É BEM MAIS FÁCIL CRITICAR OS OUTROS DO QUE ADMITIR NOSSOS ERROS. POR ROGER SILVA
Criticar, apontar o dedo, reprovar atitudes e comportamentos, julgar, dentre inúmeras outras coisas, além de ser mais fácil, parece dar prazer para as pessoas que não tem capacidade de assumir seus erros e mudar seus pensamentos em relação às outras pessoas.
Criticar, apontar o dedo, reprovar atitudes e comportamentos, julgar, dentre inúmeras outras coisas, além de ser mais fácil, parece dar prazer para as pessoas que não tem capacidade de assumir seus erros e mudar seus pensamentos em relação às outras pessoas.
Aproveitando ainda a dor e as lamentações da eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo no Qatar, quero propor uma reflexão sobre a enxurrada de críticas, xingamentos, acusações, reclamações, julgamentos e sentenças que a comissão técnica e os jogadores receberam nos últimos dias.
Antes de tudo, não podemos esquecer que nós brasileiros, somos na grande maioria das pessoas, amantes do futebol e experts em estratégias, escalações e planos de jogo como nenhum outro ser-humano jamais será.
A grande diferença da última partida disputada pela seleção brasileira em relação à todas as outras partidas de todas as Copas do mundo já disputadas anteriormente é que dessa vez, os torcedores estavam sedentos por algum acontecimento que ajudassem a esquecer das decepções vindas desde a época do isolamento durante a pandemia e quaisquer outras frustações que aconteceram nos últimos meses.
Mas o que mais intrigou nessa revolução da Copa do mundo, foi que até um jogo antes, a maioria dos torcedores vibravam e estavam entusiasmados com os jogadores e comissão técnica enaltecendo inclusive a “dança” do treinador junto com os jogadores, enfatizando-o como um verdadeiro líder que sabe dar espaço aos seus liderados e ser reconhecido como o gestor que consegue tirar a melhor versão de cada atleta atingindo altas performances e resultados positivos.
Mas bastou ser menos competente do que a equipe adversária na cobrança dos pênaltis, que toda aquela exaltação e orgulho, desapareceu.
Muitos ficaram revoltados com o comportamento da equipe, da comissão técnica, da imprensa, comentaristas e até dos torcedores que defenderam e apoiaram a seleção, inclusive no momento de perda e dor.
Toda aquela euforia e crença desapareceram. O exemplo de líder passou a ser exemplo de arrogância, incompetência, e inúmeros outros adjetivos que me reservo o direito de não comentar.
As pessoas se esquecem de que perder e fracassar é muito mais fácil e comum do que vender e ter sucesso.
Para que uma seleção se torne campeã, outras 31 terão que fracassar, perder, serem derrotadas, menos competentes etc.
Mas a maioria das pessoas está tão mal-acostumada em não aceitar as derrotas, que quando passa por momentos de decepção, julga e sentencia o outro, com uma arrogância e prepotência digna dos maiores ditadores que já existiram no mundo.
Como se fossem os “Reis” da razão, recriminam e colocam no lixo, todo o trabalho de desenvolvimento e evolução que os atletas fizeram ao longo do tempo e aí, aqueles que eram ídolos, são execrados e fuzilados.
Será que é tão difícil assim entender que do outro lado também tinha uma equipe lutando pelo mesmo objetivo?
Será que essas pessoas conseguem se olhar no espelho e enxergar todos os pontos que precisam evoluir para serem pessoas e profissionais melhores?
Criticar, julgar e apontar o erro das outras pessoas é muito mais fácil e simples do que perceber a real necessidade que temos de aprender com os erros e aprimorar nossas escolhas e decisões.
Será que essas pessoas conseguem parar na frente do espelho e falar diretamente, “olho no olho”, todos os defeitos e o que fazer para evoluir?
Reclamar é algo tão natural que muitas vezes fazemos isso sem perceber e “achamos” que estamos sendo justos e no direito de reclamar.
Ninguém gosta de perder. Torcer pelo nosso País é bom, é positivo, mas saber perder é necessário. Perder faz parte do processo e precisamos aprender com isso para sermos mais fortes e competentes na próxima oportunidade.
Quem somos nós para criticar um atleta, um jogador que foi menos competente do que o atleta/jogador adversário?
Será que nós nunca erramos, será que sempre fomos perfeitos?
As vitórias e conquistas são consequências dos esforços e da dedicação em fazermos melhor a cada dia.
Desperte sua mente para aprender, observar, evoluir, ampliar a zona de conforto, capacidade e competência.
Até a próxima!
Roger Silva
Palestrante, Podcaster e Consultor em Treinamentos Corporativos Experenciais
Fale comigo: [email protected]
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Instagram: @rogersilva_td
Podcast: Despertando Insights