“Síndrome da generosidade impulsiva”: psicóloga Vanesa Bagio alerta sobre os riscos financeiros do final de ano
No quadro “Mente em Sintonia”, transmitido excepcionalmente nesta quarta-feira, 18, a psicóloga Vanesa Bagio abordou um tema relevante para a época natalina: a síndrome da generosidade impulsiva. Embora o termo não seja oficial, a especialista usou-o para descrever um comportamento cada vez mais comum no final do ano, quando pessoas enfrentam descontrole financeiro na tentativa de agradar familiares e amigos com presentes.
Vanesa explicou que o comportamento tem origem na mistura de fatores emocionais e sociais, como a pressão por agradar e o apelo comercial típico da época. “As pessoas querem ser generosas, mas muitas vezes dão um passo maior do que a perna. Isso acontece porque não fazem um planejamento financeiro adequado para o final do ano”, destacou.
A psicóloga apontou que a falta de controle financeiro pode desencadear ansiedade e frustração. “No momento da compra, a pessoa sente alívio, mas quando chega janeiro e a fatura do cartão aparece, aquilo que era satisfação vira uma bola de neve emocional”, afirmou. Ela também ressaltou que esse descontrole é potencializado pelo aumento de crédito disponível e pela facilidade de parcelamento, que cria uma falsa sensação de segurança financeira.
Para evitar problemas futuros, Vanesa sugeriu que as pessoas comecem o ano já com um planejamento financeiro. “Entenda que o final de ano sempre chega e, com ele, essas demandas. Ao longo do ano, pequenos gestos de carinho e atenção podem substituir o presente caro no Natal”, orientou. Segundo a psicóloga, um planejamento bem estruturado ajuda a evitar tanto a ansiedade quanto os transtornos financeiros que afetam a qualidade de vida.
Outro ponto levantado foi a relação entre pais e filhos durante o Natal. Hoje, muitas crianças fazem pedidos específicos, influenciadas pelas redes sociais e pelo consumismo. Vanesa sugeriu que os pais tenham uma conversa aberta sobre o valor das coisas e a importância de viver o momento. “Às vezes, o que a criança realmente quer não é um presente caro, mas a presença dos pais. Passear, brincar junto, estar presente são gestos que têm um impacto muito maior”, explicou.
Ao final, Vanesa concluiu com uma reflexão sobre a essência do Natal, que muitas vezes é ofuscada pelo apelo comercial. “Precisamos resgatar o verdadeiro significado dessa época: estar presente, mostrar carinho e gratidão, e não necessariamente por meio de bens materiais. O que realmente importa é a conexão genuína com quem amamos.”
A dica da psicóloga é clara: aproveite o final do ano para criar memórias significativas, e não dívidas. Assim, é possível celebrar o Natal de forma equilibrada, sem carregar o peso da impulsividade nos meses seguintes.
Para mais informações sobre o trabalho de Vanesa Bagio e dicas sobre saúde mental, visite seu perfil no Instagram @vanesabagio.psi ou agende uma consulta em seu consultório localizado no Edifício Cidade das Colinas, Rua João Ramiro Machado, 321 – Sala 6, Centro de Orleans.
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