Geração “nem nem” já soma mais de 12 milhões de jovens no Brasil
A cada ano novos estudantes se formam e não conseguem ser absorvidos no mercado de trabalho, o que cria um bolsão de nem-nem. Sem emprego nem renda, eles não conseguem estudar e muitos param no meio do caminho.
Os chamados “nem-nem“, é o grupo de pessoas que nem estudam, nem trabalham. Em geral, são jovens entre 18 e 24 anos, que encontram dificuldades para conseguir uma oportunidade de trabalho e, com isso, acabam paralisando seus estudos.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apresentada no Education at a Glande em outubro de 2022, o Brasil é o segundo país com maior população nessas condições no mundo, com 35,9% dos jovens.
O primeiro é a África do Sul, com 46,2% e, na outra ponta da lista, está a Holanda, com apenas 4,6% da população nessa situação.
A pesquisa também destaca que no Brasil, somente 33% dos alunos terminam a graduação superior no tempo previsto para o curso. Cerca de 49% levam cerca de 3 anos a mais do que o inicialmente planejado e 18% não terminam ou levam ainda mais tempo.
São 12,3 milhões de pessoas que não tem condições para contribuir com a construção econômica do país e nem mesmo com o seu desenvolvimento profissional.
A cada ano novos estudantes se formam e não conseguem ser absorvidos no mercado de trabalho, o que cria um bolsão de nem-nem. Sem emprego nem renda, eles não conseguem estudar e muitos param no meio do caminho.
Geração “nem nem” x QI
Segundo a BBC News os jovens de hoje são a primeira geração da história com um QI (Quociente de Inteligência) mais baixo do que a última. Pesquisadores observaram que em muitas partes do mundo o QI aumentou de geração em geração por décadas. Isso foi chamado de ‘efeito Flynn’, em referência ao psicólogo americano que descreveu esse fenômeno, mas recentemente, essa tendência começou a se reverter em vários países.
O QI é fortemente afetado por fatores como o sistema de saúde, o sistema escolar, a nutrição, etc., mas se considerarmos os países onde os fatores socioeconômicos têm sido bastante estáveis por décadas, o ‘efeito Flynn’ começa a diminuir. Nesses países, os “nativos digitais” são os primeiros filhos a ter QI inferior ao dos pais.
*Com Informações Investor Brazil