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“A compra de votos foi escancarada nessa eleição”, afirma Gelson Padilha em entrevista ao Jornal da Guarujá

Por Ligado no Sul11/10/2024 12h00
Foto/Redação

Na manhã desta quinta-feira, 10, o Jornal da Guarujá entrevistou Gelson Luiz Padilha, ex-candidato a prefeito de Orleans pelo PL, que obteve 2.828 votos, equivalentes a 18,62% dos votos válidos. Em uma análise reflexiva sobre o resultado eleitoral, Padilha comentou a campanha e os resultados das eleições.

“Colocamos nosso nome à disposição da população, e ela entendeu que o jogo seria diferente, que teria que ser um outro nome. Fizemos de tudo para que o eleitor entendesse que a melhor opção seria a nossa. Temos o governador, 12 deputados estaduais, 6 federais e 2 senadores. Enfim, o melhor aparato político para ajudar Orleans estava em nossas mãos”, disse ele. “É claro que não vão fechar as portas; os deputados do PL ajudarão Orleans, mas ajudariam muito mais com um prefeito do PL e um vice-prefeito do PL”, completou.

Padilha parabenizou seu vice-prefeito, Euclides Pilon, e os candidatos a vereador do PL. “Quero saudar, inclusive, meu vice-prefeito guerreiro, Euclides Pilon, e todos os candidatos a vereadores. Todos eles fizeram o seu papel e aproveitaram essa oportunidade”, afirmou. “São 12 nomes que se colocaram à disposição; nem todos chegaram, e é claro que todos nós tínhamos consciência de que em uma eleição alguém ganha e alguém perde.”

Padilha também se manifestou sobre a judicialização das eleições, destacando evidências de irregularidades, como a compra de votos. “Lamentavelmente, mais uma vez haverá a judicialização da eleição. Não tenho dúvida disso, porque existem muitas evidências, como gravações de áudio e vídeo. Havia drones, inclusive, de acordo com informações que recebi da própria Polícia Militar, filmando e registrando muitos flagrantes. A compra de votos foi escandalosa nesta eleição. Lamento muito, pois a Justiça precisa investigar. Se não houver compra de votos, que confirme a chapa eleita e parabenize. Senão, que tome as providências cabíveis.”

Ele observou que a nova composição da câmara de vereadores, com apenas três representantes da situação (PP e PSD) e oito de outros partidos, pode trazer desafios ao novo prefeito. “Fernando terá que ter muita habilidade para administrar Orleans com oito contra. Ninguém vai trabalhar contra a cidade, mas teremos oito de oposição que vão questionar e verificar todas as compras que serão feitas, todas as obras. Não tenho dúvida de que serão fiscalizadores, como é o papel do vereador.”

Em relação aos vereadores eleitos do PL, Padilha afirmou que a orientação do partido será para uma oposição responsável. “Olha, a orientação que recebemos foi do povo. O povo disse que o PL deve ficar na oposição, não na situação. É claro que faremos uma oposição responsável. Uma oposição para ajudar Orleans, e não para prejudicar. Uma oposição fiscalizadora, de olho em tudo que acontecer durante o mandato, a partir de 1º de janeiro”, explicou.

A entrevista finalizou com Padilha mencionando a importância de um rodízio para contemplar os suplentes do PL no legislativo. “Conversamos superficialmente sobre o rodízio; acho fundamental dar oportunidade a quem contribuiu. Tivemos 12 candidatos, e oito deles fizeram mais de 150 votos, ou seja, foram fundamentais para elegermos dois vereadores. Então, é importante que se faça um rodízio, sim”, concluiu. “Quanto à assessoria, isso vai depender dos dois vereadores; eles vão se reunir, propor e o partido vai acompanhar aquele que eles definirem como assessor ou assessora da Câmara de Vereadores.”

Confira a entrevista completa.

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