Vacina bivalente Covid19: O que é?
Já disponíveis no Brasil, os novos imunizantes farão parte do plano de vacinação de 2023 divulgado pelo Ministério da Saúde.
Desde que o Ministério da Saúde divulgou, na quinta-feira, dia 26, o novo plano de vacinação contra a covid-19 para 2023, o Brasil ingressou no clube dos países que estão utilizando os imunizantes da “segunda geração”. Isso porque a vacina Comirnaty Bivalente da Pfizer começará a ser aplicada a partir de 27 de fevereiro.
Aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro do ano passado, as vacinas bivalentes da farmacêutica norte-americana foram desenvolvidas para, a exemplo do que ocorre com outras infecções agudas do sistema respiratório, oferecer uma proteção extra contra a ômicron e demais subvariantes.
Os dois imunizantes aprovados pela Anvisa que começarão a ser aplicados no mês que vem são: a vacina Bivalente BA.1 que oferece proteção contra a cepa original do SarS-CoV-2 e a subvariante ômicron BA.1, e a Bivalente BA.4/BA.5 que defende o organismo da ação da ômicron original e também das subvariantes BA.4 e BA.5.
O que é a vacina bivalente?
Assim como as vacinas monovalentes, a Comirnaty Bivalente da Pfizer utiliza a tecnologia de ácido ribonucleico (RNA) mensageiro, ou seja, uma molécula sintética que é injetada no organismo.
Diferentemente dos imunizantes tradicionais, que usam uma versão morta dos vírus para ativar os anticorpos, o mRNA “ensina” ao organismo como fabricar a proteína de ligação S, que é normalmente usada pelo SARS-CoV-2 para invadir as células normais do corpo humano.
No caso das vacinas bivalentes, a Pfizer atualizou esse código genético para que os anticorpos e linfócitos T – que fazem parte do sistema imunológico – aprendam essas informações remodeladas, de forma a prevenir e/ou combater o contágio pelas novas variantes da covid-19.
Quem deve tomar a nova vacina bivalente?
Já disponíveis no Brasil, os novos imunizantes farão parte do plano de vacinação de 2023 divulgado pelo Ministério da Saúde. As vacinas bivalentes têm a tampa de cor cinza (a da monovalente é roxa) e foram aprovadas pela Anvisa para a população a partir dos 12 anos de idade.
Elas devem ser aplicadas como reforço a partir de três meses depois da série primária de vacina ou do reforço anterior. Isso significa que quem tomou apenas uma dose da vacina terá que se imunizar com a segunda, antes de ter acesso ao reforço bivalente.
De acordo com a pasta, essa dose de reforço da vacina para covid-19 bivalente da Pfizer começa a ser aplicada em quatro fases a partir do dia 27 de fevereiro.
Veja abaixo a ordem prevista para os diversos grupos já definidos:
- 1ª fase: pessoas a partir de 70 anos, imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhos, quilombolas e que vivem em instituições de longa permanência;
- 2ª fase: pessoas de 60 a 69 anos;
- 3ª fase: gestantes e puérperas;
- 4ª fase: profissionais de saúde.