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BLOG

Jaison Bez Fontana
Treze de Maio em Destaque

Jaison Bez Fontana: Formado em jornalismo em 2002 pela Unisul, foi assessor de imprensa da prefeitura de Treze de Maio entre 2005 à 2020. Atualmente é assessor de imprensa da Câmara Municipal e vice-presidente da Academia de Letras do Brasil Santa Catarina (ALBSC), seccional Treze de Maio. Fora do meio acadêmico, se aventura como marceneiro restaurando móveis antigos e chef de cozinha em um centro de eventos da cidade e em celebrações particulares.

Santa Cruz e São Roque. Por Jaison Bez Fontana

Por Jailson18/05/2023 15h44

Foi no ano de 1887 que chegaram os primeiros imigrantes em Azambuja, onde fundaram a primeira colonização do sul de Santa Catarina. Para o Rio Cintra (hoje Santa Cruz) vieram as famílias: Molon, Grassi, Barlanda, Brolese, Espirele, Nandi e Bardini.

Alguns anos depois vieram outro grupo de famílias que passaram e se instalaram há dois km em direção ao centro de Treze de Maio, no Rio Coruja. As famílias foram De Pieri, Modolon, Micheletto, Cancelier e Guarezi, onde poucos anos depois formaram a comunidade de São Roque.

Em 1887, outro grupo chega ao Rio Cintra para ocupar mais lotes, são elas: De Biazi, Zanela, Cacciatori, Sartori, Ghizzo, Brunel, Simoni, Tanchella, Mussoi, De faveri, Raldi, Minato, Fornaza, Magagnin e Margeroth, este último seguiu para Araranguá.

As primeiras medições do local começaram por légua quadrada. Colocavam os instrumentos no sentido Norte-Sul começando por Azambuja. Depois era traçado uma linha no meio dos dois sentidos, formando quatro quadrantes e daí partiam para a medição dos lotes.

Os lotes eram de 275 m de largura por 1.100m de comprimento. Terminada a primeira légua quadrada, traçavam outra encostada à primeira, e assim sucessivamente, formando travessões de longa distância no sentido Norte-Sul, Leste-Oeste. Foi um destes travessões que deu o nome à comunidade de Santa Cruz. Um travessão vinha de São Pedro, Urussanga Baixa, rumo Boa Vista, Sertão dos Mendes. Outro vinha de Jaguaruna, Treze de Maio, rumo Azambuja, Linha Pacheco. Estes travessões se cruzavam justamente onde é Santa Cruz. Na época as estradas eram picadas abertas para a medição das terras.

No cruzamento formavam uma cruz. Mais tarde foi construída uma cruz e fincada no local do cruzamento, passando a se chamar Santa Cruz, devido que os moradores eram todos católicos fervorosos.

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Gruta Nossa Senhora da Saúde e Igreja Nosso Senhor dos Passos – Linha Fragnani. Por Jaison Bez Fontana

Por Jailson10/05/2023 14h00

A Linha Fragnani anteriormente se chamava Jesuíno Corrêa, mas não se sabe em que data passou a se chamar Linha Fragnani. De acordo com os moradores mais antigos, Mansueto Fragnani era o proprietário de uma grande quantidade de terras no local, e tinha uma tradição. Quando os filhos casavam, ele cedia um pedaço de terra para começar sua nova vida, já as mulheres ganhavam o enxoval para sua nova casa. Ora, se somente os homens ficavam, e são eles que propagaram o sobrenome da família, começou a se ter então, uma grande quantidade de “Fragnanis” reunidos num só lugar. A partir daí, passou a ser chamar popularmente de Linha Fragnani, ou linha onde moram os Fragnanis.

E é na Linha Fragnani que temos dois dos maiores pontos turísticos do município: A Gruta Nossa Senhora da Saúde e Igreja Nosso Senhor dos Passos.

A gruta Nossa Senhora da Saúde foi fundada em 25 de novembro de 1990, homenageando o próprio Mansueto Fragnani pela fé e coragem. Já a igreja de Nosso Senhor dos Passos foi inaugurada em 11 de novembro de 1998 e é um deslumbrante mirante natural.

Todos os anos acontece no local a Romaria das Flores (sem data definida) e a encenação na Páscoa, onde os fieis saem da Igreja Matriz São José e caminham 3 km até o local, simbolizando o sofrimento de Cristo.

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Colina Nossa Senhora Aparecida – São João de Urussanga Baixa. Por Jaison Bez Fontana

Por Jailson27/04/2023 17h00

Sonho, fé e união transformaram a pequena comunidade de São João de Urussanga Baixa, localizada em Treze de Maio, em um centro de orações e peregrinações de milhares de fiéis que visitam o ano inteiro a gruta de Nossa Senhora Aparecida.

Tudo começou em 1969 com a morte de Maria Cechinel Niero, devota da Santa, que tinha um sonho de construir no terreno da família uma gruta de oração. No mesmo ano, a família de Maria, liderada pelo seu esposo Elias Niero, reuniu os netos e filhos e, com o auxílio do carro de tração animal, levaram as pedras até o alto do morro e, assim, construíram uma pequena gruta no local onde fica hoje a imagem.

Foi a partir daí que começou a peregrinação dos fiéis até o local. Segundo Eunice Mrotskoski Niero, o acesso até o alto, antigamente, era bem difícil e atraia muita gente na Sexta-feira Santa. “Desde a década de 70, muitos fiéis vinham fazer suas orações na grutinha, principalmente na Semana Santa. E foi por este motivo que a comunidade se uniu para construir a imagem com 13 metros de altura, do chão até a sua coroa”, salienta Nice, como é conhecida pelas pessoas.

E foi através desta união da comunidade que foi dado início às obras em 1998. Várias pessoas fizeram contribuições espontâneas, doações e um bingo foram suficientes para conseguir concretizar a obra, que ficou pronta em 9 meses, feita pelas mãos do escultor, Paulo Afonso, que mora em Pindotiba.

A festa de inauguração foi realizada no dia 12/10/1999 e, desde este dia, milhares de devotos vão até a gruta pagar promessas ou então pedir uma graça à padroeira do Brasil.
A comunidade está no caminho que liga o Centro de Treze de Maio com a cidade de Morro da Fumaça, pelo bairro Estação Cocal.

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Monumento ao Imigrante. Por Jaison Bez Fontana

Por Jailson11/04/2023 17h01

Olá!
Seja bem-vindo a coluna “Destaques de Treze de Maio”.

Sou Jaison Bez Fontana, formado em jornalismo em 2002 pela Unisul, fui assessor de imprensa da prefeitura de Treze de Maio entre 2005 à 2020. Atualmente sou assessor de imprensa da Câmara Municipal e vice-presidente da Academia de Letras do Brasil Santa Catarina (ALBSC), seccional Treze de Maio. Fora do meio acadêmico, me aventuro como marceneiro restaurando móveis antigos e chef de cozinha em um centro de eventos da cidade e em celebrações particulares.
A partir de agora, vamos nos encontrar toda semana aqui.

 

O monumento ao imigrante, localizado no final da Avenida dos Imigrantes, na comunidade da Lage, em Treze de Maio, tem seu início em uma festa de São Cristóvão.

Na época, que foi entre os anos de 1989 a 1992, quando o então prefeito da cidade, Sr. João Bressan Bardini teve o projeto de fazer uma avenida no lugar do que antes era uma Estrada Geral, buscando assim urbanizar o trajeto.
De acordo com algumas fontes, a estrada citada passava dentro de propriedades e que para os proprietários, não havia vantagem em perder aquele pedaço de terra. Seguindo então o eixo da Linha Fausto Júnior, de acordo com as demarcações de terra feitas em 1887, o prefeito, juntamente com uma equipe de técnicos, transpassou a Estrada Geral para uma avenida que se localizava bem em cima da divisa dos terrenos dos proprietários, a partir daí começaram as obras e hoje temos uma importante via que liga o centro a várias comunidades.
O nome escolhido “Avenida dos Imigrantes”, foi justamente para homenagear os primeiros habitantes desta terra chamada Treze de Maio. Mas, sabe-se que ali não foi o caminho de entrada dos imigrantes italianos para Treze de Maio, na verdade, eles vieram de Azambuja por Santa Cruz, seguindo o Rio Coruja, passando por São Roque até chegar no lugar onde chamariam de Quadro.
Então, avenida planejada, mas faltava algo mais para abrilhantar esta obra, sugeriu-se então um monumento dedicado aos imigrantes. Este surgiu das mãos do escultor Paulo Afonso, de Pindotiba, e a história volta então para a festa de São Cristóvão citada acima.

Na época, na tradicional procissão motorizada, foi feita uma homenagem aos imigrantes com vários carros alegóricos, e numa dessas alegorias estava a Sr.ª Terezinha Garbelotto Bez Fontana, com um traje típico da colonização italiana, incluindo saia, avental, lenço, chapéu, entre os utensílios usados naquele tempo de colonização.


Vendo aquela figura, o então pároco, padre Nivaldo Ceron, a convidou para que fosse modelo para um monumento que estavam planejando. Como o escultor morava em Pindotiba e a obra seria feita lá, Terezinha, hoje com 69 anos, foi retratada com os trajes típicos do desfile pelo fotógrafo José Caetano Reynaldo, popular Cascatinha, e enviaram a foto para Paulo Afonso iniciar a obra. Já quem serviu de modelo para o homem do monumento foi o Sr. Edgar Fregnani, que também foi retratado pelo fotógrafo.

Infelizmente a placa de inauguração do monumento foi roubada e por isso não temos uma data específica da inauguração do mesmo, mas a lei nº 42/1991, publicada em 23 de Abril de 1991, já denominou “Avenida dos Imigrantes” para aquela via pública.
Na base do monumento pode-se perceber duas pedras de atafona, em referência à fabricação de farinha de milho, matéria-prima para fazer a tradicional polenta, comida típica do imigrante italiano.

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