Estamos apenas no início de 2023 e seis mulheres já perderam suas vidas, vítimas de feminicídio, em Santa Catarina e 2.617 medidas protetivas  foram requeridas. Os dados são do Observatório da Violência contra a Mulher de SC, que desde março de 2021 trabalha no monitoramento, registro e análise de dados relacionados à violência contra mulheres e meninas no Estado.

Desde 2021, conta com um canal virtual que integra redes de atendimento e serviços de proteção, dados dos números da violência e das medidas protetivas requeridas, e de notícias e publicações que incentivam o debate sobre a temática da violência contra a mulher e a necessidade de promoção de campanhas e ações que tratem deste problema social. O site também disponibiliza de material para estudos, vídeos e cartilhas.

Em 2022, o Observatório de Violência contra a Mulher registrou 23.308 requerimentos de medidas protetivas e 56 feminicídio no estado.

Outro dado que chama a atenção é o número de estupros registrados em 2022. De janeiro de 2022 e dezembro do mesmo ano, 1211 casos foram registrados. As cidades de Joinville, Florianópolis, São José, Itajaí, Chapecó, Blumenau, Palhoça, Lages, Camboriú, Balneário Camboriú, Criciúma, Brusque, Biguaçu, Itapema, Jaraguá, Rio Negrinho, Caçador, Navegantes, Laguna, Gaspar, Araranguá, Concórdia, Içara e Mafra juntas somam mais da metade dos casos registrados nos 295 municípios do estado.

De acordo com a coordenadora operacional e delegada Cláudia Regina Bernardi da Silva, os dados são coletados entre o primeiro e último dia de cada mês.

A Delegada Cláudia afirma que os desafios e objetivos para 2023 estão centrados na “obtenção de dados de cada instituição, por município, permitindo o conhecimento da realidade local para subsidiar a adoção de políticas públicas específicas e eficazes, tornando o OVM/SC referência na produção de dados e de conhecimento sobre as ações de enfrentamento à violência contra a mulher”.

Comitê estabelece metas para 2023

Nesta segunda-feira, dia 13, o Comitê Gestor do Observatório da Violência Contra a Mulher de Santa Catarina  (OVM/SC) realizou a primeira reunião do ano para estabelecer metas para o colegiado em 2023. O encontro ocorreu na Assembleia Legislativa, representada no grupo pela Bancada Feminina do Parlamento.

Anne Teive Auras, defensora pública e vice-coordenadora do Comitê Gestor do (OVM/SC), destaca os principais planos do grupo para 2023.”Aprofundar os dados, as informações que o Observatório já conta no seu site, atualizar essas informações e ter mais dados. Ter a análise também, a sistematização desses dados com pareceria com órgãos que fazem pesquisa, que fazem estudo. Também queremos avançar na disponibilização de cursos relacionados à violência doméstica e familiar contra a mulher e as violências de gênero para a população em geral. E na articulação com a rede de atendimento dos municípios catarinenses pra que a gente possa fortalecer essa rede e atendimento à mulheres de todo o estado”.

Os sintomas do câncer infantil e juvenil têm muitas semelhanças com os de doenças comuns. Neste dia 15, Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantojuvenil, a Secretaria de Estado da Saúde aproveita para conscientizar os catarinenses quanto à importância do diagnóstico precoce. Por isso, consultas frequentes ao pediatra são fundamentais já que esses profissionais conseguem identificar os primeiros sinais da doença e encaminhar a criança para investigação e tratamento especializado.

Em Santa Catarina, existem dois serviços de oncologia de referência no tratamento de crianças e adolescentes com câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), em Florianópolis, e outro no Hospital Jeser Amarante Faria, em Joinville.

No estado, os pacientes infantojuvenis que possuem suspeita da doença são encaminhados a consultas especializadas para tratamento imediato. Atualmente, cerca de 200 pacientes com idade até 15 anos estão em tratamento em Santa Catarina. O tipo de câncer mais frequente é a leucemia.

Para a chefe do Serviço de Oncologia Pediátrica do HIJG, a médica pediatra oncologista Ana Paula Winneschhofer, as pessoas não devem ter medo de falar sobre câncer, e o dia internacional alusivo à data, criado em 2002, ajudou nesse processo de conscientização. “Essa movimentação, de falar sobre câncer, é para fazer com que as pessoas pensem. A maior causa de morte na infância, depois de acidentes, é o câncer. Por isso, a necessidade de disseminar o conhecimento sobre os sintomas, que devem ser notados pelos familiares e pelos pediatras”, alerta.

Entre os sintomas, a médica destaca palidez, cansaço, recusa de se alimentar, manchas roxas pelo corpo, sangramentos, dores de cabeça, vômito ao acordar, perda de peso, febre oscilante, dor ao caminhar e quando a criança pede muito colo. “A recomendação mais importante é: leve a criança regularmente ao pediatra. Pelo menos uma vez por ano. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, temos mais possibilidades de tratamento e de cura. Se os pediatras tiverem dificuldade no diagnóstico ou de encaminhamento para o serviço especializado, podem entrar em contato conosco”, orienta a médica.

Outro ponto importante na prevenção ao câncer infantojuvenil é manter as vacinações em dia. As vacinas contra a hepatite e contra o HPV previnem contra alguns tipos de câncer, por exemplo. “A pandemia trouxe dificuldade na conscientização sobre a vacinação das nossas crianças. Porém, é importantíssimo manter o calendário vacinal dos nossos filhos em dia”, enfatiza a médica oncologista.

Tema de pauta na sessão da Câmara de Vereadores de Orleans que foi realizada na segunda-feira, 13, a retirada do projeto pelo Executivo, que prevê o reajuste salarial dos professores municipais gerou discussão e polêmica.

Em entrevista ao Jornal da Guarujá, na manhã desta quarta-feira, 15, o prefeito de Orleans Jorge Koch, deu mais detalhes sobre o projeto e sobre o que motivou a retirada.

Em 2022, a prefeitura já havia concedido um aumento de 17% a todos os os servidores municipais, incluindo os professores, já em novembro foi encaminhado um PL para Câmara de Vereadores para o reajuste de 19,36 % para professores nível 5, referência A e 10 % para professores  B, C e D, o prefeito afirma que na ocasião o Projeto foi enviado com erro no valor do reajuste. ” No corpo do Projeto, quando foi para a Câmara, ele foi equivocado, com 19 %  de reajuste (Professores B,C e D), gerando esse empasse. O setor responsável fez o Projeto de Lei que passou pelo jurídico e foi encaminhado para a Câmara. A secretária de educação percebeu e me avisou que o PL que  havia ido para Câmara no ano passado foi equivocado,  eu mandei uma revogação para a Câmara que não chegou a discutir. Resolvi tirar o PL da pauta e vamos repensar no que fazer. O importante é que em janeiro do ano passado todos os professores tiveram um reajuste. Agora vou repensar como dar o reajuste para a categoria B,C e D, se será de 10% ou 19%, por isso deu impasse”, afirmou Koch.

“Não é que eu não queira dar, o que nós queremos é conceder um reajuste digno, justo, merecedor ao professores que o caixa da prefeitura possa suportar. Nós administramos a cidade para 24 mil habitantes não para 600 servidores ou para 195 pessoas. O contexto é maior, a gente reconhece que nós vamos estudar esta semana e se for necessário encaminhamos de novo e a Câmara aprecia, se eles entenderem que devem votar a favor votam, ou contra votam”.

Com a retirada do Projeto de Lei da Câmara, vereadores tanto da oposição como da base aliada  e o sindicato  se manifestaram contra a decisão da retirada.

A presidente do Sintramor Janes Lorenzi, também concedeu entrevista ao Jornal da Guarujá. A presidente afirmou que os servidores estão aborrecidos por vários fatores que estão sendo feitos de maneira errada. ” Os professores ficaram bem felizes que iriam ter o aumento, mas não receberam, quem deveria receber o reajuste de 19.36% não recebeu, tanto é que as professoras filiadas ao Sintramor nos procuraram já em novembro porque não receberam o valor que estava estipulado em lei. Entramos com requerimento e o prefeito, se está na lei ele terá que pagar este valor. Mesmo quem deveria receber 19,36% recebeu 10%.

“Se ele assumiu o compromisso para ser  prefeito tem que ter a responsabilidade de tudo o que sai da prefeitura, principalmente quando vai para a Câmara de Vereadores para ser votado”, destacou Janes.

Janes ainda informou que a comunicação junto ao prefeito é sempre uma dificuldade e que o executivo não aceita sentar e conversar. ” A gente quer sentar com ele e conversar, mas como sempre ele enrola, quando ele primeiro deveria ter tempo de atender o servidor público que é quem trabalha e toma conta da cidade”, finalizou a presidente.

Confira entrevista completa

Estão abertas as inscrições para o curso de Elétrica Industrial, exclusivo para mulheres. O projeto é um oferecimento da SCGÁS, em parceria com a empresa Prronto e Prefeitura Municipal, e podem participar mulheres de 18 a 50 anos, que saibam ler e escrever e não tenham trabalho formal. As aulas serão realizadas de 20 de março até 12 de maio, das 7h às 12h, na sede do Clube Atlético De Villa.

“O objetivo principal é capacitar e inserir essas mulheres vulnerabilizadas no mercado de trabalho. Queremos ampliar o horizonte dessas mulheres e transformá-las, mostrar que elas não são minorizadas e podem, mesmo sem grau de instrução nenhum, aprender através de uma metodologia de ação, entrar no mercado de trabalho independente da idade”, explica a Diretora de Gente e Gestão da Prronto e professora do curso, Cássia Fernandes.

O curso é pautado em habilidades socioemocionais e técnicas, e não possui custo algum. São 30 vagas e todo o material será oferecido pela Prronto, desde camiseta até os kits de ferramentas e simuladores.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 10 de março, no Cras de Urussanga, ou pelo link: https://forms.gle/wCbamrLNeQXM675T8