Urussanga lança projeto para conscientizar e combater o abuso sexual contra a criança e adolescente
A primeira etapa do projeto acontece nesta quinta-feira, 18, com uma caminhada e atividades que buscam trazer informação e atenção ao tema
Dividido em três etapas, o Projeto Avise terá início nesta quinta-feira (18), às 8h, com uma caminhada de conscientização, que partirá das escadarias da Igreja Matriz, rumo a Secretaria de Assistência Social. A ação contará com a colaboração das escolas e também da Polícia Militar.
“Por volta das 9h, devemos chegar na Secretaria, onde distribuiremos materiais informativos e, também realizaremos uma oficina artística, para que os participantes possam deixar suas mensagens em forma de cartazes, lembretes e pinturas, para assim, reforçar o tema perante a população, que deve atuar com a gente no combate a violência e exploração sexual infantil”, a Presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), Edilene Colonetti de Souza.
A segunda etapa, será realizada nas escolas posteriormente, onde o tema será levado para as crianças. Já a terceira fase do projeto, deve ocorrer com os adolescentes. “Queremos expandir o tema, e chamar a população a entrar com a gente nesta luta. O número para denúncias de abusos e violações infanto-juvenis é o Disque 100, mas Conselho Tutelar, Polícias Civil, Militar e delegacias especializadas também podem ser procuradas. A segurança das nossas crianças e adolescentes depende do nosso olhar atento”, finaliza Edilene.
Escuta Especializada
Em nove meses de atendimentos da Escuta Especializada em Urussanga, por meio da Lei federal 13.431/2017, o Creas e o Conselho Tutelar Municipal, já receberam 17 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Embora o número seja alto, estima-se que outros casos ainda devam ser denunciados. Por isso, alertar e conscientizar sobre o tema, é de extrema importância.
“Esses casos que chegaram, a grande maioria foi por revelação espontânea, que é quando a vítima revela espontaneamente a questão do abuso. A gente sabe que existe uma demanda reprimida que precisa ser trabalhada, e através da prevenção podemos fazer uma identificação e trabalhar esses casos”, explica a Presidente.