"Estou entristecido com essa situação, nós nunca tivemos uma medida tão radical. Vamos aguardar que eles se manifestem dando satisfação à população catarinense sobre essa medida tão arbitrária e tão absurda"

Nesta quinta-feira, dia 9, o Senador Jorge Seif (PL-SC) oficializou o envio de requerimentos com pedidos de informações à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ao ministro da Pesca, André de Paula, sobre a redução nas cotas de captura da tainha para a safra de 2023.

Na sua solicitação, Seif traz subsídios técnicos e relembra que na sua gestão, enquanto Secretário Nacional da Pesca, estabeleceu cotas para todas as modalidades de pesca, que no caso da tainha é uma tradição cultural, gastronômica e que move toda a economia do estado.

“Essa é uma medida que o Ministério da Pesca e o Ministério do Meio Ambiente que restringiu e muito a pesca no estado  Santa Catarina, prejudicando não só o pescador e a nossa economia, mas especialmente  o consumidor catarinense, a nossa cultura, a nossa tradição gastronômica. Eles simplesmente reduziram pela metade as cotas de nossos pescadores artesanais e zeraram a cota dos pescadores industriais.”, afirma Seif.

Além de prejudicar os consumidores que pagarão muito mais pelo produto, o senador afirma que toda a cadeia produtiva será prejudicada, como pescadores, empresas pesqueiras, indústrias de transformação e transportadores de pescados e produtos processados.

De acordo com o senador, 80% da safra da tainha é capturada por pescadores de Santa Catarina. “Todo trabalhador que trabalha na pesca industrial, 100% é oriundo da pesca artesanal, não pode haver essa separação entre pesca artesanal e industrial. São pescarias que se complementam, o pescador artesanal pesca mais na beira e o pescador industrial pesca um pouco mais no oceano”.

Ainda no dia 1º de março, Seif esteve em audiência com o ministro da Pesca, André de Paula, solicitando a revisão da portaria, como também enviou ofício ao ministro, solicitando essa e outras reivindicações do setor pesqueiro, que aguarda respostas. O senador informa que de acordo com o ministro da Pesca, essa medida foi imposta pelo Ministério do Meio Ambiente, alegando a extinção da tainha.

O senador lembra que é importante sim pensar na preservação e nas próximas gerações, mas que é necessário pensar na tradição gastronômica e na alimentação do catarinense.

“Estou entristecido com essa situação, nós nunca tivemos uma medida tão radical. Vamos aguardar que eles se manifestem dando satisfação à população catarinense sobre essa medida tão arbitrária e tão absurda”, finaliza.

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