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Copa, Natal, Manifestações eleitorais, final de ano – o caos do momento. Por Carina Mengue.

Por Carina Mengue22/11/2022 09h51

Olá, leitor.

Estou aqui com a página em branco pensando nos tempos atuais e no que seria mais pertinente trazer para sua reflexão essa semana. Mas em seguida minha mente é invadida por uma série de acontecimentos simultâneos que estamos vivendo atualmente que acaba sendo difícil definir um tema só. Acredito que até esse “caos” de situações seja inédito na história. A Copa do mundo deu o ar da graça no domingo, onde as cores da bandeira ainda são confundidas com as manifestações nas ruas referente aos resultados eleitorais que de encontro também surge as cores natalinas nas decorações do comércio. Final de ano costumeiramente é um período com mais “correrias” pois surgem as confraternizações, as compras atípicas para amigo secreto, presentes de Natal, planejamento e organização das ceias de natal e ano novo, mudanças de casa para “veranear” na casa de praia, final de semestre escolar, esqueci alguma coisa?

Pois é, esse aumento de atividades esperados da época do ano somado a Copa, as manifestações e indecisões da economia do país afetam e muito nossas emoções. Ansiedade? Se ainda não virou sua amiga, está na hora de pensar a respeito. Ela surge exatamente nesses momentos de incertezas, acontecimentos novos, diferentes e sem nosso controle. Acredito que a maior dificuldade seja lidar com a falta de controle das coisas. Escuto muito isso no consultório. Quando estamos com as coisas sob controle, nos sentimos seguros, logo, a ansiedade tira folga. Porém quando o controle não existe, ela fica grudadinha na gente nos mantendo em estado de alerta o tempo todo. Algo soa familiar com seu dia-a-dia? Entendo, aqui não é diferente. Sim, sou psicóloga e não é por causa disso que não tenho ansiedade. Todos temos. A questão é como driblamos ela para viver dias mais leves e sem fugas para prazeres imediatos que aliviam, temporariamente, mais não resolvem o problema como bebida, comida, compras, cigarros, etc.

Voltamos ao eixo principal – a ansiedade vivida e sentida na pele nesse turbilhão de acontecimentos do momento – e ao que foge ao nosso controle. O que fazer?

Quando não temos controle das situações, não resta nada o que fazer. Nada? Como assim? Calma, você já está ansioso só em saber que não pode fazer nada. Respira. Você pode sim trabalhar a aceitação dos fatos e viver um dia de cada vez. O que nos desencadeia as sensações desconfortáveis da ansiedade é justamente ficar alimentando na nossa mente cenários possíveis e impossíveis sobre coisas que não temos o que fazer e claro, os piores cenários. Ficar imaginando de forma negativa as situações, o que não vai dar certo, que não vai dar conta, “e se isso…”, “e se aquilo…”. Você pode até fazer uma análise racional de possíveis cenários e diante dos resultados negativos como lidaria e resolveria, e depois de terminada essa conclusão, não pensar mais sobre isso. Exatamente. Ficar pensando não vai fazer você se sentir melhor. Ficar pensando não vai resolver o teu problema. Ficar pensando não vai definir o que vai acontecer. Ficar pensando é somente e unicamente um desgaste mental que seu cérebro sofre e no final do dia você está exausto. Sem forças.

O pensamento nada mais é que uma interpretação dos fatos, uma hipótese, adivinhação, suposição, descrições, perspectivas. Só porque acredito que algo seja verdade, isso não significa que seja verdade, já dizia Robert Leahy. Logo, precisamos nos ater aos fatos que temos e não aos possíveis fatos que podem vir a acontecer. Entendeu?

Volta aqui comigo para organizar as dicas. Primeiro – aceitação das situações que não temos controle. Não adianta ficar preocupado, pensando se você não pode fazer nada. Segundo – não ficar alimentando em sua mente cenários ruins que pode acontecer, se você não sabe o que pode acontecer. Você pode até se prevenir e dar uma solução para cenário adverso que imaginar, depois disso, chega. Não adianta mais ficar pensando e imaginando coisas que isso só manterá sua ansiedade ativada, assim como atrapalhará seu rendimento e atenção nas coisas importantes que precisa fazer. Terceiro – viva um dia de cada vez. Como faço isso se não consigo desconectar minha mente? Aprendendo a desconectar sua mente. Isso também é um exercício e se aprende com a prática. Sabe os diálogos internos que temos com a gente mesmo? É através deles que você controla o que fica e o que não fica ruminando em sua cabeça. Você organiza seus pensamentos dizendo a si mesmo o que não faz sentindo ficar pensando, o que você não tem controle e portanto também não precisa da sua atenção. E foca no momento presente. Cada vez que esses pensamentos “intrusivos” retornarem, você fará o mesmo diálogo reeducando seu cérebro para priorizar o que realmente importa e é real. E isso funciona? Claro que sim! Vejo esses resultados na minha prática clínica através das evoluções dos pacientes.

Mas lembre-se: precisa praticar. Fazer uma vez não resolve. É exercício continuo. Mas vale muito a pena.

Até a próxima!

Meu abraço cheio de amor,

Carina Mengue.

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