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BLOG
Rafael De Conti Urologia & Saúde Sexual Masculina
Dr. Rafael De Conti
CRM: Nº 11042 / RQE: Nº 5242
O Dr. Rafael De Conti atua desde 2005 no sul do Estado de Santa Catarina. É médico graduado pela Universidade Federal de Ciências Médicas (UFCSPA), em Porto Alegre (RS).
Curso de Medicina na Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre - FFFCMPA – (atual UFCSPA).
Residência Médica em Cirurgia Geral - Título de Especialista pelo CRM-SC e Conselho Federal de Medicina.
Residência Médica em Urologia no Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre, pela UFSCPA (RS).
Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia.
Preceptor e Instrutor de cirurgia do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital São José, em Criciúma - SC.
Professor do curso de medicina da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), disciplina de Urologia.
Membro da American Urological Association.
Médico Urologista do Corpo Clínico do Hospital São José, São João Batista e Unimed - Criciúma - SC.
Síndrome da bexiga dolorosa. Por Dr. Rafael De Conti
Por Rafael De Conti07/02/2025 15h00
Foto/Reprodução Banco de Imagens – Freepik.com
As sociedades de urologia dos diversos países definem a síndrome da bexiga dolorosa (SBD) como uma sensação desagradável — dor, desconforto, pressão — relacionada à bexiga, com duração superior a seis semanas, na ausência de infecção ou outras causas identificáveis.
Acomete mais as mulheres do que os homens, e um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que ocorre em aproximadamente 200 para cada 100.000 mulheres.
E por que ela ocorre? Existem muitas teorias, mas a mais aceita é que ocorre uma falha na mucosa (membrana interna) da bexiga, deixando com que compostos tóxicos na nossa urina penetrem nos tecidos da bexiga e causem dor.
A dor é o sintoma predominante e piora com o enchimento da bexiga e melhora com o esvaziamento. Geralmente, ocorre na região acima do púbis, mas pode manifestar-se na uretra, vulva, vagina e reto. O aumento da frequência miccional é muito comum nesses pacientes, assim como a urgência em urinar, que ocorre em 85% dos pacientes. Muitos desses pacientes têm doenças psiquiátricas associadas, como a depressão, pânico e ansiedade.
Esta doença tem importante impacto na qualidade de vida, no desempenho profissional e nas relações pessoais.
O diagnóstico é clínico e de exclusão, devendo o médico urologista sempre excluir outras doenças mais frequentes antes de firmar este diagnóstico. As doenças mais comuns que devem ser excluídas são a cistite, cálculos urinários, prostatite, tuberculose urinária, endometriose, câncer de próstata e câncer da bexiga.
Sempre realizamos exame físico completo do abdome e pelve, e toque retal. Exames de urina são necessários, assim como exames de imagem e, muitas vezes, um exame neurológico da bexiga chamado urodinâmica, onde são colocados sensores dentro da bexiga do paciente. O exame de imagem mais realizado é o ultrassom. Muitas vezes, também realizamos uma endoscopia da bexiga, chamada cistoscopia, com biópsias de áreas alteradas dentro da bexiga.
TRATAMENTO: O tratamento depende do julgamento clínico do médico, da gravidade e de atender às necessidades do paciente, com decisões conjuntas entre o médico e o paciente. Incluem:
Manejo do estresse e métodos de relaxamento
Manejo psicológico
Fisioterapia
Modificação comportamental (evitar certos tipos de alimentos, restrição diária de líquidos e manejo do estresse com exercícios físicos e meditação)
Educação do paciente quanto à doença
Analgésicos e medicamentos usados dentro da bexiga
Cistoscopia com anestesia para distender a bexiga
Aplicação de botox no músculo da bexiga
Neuromodulação
Por último, cirurgias grandes com desvios do sistema urinário, que são irreversíveis e mórbidas.
O tratamento é chamado multimodal, com terapias associadas e multidisciplinar, com trabalhos compartilhados entre médicos, fisioterapeutas, psicólogos, psiquiatras, especialistas em dor, ginecologistas e gastroenterologistas.
Sempre deixamos claro para o paciente que é uma condição crônica, com episódios de melhora, outros de piora, e que o objetivo principal é atenuar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, sendo que nem sempre é possível a remissão completa ou a cura da doença.
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Genitoplastia Feminilizante e Masculinizante: O que você precisa saber sobre as cirurgias. Por Dr Rafael de Conti
Por Rafael De Conti02/12/2024 14h00
Foto/Ilustrativa
Junto com as cirurgias de harmonização facial e do tórax, a genitoplastia é a cirurgia usada no processo de transformação de gênero nos pacientes transexuais.
Tanto a MASCULINIZAÇÃO quanto a FEMINILIZAÇÃO GENITAL são cirurgias complexas. Algumas precisando mais de uma etapa. Para isto precisa-se de preparo psicológico e hormonal, assim como equipe de multiprofissionais especializados, parar garantir os melhores resultados estéticos e funcionais.
Genitoplastia masculinizante
A genitoplastia masculinizante é realizada em homens transexuais, ou seja, pacientes geneticamente femininos que se identificam como homens. Os objetivos cirúrgicos são a retirada do útero e ovários, do colo do útero, alongamento e retificação do clitóris (que já está mais desenvolvido devido ao uso de hormônios) e ainda a escrotoplastia, que é o remodelamento dos grandes lábios da vagina, transformando-o em bolsa escrotal. Depois é reajustada a uretra (canal da urina) e inseridas próteses de testículos. Ao término, o aspecto é de um genital masculino bastante satisfatório, embora de tamanho reduzido, visto que o comprimento do pênis assim configurado é limitado ao tamanho que o clitóris adquiriu com o uso de hormônios masculinos, variando de 4,8 a 5,5 centímetros. Isto geralmente não é problema, pois o mais importante para estes pacientes é conseguir urinar em pé nos banheiros públicos, sendo a penetração durante o ato sexual uma exigência secundária, pois muitos já vivem conjugalmente com parceiras que não têm exigências em relação à atividade sexual com penetração. Existe a opção de ter um neopênis maior, com retalhos ou enxertos cutâneos tubulares, transferidos de outras regiões como o antebraço ou abdome, porém procedimento este ainda com inúmeras complicações.
Genitoplastia feminizante
A genitoplastia feminizante é realizada nas mulheres transexuais, ou seja, pacientes geneticamente homens que se identificam como mulheres. Os objetivos cirúrgicos são a retirada dos testículos, a ressecção dos corpos cavernosos do pênis e da uretra do pênis, com preservação da pele peniana para convecção da neovagina. A pele da bolsa escrotal é usada para fazermos os grandes lábios.
É importante mencionar que, além dos controle hormonais, os pacientes devem ter seguiment0 psicológico e avaliação médica regular de longo prazo após a cirurgia para prevenir, diagnosticar e tratar as complicações.
Onde os pacientes podem fazer estas cirurgias?
No Sul do País o centro de referência é o Hospital de Clínicas em Porto Alegre. Pelo Sistema Único de Saúde somente em centros credenciados, que incluem o já referido Hospital de Clínicas, o Hospital da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Hospital de Clínicas de São Paulo e mais 3 centros em Goiânia, Pernambuco e Salvador. Existem outros locais e cirurgiões que atuam na esfera privada, mas os locais referidos acima são os mais conhecidos no meio urológico.
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68° Encontro Catarinense de Urologia em Nova Veneza e a importância do Novembro Azul. Por Dr. Rafael De Conti
Por Rafael De Conti05/11/2024 14h35
Foram meses organizando o 68° Encontro Catarinense de Urologia, que ocorreu nos dias 1 e 2 de novembro de 2024, em Nova Veneza. Tudo com o apoio da Sociedade Brasileira de Urologia, entidade de muito orgulho para nós Urologistas. Cerca de 40 urologistas e seus familiares de todo o estado ficaram encantados com a pitoresca cidade da nossa região.
A programação científica foi bem ampla, incluindo temas de Uro-oncologia, urologia feminina, novas tecnologias no tratamento da hiperplasia da próstata, urologia da criança e do adolescente, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros assuntos. Na festa de encerramento, realizada no sábado, não faltaram, é claro, polenta, massa e uma animada banda italiana para alegrar os colegas de todo o estado.
Novembro Azul: Mês de cuidar dos homens
O mês de novembro é um período dedicado à saúde do homem, especialmente à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de próstata, uma das doenças mais comuns entre os homens. A campanha Novembro Azul tem o objetivo de alertar sobre a importância do cuidado com a saúde masculina, incentivando os homens a adotarem uma postura proativa em relação ao seu bem-estar.
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente entre os homens brasileiros, e a detecção precoce é fundamental para o sucesso no tratamento. Na fase inicial, o câncer de próstata geralmente é assintomático. Por isso, exames preventivos, como o toque retal e o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), são indispensáveis, especialmente para homens a partir dos 50 anos, ou a partir dos 45 para aqueles com histórico familiar da doença.
Infelizmente, o preconceito e a desinformação ainda afastam muitos homens dos consultórios, comprometendo o diagnóstico precoce e as chances de cura. É essencial que os homens entendam que cuidar da saúde é um ato de responsabilidade e que o exame de próstata é simples e rápido, podendo fazer toda a diferença na prevenção e tratamento da doença.
Durante o Novembro Azul, convidamos todos a refletirem sobre a importância do autocuidado e da prevenção. Converse com seus familiares e amigos, incentive aqueles que estão na faixa etária de risco a fazer os exames preventivos. Lembre-se: cuidar da saúde é um ato de amor-próprio e respeito pela vida.
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Orquialgia: Diagnóstico e tratamento da dor testicular crônica. Por Dr Rafael De Conti
Por Rafael De Conti13/09/2024 14h08
Foto/Arquivo
A dor testicular crônica, na linguagem médica, orquialgia, é a dor testicular intermitente ou constante, com duração maior de 3 meses, e que impacta na qualidade de vida do paciente. É uma condição de difícil tratamento, devido à multiplicidade de causas. Representa, no consultório do urologista, aproximadamente 3% das consultas, sendo sempre um desafio para o urologista.
Dentre as causas de dor, temos:
os cistos do epidídimo, órgão que armazena os espermatozoides que são produzidos nos testículos
varicoceles, que são varizes do cordão
infecções do testículo e epidídimos
traumatismos
torção do testículo ou apêndices dos testículos
câncer do testículo
dor após cirurgia de hérnias
vasectomia
inflamações dos vasos sanguíneos, chamada de vasculites
diabetes
aneurisma da aorta
doenças musculares
inflamação do púbis
Existem também os transtornos psicológicos que levam à dor, como depressão, disfunção sexual, ansiedade, história de abuso sexual, transtornos bipolares.
Não encontramos uma explicação para a dor em 25 a 50% dos casos, e chamamos de Orquialgia Idiopática.
A investigação clínica detalhada pelo urologista sempre inclui uma história detalhada da vida sexual e das cirurgias realizadas pelo paciente.
Exame físico detalhado sempre é realizado, avaliado a genitália, testículos e às vezes é necessário fazer toque retal para avaliação de doenças da próstata.
Dentre os exames, realizamos sempre exames detalhados da urina, níveis de testosterona e níveis de vitamina b12. O principal exame de imagem é o ultrassom testicular com doppler, muitas vezes sendo necessário também a tomografia computadorizada do abdome para descartarmos cálculos no sistema urinário, aneurismas ou hérnias inguinais. Se o paciente tiver dor no quadril ou lombar, pedimos ressonância magnética da coluna.
Tratamento
O urologista é sempre o primeiro a ser procurado, mas muitas vezes associamos especialistas em dor, psiquiatra e fisioterapeutas. Se temos um diagnóstico específico, como por exemplo um tumor do testículo, vamos tratá-lo adequadamente. Aconselhamos dependendo da causa calor ou gelo, elevação do escroto com suspensórios, diminuição de cafeína- frutas ácidas – chocolate. Deve-se evitar ficar sentado por muitas horas.
Dentre os medicamentos, manejamos com antibióticos, anti-inflamatórios, e antidepressivos. Casos não temos sucesso com medicamentos básicos, podemos fazer bloqueios anestésicos regionais. Acupuntura e fisioterapia do assoalho pélvico deve ser indicada em casos selecionados.
E quais as cirurgias usadas para solucionar casos específicos. Reversão de vasectomia, correção de varicocele, retirada do epidídimo, denervação microcirúrgica do cordão espermático. Já a orquiectomia, que é a retirada do testículo, só é realizada nos casos que todos os tratamentos não tiveram sucesso
Como vimos acima, a dor testicular crônica é uma doença desafiadora para o paciente e para urologista, sendo necessário dispender muita atenção ao paciente, pois leva a sofrimento, problemas no trabalho e desconforto crônico. Em determinadas situações, doenças graves como o câncer do testículo são identificadas.