APAE de Cocal do Sul realiza treinamento para defesa de ameaças e ataques
O objetivo não foi de assustar ou alarmar os profissionais, mas discutir meios de prevenir através do reforço da segurança
A APAE Cocal do Sul vem cuidando atentamente do reforço à segurança de alunos e profissionais, após o ataque à creche de Blumenau, em 3 de abril, que causou comoção em todo o Brasil, e também acendeu um alerta quanto à segurança das unidades escolares. Monitoramento das câmeras, campainha em portão, contratação de vigia, redução de acessos, rotas de fuga e outras ações foram pensadas e estão sendo colocadas em prática na instituição.
Pensando nisso, na última quinta-feira, 20, durante a Parada Pedagógica, uma palestra com treinamento e simulação de atentado, foi realizada com todos os profissionais da APAE. “Quando a gente trata de uma instituição como a APAE, a gente está falando de pessoas especiais que por determinados fatores, às vezes não conseguem prover sua própria segurança. É muito importante essa concentração de todo corpo profissional, pois na maioria das vezes, eles que vão dar o suporte para esses alunos. É importante que todos saibam os protocolos e treinem para que possam reagir de forma efetiva em situação de ameaça ativa”, destacou o palestrante, Tony Provesano.
Tony é Militar da Reserva do Exército Brasileiro, e atua há mais de dez anos com segurança pessoal da família, do lar e patrimônio. É pós-graduado em balística e segurança pública e privada. Com certificado de cursos no Brasil e no exterior voltados ao tema, e durante o curso na APAE Cocal do Sul, apresentou todos os aspectos das ameaças ativas, desde como identificar, reduzir ameaças e também reagir perante elas.
“Primeiramente é importante fazermos a prevenção e o reconhecimento dessas ameaças. Saber como elas pensam e saber como atuam para que possamos identificar, para poder antecipar. Em segundo lugar, que toda a população seja capacitada a medidas para minimizar essas consequências. O que fizemos aqui foi o treinamento “corra, esconda, lute”. Para onde eu vou? O que eu faço? Como me defendo de uma ameaça dessa? E numa capacitação posterior, vamos fazer com que os profissionais sejam capazes de prestar primeiros socorros específicos para esse tipo de ferimento, que costuma ter padrão diferente de lesões dos acidentes convencionais”, explicou.
Conforme a coordenadora pedagógica da APAE, Morgana Moro Kieslark, o objetivo não foi de assustar ou alarmar os profissionais quanto a possíveis ataques, mas discutir meios de prevenir que aconteçam através do reforço da segurança, e orientar como reagir perante qualquer ameaça. “A gente traz para a nossa realidade da escola, mas esse conhecimento é válido para fora daqui também. Foi uma manhã de muito conhecimento e experiências”, destacou.