Conectados demais: ansiedade e degeneração mental. Por Vanesa Bagio
A nova era da conectividade, transformou as telas companheiras constantes, moldando nosso dia a dia e nossa forma de interagir com o mundo. Embora a tecnologia ofereça inúmeros benefícios, como acesso à informação e conexão com pessoas distantes, o uso excessivo de dispositivos eletrônicos trouxe riscos sérios à saúde mental, muitas vezes invisíveis a curto prazo.
O excesso de tempo diante das telas impacta diretamente o funcionamento cerebral. A exposição prolongada está prejudicando as áreas do cérebro responsáveis pela atenção, memória e tomada de decisões. O termo “podridão cerebral” vem sendo usado popularmente para descrever a sensação de fadiga mental causada por estímulos constantes, como notificações, vídeos rápidos e multitarefa digital.
Esses estímulos reduzem a capacidade de foco prolongado e promovem uma busca incessante por gratificação instantânea, diminuindo nossa tolerância ao tédio e à reflexão profunda, desconectando contatos presenciais de pessoas com pessoas . Além disso, a luz azul emitida por telas pode interferir no ciclo do sono, afetando ainda mais o equilíbrio emocional e cognitivo.
Telas e Ansiedade
A relação entre o uso excessivo de telas e a ansiedade é preocupante. Redes sociais, por exemplo, expõem os usuários a comparações constantes, reforçando sentimentos de inadequação e insegurança, medo de exclusão (Síndrome de FOMO) e dependência da validação externa. Essa “hiperconexão” e hiperfoco emocional pode amplificar a ansiedade e criar um ciclo vicioso de consumo digital.
Além disso, as informações excessivas e muitas vezes alarmantes veiculadas online podem desencadear preocupações desproporcionais, como crises de ansiedade relacionadas a notícias negativas ou desinformação.
Fiquem em alerta aos sinais, eles indicam que o uso de telas pode estar comprometendo a saúde mental:
- Dificuldade de desconectar, mesmo em momentos de descanso.
- Sensação de irritabilidade ou ansiedade quando longe do dispositivo.
- Redução da qualidade do sono.
- Fadiga mental ou dificuldade em se concentrar.
- Sentimentos de tristeza ou frustração ao usar redes sociais.
Práticas para minimizar os impactos negativos:
- Defina horários específicos para usar dispositivos e evite telas antes de dormir.
- Faça pausas regulares.
- Reserve momentos diários sem dispositivos para atividades como leitura, exercícios físicos ou tempo em família.
- Priorize conteúdos que agreguem valor e reduza o tempo em redes sociais ou plataformas que causam desconforto.
- Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir e crie um ambiente favorável ao descanso.
É importante buscar apoio de um profissional para dar início a psicoterapia quando sentir ansiedade ou esgotamento mental, podemos identificar gatilhos e desenvolver estratégias para lidar com os impactos emocionais da conectividade excessiva.
O desafio não é eliminar as telas, mas sim usá-las de maneira consciente e equilibrada. A saúde mental deve ser uma prioridade, especialmente em um mundo cada vez mais conectado. Afinal, a verdadeira qualidade de vida está em encontrar o equilíbrio entre o digital e o real.
Fique bem!
Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”