Entrevista: Esperidião Amin afirma que é hora de mudança no comando da Mesa Diretora do Senado
O Senado Federal inicia, nesta quarta-feira, dia 1º, a eleição para a Mesa Diretora da Casa. A votação acontece no mesmo dia em que os 27 senadores eleitos em outubro de 2022 tomam posse dos respectivos cargos.
Na manhã desta quarta-feira dia, 1º, o senador Esperidião Amin concedeu entrevista ao Jornal da Guarujá e falou sobre a eleição da Mesa Diretora e sobre a projeção para estes próximos quatros anos no Senado.
“A minha razão de estar no senado é a busca de justiça por Santa Catarina. Graças a uma emenda minha e esforço da bancada, conquistamos o artigo 181 da Lei de Diretrizes Orçamentárias que assegura ao estado, o ressarcimento daqueles recursos que nós catarinenses colocamos em obras federais em Santa Catarina. Vamos trabalhar para que isto seja concretizado e para que as obras sejam colocadas na programação federal, de maneira a fazer justiça para o nosso estado”, ressalta.
Qualquer senador pode se candidatar para a eleição de presidente da Câmara, contudo, aqueles que não têm apoio de partidos ou de blocos de parlamentares geralmente não atingem quantidades significativas de blocos.
A eleição para a Presidência da casa, que acontece hoje, deve ser centralizada em Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que busca a reeleição e é apoiado pelo presidente Lula, e Rogério Marinho (PL-RN), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
Sobre a eleição para a presidência do senado, uma das figuras política mais experientes de Santa Catarina, Amin afirma que neste momento há um desequilíbrio entre os poderes. ” Há um divisor de águas neste momento. O grande motivo da disputa não é pessoal, mas neste momento estamos assistindo a um cenário de desequilíbrio entre os poderes por conta do voluntarismo do ministro Alexandre de Moraes que é automaticamente confirmado pelo STF que nem discute mais as decisões dele. A eleição do Rogério Marinho ou de um candidato que não representasse a continuidade seria um apelo de um dialogo para a busca do equilíbrio”, afirma.
Durante a última campanha para o governo do estado em 2022, Amin afirmou que este seria os últimos quatro anos na política, perguntado sobre, o senador deixou a resposta em aberto ” Eu tenho um projeto, o meu projeto primeiro vai depender de Deus, eu tenho uma vida útil com meu estado por mais 4 anos, isto seria pouco para eu realizar meus desejos de escrever sobre história e realizar pesquisas no campo literário. Vou me dedicar sempre com a mesma gana e o mesmo ideal que tem me norteado”, finaliza.