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Mais Wi-Fi, menos vida social: o apocalipse da convivência real. Por Vanesa Bagio

Por Vanesa Bagio27/03/2025 15h00
Foto/Reprodução

Você já esteve em um jantar ou num momento de bate-papo com amigos e, de repente, percebeu que todos estavam olhando para o celular? O silêncio constrangedor, os olhares que não se cruzam, as risadas que surgem de uma tela, não da conversa ao redor da mesa. Será que era uma conversa virtual? Você se sente presente, mas ao mesmo tempo invisível.

Isso está acontecendo cada vez mais. Estamos nos afastando uns dos outros sem nem perceber. O toque e o abraço foram substituído por emojis, a conversa olho no olho pelo áudio de 10 segundos, a atenção pelo “scroll” infinito, rola para cima e para baixo. Nos preocupamos mais com o que acontece na tela do que com quem está ao nosso lado. E isso está destruindo nossa capacidade de conviver.

Se antes o medo era um apocalipse zumbi, hoje enfrentamos algo ainda pior: um apocalipse emocional. Continuamos de pé, mas cada vez mais desconectados da vida real.

Existe um vírus invisível chamado internet e está matando nossas relações sociais, trazendo doenças emocionais através de um solidão disfarçada, onde nunca estivemos tão “conectados” e, ao mesmo tempo, tão sozinhos. A ilusão da interação virtual cria uma falsa sensação de pertencimento, mas, na prática, os encontros presenciais se tornam raros e desconfortáveis.

O famoso déficit de atenção que já é crônico desenvolvido porque pulamos de uma aba para outra, mas não conseguimos manter uma conversa sem olhar o celular. O cérebro viciado em dopamina não suporta pausas ou silêncios naturais das interações humanas.

Transtornos mentais relacionados a ansiedade e depressão originados da comparação constante com vidas editadas das redes sociais alimenta insegurança, insatisfação e angústia. As interações artificiais roubam o prazer do contato verdadeiro.

E quando vem a pergunta que não quer calar: o que vale mais um abraço sincero ou um comentário genérico em uma foto? Parece uma pergunta clichê, mas observe como as redes substituíram as interações significativas por reações vazias.

Seguem algumas dicas para ter saúde emocional e sobreviver ao apocalipse digital:

✔ “Dieta” digital: defina horários para usar o celular e “NÃO” o pegue enquanto estiver conversando com alguém. Parece básico, mas já é um grande avanço!

✔ Encontros presenciais: marque cafés, almoços e encontros reais. Seu cérebro precisa reaprender a interagir sem filtros.

✔ “Detox” de redes sociais: experimente um final de semana offline e observe como seu humor melhora. O mundo real ainda existe e está esperando por você!

✔ Olho no Olho: pratique conversas sem distrações. Resgate a habilidade de escutar e ser ouvido sem precisar de uma tela como intermediária.

✔ Viva o momento: aprenda a aproveitar sem a necessidade de postar.

A internet é uma ferramenta poderosa, mas quando mal utilizada, nos rouba o que temos de mais valioso: as conexões humanas reais. Então, desligue o Wi-Fi de vez em quando e reconecte-se à vida. Antes que seja tarde. Lembre-se: pessoas reais conectam-se com histórias reais.

Fique bem!

 

Siga @vanesabagio.psi para buscar mais informações e lembre-se: “Sua saúde mental importa tanto quanto qualquer outra área da sua vida.”

 

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