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Senador Esperidião Amin analisa a conquista do PP em Orleans e a controversa anulação de condenações por Gilmar Mendes

Por Ligado no Sul01/11/2024 09h00
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Na manhã desta sexta-feira, 1º de novembro, o Jornal da Guarujá teve a oportunidade de conversar com o senador Esperidião Amin (PP-SC) sobre a recente vitória de Fernando Cruzetta em Orleans e os desafios enfrentados pelo Partido Progressista (PP) na região, além da polêmica decisão do ministro Gilmar Mendes, que anulou condenações do ex-ministro José Dirceu.

Sobre a eleição de Fernando Cruzetta, que conquistou uma vitória expressiva, o senador declarou: “Foi realmente uma consagração, uma recompensa ao trabalho comunitário do Fernando, das nossas lideranças, e à história do nosso partido.” Amin ressaltou que o Progressistas possui “raízes profundas” na comunidade, afirmando: “Sempre fez o bem para a União e para a região. O voto deve ser para aqueles que vão zelar pela nossa casa, pela nossa casa ampliada.” O senador expressou satisfação ao mencionar que o partido continua a ser “o terceiro maior em Santa Catarina”, enfatizando a responsabilidade que essa posição traz: “É com esse sentimento de responsabilidade que eu demonstro a minha alegria, mas uma alegria responsável de quem tem que fazer força para corresponder a esta confiança.”

Por outro lado, a situação do PP em Criciúma gerou preocupação em Amin, especialmente após a eleição do candidato Júlio Kaminski, que não obteve uma votação significativa. “Estou preocupado porque o nosso partido vai ter que reexaminar a autonomia e a decisão relacionada à nossa eleição”, disse ele, explicando que, apesar do apoio ao candidato, a decisão foi tomada pelo diretório municipal. Ele mencionou que a eleição em Criciúma “ficou absolutamente polarizada”, uma situação que não foi influenciada apenas por questões nacionais, mas que também envolveu a prisão do ex-prefeito Clésio Salvaro, um aliado histórico do partido. “Na hora da polarização, nosso eleitor, ao que tudo indica, pendeu pela candidatura do Vaguinho, apoiado pelo Clésio Salvaro”, comentou.

Em relação ao futuro do partido, Amin destacou a importância da reunião agendada para o dia 11 de novembro, onde os membros discutirão como “fazer uma autocrítica e redirecionar a atenção para os nossos votos”. “Isso é o famoso voto útil. Não é a primeira vez que isso acontece”, explicou. “Havia uma dessociação entre a decisão do partido a nível local e a realidade política que vivemos, principalmente após a decisão judicial em setembro.”

Mudando de assunto, o senador foi questionado sobre suas críticas à decisão do ministro Gilmar Mendes, que anulou as condenações do ex-ministro José Dirceu. Amin não hesitou em expressar sua desaprovação: “Essa decisão não é isolada. O que estamos vendo é um desdobramento que afeta a credibilidade do nosso sistema judiciário.” Ele citou um texto de Cacau Menezes sobre desigualdade no tratamento legal, ressaltando que “a linha do Equador foi baixada para alcançar os ricos e poderosos”, referindo-se à operação Lava Jato como uma iniciativa que, apesar de seus equívocos, trouxe uma nova perspectiva sobre a responsabilidade de figuras proeminentes.

“Um gerente da Petrobras devolveu 100 milhões de dólares, e agora, com essas decisões, a justiça parece estar permitindo que esses mesmos indivíduos recebam recompensas por suas ações”, criticou. Amin expressou sua preocupação com o efeito que isso terá sobre a sociedade: “Isso deseduca e vai pegar principalmente no poder que está deixando isso acontecer.” Ele citou a grave desigualdade de tratamento nas condenações, comparando a severidade das penas para pequenos crimes, como vandalismo, com as liberdades concedidas a réus por corrupção.

“Estamos deseducando a sociedade, e isso é um problema grave”, afirmou Amin. “O exemplo vale mais do que o discurso. O judiciário não pode dar mau exemplo.” O senador também mencionou sua atuação no Senado para limitar decisões monocráticas, buscando maior responsabilidade e transparência no sistema judiciário: “Estamos tentando tomar uma posição a respeito desse desmantelo que afeta o judiciário brasileiro, mas é preciso agir.”

 “Vamos continuar a luta, mas precisamos de um esforço coletivo para restaurar a confiança da população no judiciário”, concluiu.

Confira entrevista completa

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