“Senão” ou “se não”? “Trás” ou “traz”? Por Vanessa Perin
Muitos advogados confundem “senão” (caso contrário ou exceto) com “se não” (caso não). Usar essas palavras de maneira correta é crucial para a precisão dos documentos jurídicos, já que tais expressões têm significados diferentes.
“Se não”: equivale a “caso não”:
Exemplo certo: Se não houver recurso, a decisão será final.
Exemplo errado: Senão houver recurso, a decisão será final.
“Senão”: equivale a “caso contrário” ou “exceto”.
Exemplo errado: A decisão foi comunicada, se não não teríamos feito.
Exemplo certo: A decisão foi comunicada, senão não teríamos feito.
Uso de “trás” e “traz”
Outro erro frequente é a confusão entre “trás” (posição atrás) e “traz” (verbo trazer).
“Traz”: Verbo trazer.
Exemplo errado: O oficial de justiça trás os documentos.
Exemplo certo: O oficial de justiça traz os documentos.
“Trás”: Indica posição (atrás).
Exemplo errado: Não olhe para traz. Siga em frente.
Exemplo certo: Não olhe para trás. Siga em frente.
Garantir o uso correto de “senão” e “se não” assim como “trás” e “traz” é essencial para a precisão e clareza dos documentos jurídicos. Praticar essas distinções não apenas fortalece sua comunicação escrita, mas também evita interpretações equivocadas que poderiam afetar negativamente seu trabalho.
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