o que se busca agora é a legalização do aborto por motivos dos mais variados, como: gravidez indesejada, razões particulares dos casais, superpopulação, a baixa renda da família, enfim tantos outros argumentos. Porém para quem defende o direito à vida, nada justifica roubar de um ser indefeso o direito de vir ao mundo, com exceção dos casos já previstos em lei. Somos sabedores que, com lei ou sem lei, o aborto é uma prática antiga, e a clandestinidade sempre existirá.
Estamos vivendo a era da banalização do sexo, promovida pela mídia manipuladora que hipocritamente expõe nossas crianças e jovens ao sexo precoce, sem responsabilidade, levando a muitas gravidezes indesejadas, engrossando as filas em busca de abortos clandestinos, colocando em risco muitas vidas. Não é o aborto que vai resolver o problema. Falta orientação sexual nas famílias, nas escolas, falta comprometimento da sociedade para com os cidadãos, falta políticas públicas de auxílio à gestante, falta campanhas de conscientização, falta informação sobre o risco de gravidez indesejada e das consequências advindas de um aborto, principalmente clandestino.
Há quem defenda a ideia de que a mulher é dona do seu corpo e tem direito de escolher o que achar melhor para si. Mas, terá ela o direito de matar uma vida que se instalou em seu corpo, um ser humano que depende dela por um determinado tempo? Ambos têm direitos iguais. É preciso preservar a vida humana. E para que isso aconteça é preciso chamar à responsabilidade a mulher, mas de igual forma o homem porque ele tem tanta responsabilidade quanto ela na gravidez, com uma única diferença: não será o corpo dele que carregará nove meses uma vida, mas deve ser parceiro durante a caminhada.
Li, gostei e compartilho com os leitores: “As mulheres que escolhem abortar porque acham que não está na hora de ter um filho, deveriam não reclamar quando um homem abandona uma mulher grávida porque não está pronto para ser pai”.